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quarta-feira, 18 de julho de 2012

Um, dois, mil Comitês Populares da memória, verdade e justiça no RS



Nota de Esclarecimento

Da relação do Comitê Popular Estadual Memória Verdade e Justiça com o Comitê Carlos Alberto Tejera de Ré

Nós, membros do Comitê Popular Estadual Memória Verdade e Justiça desejamos, por meio desta nota, esclarecer as relações que buscamos estabelecer com o Comitê Carlos Alberto Tejera De Ré, também sediado em Porto Alegre. Buscamos construir o Comitê Estadual exatamente para contribuir com a busca pela memória, a verdade e a justiça no âmbito do RS, nos mais diferentes rincões do nosso estado.

Para isso, buscamos construir um espaço estadual, aberto, plural e democrático, organizado com uma coordenação colegiada, e sem aparelhamento por qualquer partido, candidato ou indivíduo. Justamente por esta característica, o Comitê Estadual, em sua 4a semana de existência, já está composto por diversos historiadores, ex-presos políticos e familiares, militantes de diferentes matrizes partidárias, além de movimentos sociais e sindicais amplos, em um conjunto que já se compõe em mais de quinze entidades diferentes. E, assim, já contribui na construção de comitês em outras seis cidades do RS, em cinco regiões diferentes do estado. E o trabalho está apenas começando.

Diversos membros e entidades que compõe o Comitê Estadual buscaram participar das reuniões do Comitê Carlos de Ré em Porto Alegre, coordenado pelo Vereador Pedro Ruas, cujas reuniões são realizadas em seu respectivo gabinete, e das quais a regularidade de datas ainda está em construção.

Participamos também dos dois atos realizados pelo Comitê Carlos de Ré, também coordenados pelo Vereador Pedro Ruas.

Neste sentido, como afirmado expressamente em todos os debates de construção do Comitê Estadual, seguimos firmes no propósito de contribuir com todas as iniciativas de construção de comitês da verdade, nos mais diferentes rincões do RS. O mesmo valendo para o Comitê Carlos de Ré, de Porto Alegre, e todos os demais comitês que venham a contribuir com a luta pela memória, a verdade e a justiça, surjam eles em Porto Alegre ou em quaisquer outras cidades do nosso estado.

Para tanto, temos realizados reuniões abertas, semanais, sempre na mesma hora e local (a saber, em sala-plenária no prédio da Assembléia Legislativa do RS, nas segundas-feiras, 19h).

Desta forma, reafirmamos nossa disposição sincera e fraterna em contribuir na construção de um Comitê Carlos de Ré cada vez mais plural e democrático, assim como com todos os comitês que venham a ser construídos nas Universidades, escolas, fábricas ou comunidades, por todo o estado do RS, em uma relação solidária e colaborativa entre todas as iniciativas que busquem o resgate da memória, e contribuam para as lutas pela verdade e pela justiça.

COMITÊ POPULAR ESTADUAL MEMÓRIA VERDADE E JUSTIÇA/RS


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Acho oportuna a nota de esclarecimento acima. Os militantes do Comitê Popular Memória, Verdade e Justiça mostram ânimo plural e participativo, onde não há espaço para o oportunismo eleitoral e o personalismo filisteu. Trabalham para que se multiplique pelo RS um, dois, mil comitês populares pela memória.


Todos esses comitês - nas Câmaras Municipais, nos sindicatos urbanos e rurais, nos grêmios estudantis, nos diretórios acadêmicos, nas associações de moradores, etc - devem contribuir de forma convergente com a recém criada Comissão Estadual da Verdade instituída ontem (17/7) por decreto do governador Tarso Genro. 

O Comitê Popular Memória, Verdade e Justiça cumpre assim com o propósito cidadão e republicano para o qual criado: contribuir com o resgate da memória histórica e combater a impunidade dos crimes cometidos por agentes do Estado contra o povo brasileiro durante a ditadura civil-militar de 1964/85.


Foto: durante protesto em Brasília, meses atrás, manifestantes simulam a tortura conhecida como "pau de arara" aplicada pelos agentes policiais e militares, com supervisão médica, durante a ditadura civil-militar de 1964/85.

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