O mito da dureza nazista caiu diante de holandeses e dinamarqueses
Com essa polêmica ruidosa sobre grupos de pressão judeus, acusações de anti-semitismo para quem ousar criticar um só ato dos belicosos governos israelenses, (o que dirá referir os extermínios nos campos de refugiados palestinos na Faixa de Gaza), etc., vem à lembrança, quase naturalmente, a figura corajosa de uma frágil mulher judia chamada Hannah Arendt (1906-1975).
Essa teórica política, durante toda a sua prolífica vida intelectual, foi provocadora de grandes polêmicas, sempre em torno dos seus estudos sobre a condição humana sob regimes de opressão e totalitarismo. Ao analisar as origens do totalitarismo no regime nazista, por exemplo, não se limitou a examinar somente o lado dos que foram sujeitos da opressão, mas também dos que foram objeto da mesma.
"Eichmann em Jerusalém", publicado em capítulos na New Yorker entre fevereiro e março de 1963, é uma obra que procura entender esses dois agentes da relação opressiva. Ela narra o julgamento de um carrasco-burocrata do regime nazista alemão, Adolf Eichmann, ocorrido em Jerusalém, depois de ter sido sequestrado num subúrbio de Buenos Aires por um comando do Mossad israelense. O nazista é conduzido então à Jerusalém, para o maior julgamento de um carrasco alemão depois do tribunal de Nüremberg.
Durante o julgamento, a figura discreta de Eichmann discrepava dos crimes de que estava sendo acusado, e pelos quais assumia relativa responsabilidade. Hannah Arendt, então, mostra toda a sua capacidade de extrair reflexões filosóficas do que ela denominou de "banalidade do mal" – a conjugação de fatores desumanizantes (totalitarismo, criminalidade como norma estatal, burocracia, disciplina cega à hierarquia, etc.) combinados com a reação apática das vítimas (em especial dos judeus), num processo de normalização da desumanidade e da "calamidade dos sem-direitos". Arendt, evidentemente, foi muito criticada desde então pelas lideranças judaicas do mundo inteiro, pelo menos até a sua morte, em 1975.
No livro "Eichmann em Jerusalém", uma das suas tantas obras publicadas, Hannah Arendt não fica somente na constatação da apatia estóica das vítimas do regime hitlerista, mas, corajosamente, aponta também fatos documentados sobre atividades nada-estóicas de líderes de comunidades judaicas que colaboravam com os nazistas, com o objetivo de obter vantagens materiais e seletivamente poupar vidas de seus protegidos.
"Onde quer que vivessem judeus – escreve Hannah Arendt – havia líderes judeus reconhecidos, e essa liderança, quase sem exceção, cooperou com os nazistas de uma forma ou de outra, por uma ou outra razão. A verdade integral era que, se o povo judeu estivesse desorganizado e sem líderes, teria havido caos e muita miséria, mas o número total de vítimas dificilmente teria ficado entre 4 milhões e meio e 6 milhões de pessoas. Pelos cálculos de Freudiger [Pinchas Freudiger, um "judeu ortodoxo de considerável dignidade", segundo Arendt], metade delas estaria salva se não tivesse seguido as instruções dos Conselhos Judeus". Esses Conselhos eram compostos pelos judeus mais velhos e mais ricos.
Um aspecto é muito exaltado por Arendt nessa obra, é a solidariedade e a capacidade de resistência à opressão – qualidades raramente encontradas naqueles tempos sombrios – mas quando elas aconteceram, os alemães recuaram.
"Quando [os nazistas] encontraram resistência baseada em princípios, sua 'dureza' se derreteu como manteiga ao sol. [...] O ideal de 'dureza', exceto talvez para uns poucos brutos semi-loucos, não passava de um mito de auto-engano, escondendo um desejo feroz de conformidade a qualquer preço, e isso foi claramente revelado nos julgamentos de Nüremberg, onde os réus se acusavam e traíam mutuamente e juravam ao mundo que sempre 'haviam sido contra aquilo', ou diziam, como faria Eichmann, que seus superiores haviam feito mau uso de suas melhores qualidades. Em Jerusalém, ele acusou 'os poderosos' de ter feito mau uso de sua 'obediência'" – ironizou Arendt.
