Nota
de Esclarecimento
Da
relação do Comitê Popular Estadual Memória Verdade e Justiça com
o Comitê Carlos Alberto Tejera de Ré
Nós,
membros do Comitê Popular Estadual Memória Verdade e Justiça
desejamos, por meio desta nota, esclarecer as relações que buscamos
estabelecer com o Comitê Carlos Alberto Tejera De Ré, também
sediado em Porto Alegre. Buscamos construir o Comitê Estadual
exatamente para contribuir com a busca pela memória, a verdade e
a justiça no âmbito do RS, nos mais diferentes rincões do nosso
estado.
Para
isso, buscamos construir um espaço estadual, aberto, plural e
democrático, organizado com uma coordenação colegiada, e sem
aparelhamento por qualquer partido, candidato ou indivíduo.
Justamente por esta característica, o Comitê Estadual, em sua 4a
semana de existência, já está composto por diversos historiadores,
ex-presos políticos e familiares, militantes de diferentes matrizes
partidárias, além de movimentos sociais e sindicais amplos, em um
conjunto que já se compõe em mais de quinze entidades diferentes.
E, assim, já contribui na construção de comitês em outras seis cidades do RS, em cinco regiões diferentes do estado. E o trabalho
está apenas começando.
Diversos
membros e entidades que compõe o Comitê Estadual buscaram
participar das reuniões do Comitê Carlos de Ré em Porto Alegre,
coordenado pelo Vereador Pedro Ruas, cujas reuniões são realizadas
em seu respectivo gabinete, e das quais a regularidade de datas ainda
está em construção.
Participamos
também dos dois atos realizados pelo Comitê Carlos de Ré, também
coordenados pelo Vereador Pedro Ruas.
Neste
sentido, como afirmado expressamente em todos os debates de
construção do Comitê Estadual, seguimos firmes no propósito de
contribuir com todas as iniciativas de construção de comitês da
verdade, nos mais diferentes rincões do RS. O mesmo valendo para o
Comitê Carlos de Ré, de Porto Alegre, e todos os demais comitês
que venham a contribuir com a luta pela memória, a verdade e a
justiça, surjam eles em Porto Alegre ou em quaisquer outras cidades
do nosso estado.
Para
tanto, temos realizados reuniões abertas, semanais, sempre na mesma
hora e local (a saber, em sala-plenária no prédio da Assembléia
Legislativa do RS, nas segundas-feiras, 19h).
Desta
forma, reafirmamos nossa disposição sincera e fraterna em
contribuir na construção de um Comitê Carlos de Ré cada vez mais
plural e democrático, assim como com todos os comitês que venham a
ser construídos nas Universidades, escolas, fábricas ou
comunidades, por todo o estado do RS, em uma relação solidária e
colaborativa entre todas as iniciativas que busquem o resgate da
memória, e contribuam para as lutas pela verdade e pela justiça.
COMITÊ
POPULAR ESTADUAL MEMÓRIA VERDADE E JUSTIÇA/RS
........................................
Acho oportuna a nota de esclarecimento acima. Os militantes do Comitê Popular Memória, Verdade e Justiça mostram ânimo plural e participativo, onde não há espaço para o oportunismo eleitoral e o personalismo filisteu. Trabalham para que se multiplique pelo RS um, dois, mil comitês populares pela memória.
Todos
esses comitês - nas Câmaras Municipais, nos sindicatos urbanos e
rurais, nos grêmios estudantis, nos diretórios acadêmicos, nas
associações de moradores, etc - devem contribuir de forma
convergente com a recém criada Comissão
Estadual da Verdade instituída ontem (17/7) por decreto do governador Tarso
Genro.
O
Comitê Popular Memória, Verdade e Justiça cumpre assim com o
propósito cidadão e republicano para o qual criado: contribuir com
o resgate da memória histórica e combater a impunidade dos crimes cometidos por agentes do Estado
contra o povo brasileiro durante a ditadura civil-militar de
1964/85.
Foto: durante protesto em Brasília, meses atrás, manifestantes simulam a tortura conhecida como "pau de arara" aplicada pelos agentes policiais e militares, com supervisão médica, durante a ditadura civil-militar de 1964/85.
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