A Holanda, lembra Arendt, foi o único país da Europa em que os estudantes entraram em greve quando professores judeus foram despedidos, e onde uma onda de greves operárias explodiu como reação à primeira deportação de judeus para os campos de concentração, principalmente de Sobibor. Na Dinamarca, quando os alemães abordaram altos funcionários governamentais para que fosse possível a identificação de judeus por um emblema amarelo no braço, eles simplesmente responderam que nesse caso o rei também usaria a identificação e que se os alemães insistissem haveria uma imediata renúncia generalizada. Segundo Arendt, os nazistas recuaram e foram tratar de criar outros meios para perpetrar seus crimes na região.
_________________________
EICHMANN EM JERUSALÉM – Um relato sobre a banalidade do mal
Hannah Arendt
Editora Companhia das Letras, 336 páginas.
Tradução: José Rubens Siqueira
..................
Esse pequeno artigo eu escrevi por encomenda, em maio de 2006, quando se intensificavam os lançamentos de bombas contra os campos de refugiados na Faixa de Gaza. O carniceiro Ariel Sharon já havia tido o primeiro derrame cerebral em dezembro de 2005, e que o mantém em vida vegetativa até hoje. De qualquer forma, Ehud Olmert, o primeiro-ministro que o sucedeu, continuou uma política que muitos não entenderam à época, a retirada ostensiva e continuada dos colonos judeus da Faixa de Gaza. Os judeus sairam sob protestos, sem entender bem a política que o seu Governo estava seguindo. Agora, depois que a Faixa de Gaza está desocupada de cidadãos israelenses, fechou-se o ciclo da política de Israel para a região. A Faixa de Gaza foi desimpedida para poder ser bombardeada por inteiro, sem risco de se atingir colonos ou propriedades de judeus na área palestina.
Não sou dos que acreditam na trama cerebral de que o Hamas foi fortalecido pelo Mossad para constituir-se num motivo de ataque israelense contra o povo palestino. O Hamas representa a vontade autônoma das novíssimas gerações palestinas, cansadas da letargia e da corrupção do Fatah e do próprio Yasser Arafat, que segundo Edward Said foi um dos grandes corruptos (tanto moralmente, quanto politicamente) da Autoridade Palestina. Assim, o Hamas é o nome da desesperança e do ceticismo em soluções negociadas. O Hamas é uma consequência quase mecânica do fracasso de tantas conjunturas que resultaram sempre em mais sofrimento e desabono à política tradicional, tanto de Israel, quanto da própria Autoridade Palestina, haja vista o palhaço representado hoje pela figura risível de Mahmoud Abbas.
Trouxe esse brevíssimo artigo sobre o livro da notável Hannah Arendt – que nunca foi marxista, diga-se de passagem – para chamar a atenção sobre a necessidade de resistir ao opressor. Arendt examina o julgamento de uma ratazana do esgoto nazista, mas não deixa de apontar a altivez de holandeses e dinamarqueses no enfrentamento ao hitlerismo.
Esse mesmo enfrentamento se vê hoje em Gaza, quando meninos e jovens jogam pedras e de alguma forma mostram sua indignação com as garras da tirania. Enquanto isso ainda vigorar, sempre haverá esperança.
Com essa polêmica ruidosa sobre grupos de pressão judeus, acusações de anti-semitismo para quem ousar criticar um só ato dos belicosos governos israelenses, (o que dirá referir os extermínios nos campos de refugiados palestinos na Faixa de Gaza), etc., vem à lembrança, quase naturalmente, a figura corajosa de uma frágil mulher judia chamada Hannah Arendt (1906-1975).
Essa teórica política, durante toda a sua prolífica vida intelectual, foi provocadora de grandes polêmicas, sempre em torno dos seus estudos sobre a condição humana sob regimes de opressão e totalitarismo. Ao analisar as origens do totalitarismo no regime nazista, por exemplo, não se limitou a examinar somente o lado dos que foram sujeitos da opressão, mas também dos que foram objeto da mesma.
"Eichmann em Jerusalém", publicado em capítulos na New Yorker entre fevereiro e março de 1963, é uma obra que procura entender esses dois agentes da relação opressiva. Ela narra o julgamento de um carrasco-burocrata do regime nazista alemão, Adolf Eichmann, ocorrido em Jerusalém, depois de ter sido sequestrado num subúrbio de Buenos Aires por um comando do Mossad israelense. O nazista é conduzido então à Jerusalém, para o maior julgamento de um carrasco alemão depois do tribunal de Nüremberg.
Durante o julgamento, a figura discreta de Eichmann discrepava dos crimes de que estava sendo acusado, e pelos quais assumia relativa responsabilidade. Hannah Arendt, então, mostra toda a sua capacidade de extrair reflexões filosóficas do que ela denominou de "banalidade do mal" – a conjugação de fatores desumanizantes (totalitarismo, criminalidade como norma estatal, burocracia, disciplina cega à hierarquia, etc.) combinados com a reação apática das vítimas (em especial dos judeus), num processo de normalização da desumanidade e da "calamidade dos sem-direitos". Arendt, evidentemente, foi muito criticada desde então pelas lideranças judaicas do mundo inteiro, pelo menos até a sua morte, em 1975.
No livro "Eichmann em Jerusalém", uma das suas tantas obras publicadas, Hannah Arendt não fica somente na constatação da apatia estóica das vítimas do regime hitlerista, mas, corajosamente, aponta também fatos documentados sobre atividades nada-estóicas de líderes de comunidades judaicas que colaboravam com os nazistas, com o objetivo de obter vantagens materiais e seletivamente poupar vidas de seus protegidos.
"Onde quer que vivessem judeus – escreve Hannah Arendt – havia líderes judeus reconhecidos, e essa liderança, quase sem exceção, cooperou com os nazistas de uma forma ou de outra, por uma ou outra razão. A verdade integral era que, se o povo judeu estivesse desorganizado e sem líderes, teria havido caos e muita miséria, mas o número total de vítimas dificilmente teria ficado entre 4 milhões e meio e 6 milhões de pessoas. Pelos cálculos de Freudiger [Pinchas Freudiger, um "judeu ortodoxo de considerável dignidade", segundo Arendt], metade delas estaria salva se não tivesse seguido as instruções dos Conselhos Judeus". Esses Conselhos eram compostos pelos judeus mais velhos e mais ricos.
Um aspecto é muito exaltado por Arendt nessa obra, é a solidariedade e a capacidade de resistência à opressão – qualidades raramente encontradas naqueles tempos sombrios – mas quando elas aconteceram, os alemães recuaram.
"Quando [os nazistas] encontraram resistência baseada em princípios, sua 'dureza' se derreteu como manteiga ao sol. [...] O ideal de 'dureza', exceto talvez para uns poucos brutos semi-loucos, não passava de um mito de auto-engano, escondendo um desejo feroz de conformidade a qualquer preço, e isso foi claramente revelado nos julgamentos de Nüremberg, onde os réus se acusavam e traíam mutuamente e juravam ao mundo que sempre 'haviam sido contra aquilo', ou diziam, como faria Eichmann, que seus superiores haviam feito mau uso de suas melhores qualidades. Em Jerusalém, ele acusou 'os poderosos' de ter feito mau uso de sua 'obediência'" – ironizou Arendt.
A Holanda, lembra Arendt, foi o único país da Europa em que os estudantes entraram em greve quando professores judeus foram despedidos, e onde uma onda de greves operárias explodiu como reação à primeira deportação de judeus para os campos de concentração, principalmente de Sobibor. Na Dinamarca, quando os alemães abordaram altos funcionários governamentais para que fosse possível a identificação de judeus por um emblema amarelo no braço, eles simplesmente responderam que nesse caso o rei também usaria a identificação e que se os alemães insistissem haveria uma imediata renúncia generalizada. Segundo Arendt, os nazistas recuaram e foram tratar de criar outros meios para perpetrar seus crimes na região.
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EICHMANN EM JERUSALÉM – Um relato sobre a banalidade do mal
Hannah Arendt
Editora Companhia das Letras, 336 páginas.
Tradução: José Rubens Siqueira
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Esse pequeno artigo eu escrevi por encomenda, em maio de 2006, quando se intensificavam os lançamentos de bombas contra os campos de refugiados na Faixa de Gaza. O carniceiro Ariel Sharon já havia tido o primeiro derrame cerebral em dezembro de 2005, e que o mantém em vida vegetativa até hoje. De qualquer forma, Ehud Olmert, o primeiro-ministro que o sucedeu, continuou uma política que muitos não entenderam à época, a retirada ostensiva e continuada dos colonos judeus da Faixa de Gaza. Os judeus sairam sob protestos, sem entender bem a política que o seu Governo estava seguindo. Agora, depois que a Faixa de Gaza está desocupada de cidadãos israelenses, fechou-se o ciclo da política de Israel para a região. A Faixa de Gaza foi desimpedida para poder ser bombardeada por inteiro, sem risco de se atingir colonos ou propriedades de judeus na área palestina.
Não sou dos que acreditam na trama cerebral de que o Hamas foi fortalecido pelo Mossad para constituir-se num motivo de ataque israelense contra o povo palestino. O Hamas representa a vontade autônoma das novíssimas gerações palestinas, cansadas da letargia e da corrupção do Fatah e do próprio Yasser Arafat, que segundo Edward Said foi um dos grandes corruptos (tanto moralmente, quanto politicamente) da Autoridade Palestina. Assim, o Hamas é o nome da desesperança e do ceticismo em soluções negociadas. O Hamas é uma consequência quase mecânica do fracasso de tantas conjunturas que resultaram sempre em mais sofrimento e desabono à política tradicional, tanto de Israel, quanto da própria Autoridade Palestina, haja vista o palhaço representado hoje pela figura risível de Mahmoud Abbas.
Trouxe esse brevíssimo artigo sobre o livro da notável Hannah Arendt – que nunca foi marxista, diga-se de passagem – para chamar a atenção sobre a necessidade de resistir ao opressor. Arendt examina o julgamento de uma ratazana do esgoto nazista, mas não deixa de apontar a altivez de holandeses e dinamarqueses no enfrentamento ao hitlerismo.
Esse mesmo enfrentamento se vê hoje em Gaza, quando meninos e jovens jogam pedras e de alguma forma mostram sua indignação com as garras da tirania. Enquanto isso ainda vigorar, sempre haverá esperança.
Foto: Crianças mortas pelos bombardeios de Israel jazem nas gavetas de um necrotério de Gaza City.
22 comentários:
Eichman em Jerusalém é um livro sobre a hipocrisia e sobre o silêncio da hipocrisia. Arendt conta que toda a Europa estava envolvida com o "problema judaico". O que se debatia é: como resolvê-lo? A Alemanha de Hitler se encarregou de resolver o problema, assim como aconteceu em S. Paulo na invasão do Carandiru. Eichmann era um pequeno funcionário encarregado de resolver o 'problema judaico' em diversos países. Foi mandado para a Austria, Hungria, República Checa e em outros países para resolver este problema. Diversas hipóteses foram ventiladas para resolver a questão, inclusive a criação de um Estado de Israel em Madagascar. Mas todas as alternativas fracassaram. A solução só podia ser uma: o extermínio. E se assistiu a hipocrisia do sorriso sorridente de parte da Europa diante da chacina.... Grande livro.
O contexto de toda essa questão é que não interessa nem à maioria dos países ocidentais nem aos países árabes "moderados" (Egito, Jordânia e Arábia Saudita, por exemplo) o fortalecimento de uma filial do Irã na faixa de Gaza. E está havendo um consentimento tácito e hipócrita desses países na solução eleita pelo governo israelense. Ou seja, todos eles rezam para que essa ação seja rápida e que as células radicais de conflito sejam dizimadas. Mas é muita ingenuidade acreditar nessa estratégia. Como disse o Feil, o Hamas significa hoje a esperança ou a desesperança da jovem população palestina que aprendeu a não acreditar na solução negociada, tendo em vista, inclusive, a corrupção dos governos do Fatah. O horizonte é sombrio e as vítimas inocentes que também são úteis para as causas do radicalismo vão continuar tombando e suas imagens vão aparecer mais e mais vezes em todas as mídias.
Excelente, Cristóvão.
O que sempre me pareceu estranho é que se fale nos milhões de "judeus" mortos pelo nazismo na Alemanha. Assim, apenas "judeus", e não alemães de religião ou etnia judaica. Até parece que se tratava de alemães contra judeus, e não de alemães contra o seu próprio povo.Por que os judeus eram "um problema" na Europa? Por que os poloneses começaram a perseguí-los e matá-los muito, muito, antes de os nazistas chegarem (perguntem a poloneses que conseguiram fugir de lá ANTES da guerra)?
Grande parte dos judeus sempre se consideraram (ou se consideram!!!) judeus. Por que os judeus eram considerados problemas na europa? Porque eles controlavam (e controlam????) o mercado financeiro. Todos os países europeus, antes da guerra de 39/45 consideravam a questão judaica como "problema" a ser resolvido. Hanna Arendt expõe muito bem esse aspecto na primeira metade de Eichmann (com dois enes) em Jerusalém.
Tem um romance bem interessante do Cristopher Isherwood: 'Adeus a Berlim' (Editado pela Brasiliense) que trata exatamente da complicada relação que havia entre povo alemão e Judeus nos anos 20 na Alemanha de Weimar.
O outro lado da cobertura mostra o que a imprensa ocidental - toda do lado da Palestina do Hamas - não mostra. O Hamas usa suas crianças de escudo para mostrar os corpos e vencer a guerra da propaganda. Olha a verdade sobre a tal escola da ONU:
Hamas Used UN School to Fire Mortars
http://www.israelnationalnews.com/News/News.aspx/129264
Ótima interpretacao dos fatos, Feil! Agora se entende o porque da retirada dos assentamentos de Gaza.
É importante tb notar que a retirada de assentamentos de Gaza coincidiu com o aumento dos assentamentos na Cisjordania, especialmente em torno de Jerusalém. Assim fica claro o plano de aniquilacao dos palestinos em duas regioes importantes para Israel, que depende da violencia palestina para justificar os seus ataques e consumar o seus planos expansionistas.
Marcelo, o Hamas também depende da violência de Israel para justificar seus atos de violência e fortalecer seus laços com o Irã e com Al Qaeda. Nessa história toda apenas uma das partes pretende a extinção da outra: o Hamas.
Discordo de ti Maia; tu vive repetindo esta tese simplória de que só o Hamas quer o fim de Israel, mas Israel não quer o fim da Palestina... bobagem, se os israelenses realmente quisessem fazer um esforço político a situação estaria resolvida, o estado palestino estaria funcionando e os malucos do hamas e companhia seriam desinflados rapidinho e ficariam sós e frágeis, até a quase extinção (como ocorre com os neonazis de hoje). É Israel que alimenta essa gente com a sua política segregadora e belicosa. O assassinato de Rabin por um fanático judeu de direita mostra como pensa boa parte da sociedade israelense que está representada no parlamento e na vida institucional e cultural do país(e que tem apoio pelo mundo). Foi só tentar iniciar uma negociação de paz séria que o mataram, e muita gente (dos dois lados)comemorou.
Quanto ao anônimo aí em cima, deus me livre! quer justificar o assassinato de mais de 30 civis com essa conversa mole de "vejam a verdade" aí amiguinho, conselho pra ti, vai te tratar!
Israel não quer e nem defende o fim da Palestina, mas o fim da intolerância do Hamas.O Hamas defende o fim de Israel. Essa é uma diferença fundamental nessa discussão que certa esquerda evita enxergar. Aliás, não apenas Israel que quer o fim da intransigência do Hamas, mas o próprio Egito, a Jordânia e os países árabes e muçulmanos mais moderados.
Os países europeus também defendem o fim da intolerância do Hamas. E por isso esse silêncio hipócrita do mundo ocidental sobre a tragédia palestina e seus 700 mortos reais.
É impressionante a dificuldade que certa esquerda tem de admitir o óbvio, a banalização do mal, o ódio e o terror existe também não apenas do lado de Israel, mas está presente e muiiito presente no lado dos "representantes dos oprimidos". E isso também é demonstração de hipocrisia.
Maurício vá na locadora perto da tua casa e tira o filme palestino (filmado em Gaza) "Paradise Now".
No meio jurídico tem uma expressão que se presta a justificar a defesa de um réu: "crime impossível". Exemplo: alguém é preso e processado por tentativa de homicídio. Seu crime: disparo contra alguém, com uma espingarda de caça calibre 32, a uma distânciade 400 metros. O Hamas pode dizer quantas vezes quiser que "quer a destruição de Israel". E daí? É crível que alguém possa acreditar que o Hamas represente um perigo ao estado nazi? Pois étambém em nome dessa louca ameaça que a barbárie é justificada.
Maia, quando tu vens aqui defender neoliberais, Yedas, e Mendes da vida, tu és apenas um burguês defendendo os teus interesses de classe. Mas quando tu vem justificar o assassinato de mulheres e criancas, que já sao 2 tercos dos mortos, tu ta sendo um cúmplice de criminosos e assassinos, o que nao é aceitável.
Cada vez mais eu me convenço da veracidade dos "Protocolos".
205 crianças mortas até agora e o Maia tem a cínica razão de justificar a barbárie?
E esse curso de filosofia da UFRS que, além do Denis fascista, tem também um tal de Milman, sionista e fascista, cujo artigo defendendo o mesmo que o Maia, o PHA reproduziu hoje, o que é isso? O que aconteceu com esse curso de filosofia?
E, finalmente, mais uma vez a mídia digital venceu, pois agora inclusive os jornalões acordaram, pois não conseguem mais esconder o absurdo de 205 crianças assassinadas, assim como escolas bombardeadas. Nem os jornais nojentos como a Folha conseguiram aguentar mais. A mídia digital conseguiu encurralar o Estado nazi-sionista de Israel.
Parabéns ao Diário Gauche, ao Idelber Avelar, ao Carta Maior, e outros milhares de blogs que continuam a resistência contra os discípulos de Goebbels.
armando do prado
Robert Fisk tem razão: Israel apresenta mentiras, para que gente escrota [mídia e seus midiotas] saia repetindo sem questionar a veracidade dos fatos.
Acreditar na balela dos "escudos humanos" é de saturar a paciência!!!!
O Maia escreve:
"Israel não quer e nem defende o fim da Palestina,"
Israel só quer seus campos, seus rios, suas, casas, seus territórios.
E o Maia, além de ser um genocida com má consciência(por exemplo, quando ele diz que "Nessa história toda apenas uma das partes pretende a extinção da outra: o Hamas" --- sim Maia, você tem razão , o
e x t e r m í n i o da população palestina promovido pela ação do exército israelense não é intencional, de modo algum, é apenas "auto-defesa", não é mesmo?...) é também ingênuo quanto ao resto: nos dias que correm, ele ainda consegue acreditar que o mercado financeiro tem "controle"...
- MAIA MALA!! O SIONISTA QUE VEGETA A DOIS ANOS NUMA CAMA DE UM HODSPITAL, EX-PRIMEIRO MINISTRO SHARON, ENQUANTO PARLAMENTAR SEMPRE FOI CONTRÁRIO A QUALQUER ACORDO DE PAZ COM OS PALESTINOS. ALIÁS, FOI O GRANDE RESPONSÁVEL PELO MASSACRE DE SHABRA E CHATILA NO LIBANO. DEFENDER POSTURAS SIONISTAS EQUIVALE A DEFENDER POSTURAS NAZI-FACISTAS. CREIO QUE ESTÁS A TEMPO DE REVISÃO DE TEU IDEÁRIO NADA CONVICENTE NESTE BLOG DEMOCRÁTICO. JÁ FALEI. PEDE PARA MIJAR E SAI DE FININHO. O PRBS ACOLHERÁ TEUS ARGUMENTOS E SE DEIXARES TEU CC TERÁS EMPREGO GARANTIDO.
Giapp, o pacato professor de história que venceu os americanos no Vietnã, declarou : Nenhuma força de ocupação obterá a verdadeira vitória: a vitória política ! Os sionistas podem bombardear cada centímetro quadrado da palestina ocupada e ainda assim terão de arcar com a maior das derrotas: perderam o trunfo de povo sofredor, o grande negócio no qual se transformou o holocausto agora está claro para todo o Ocidente ! Será que a fraca ONU terá força suficiente para julgar os líderes genocidas nazijudeus por crimes contra a humanidade, tal como foram os nazigermânicos em Nuremberg ?
Marcos Vinicius:
Grandes perdas: Os bancos de investimentos estão "indo para o saco", o faturamento com o holocausto anterior vai diminuir, embora venha agora uma meia duzia de filmezinhos para tentar reconstituir a"imagem", mas a midia continua aí firme, e o negócio que está $egurando o "negócio" da guerra.
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