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segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

MST vai intensificar a luta pela terra em 2009


Luta também será contra o agronegócio e as transnacionais

O Movimento Sem Terra (MST) irá intensificar a luta pela reforma agrária em 2009. Em entrevista coletiva na sexta-feira (23/1) durante o encontro nacional em Sarandi, no Norte do RS, o MST fez um balanço de seus 25 anos e divulgou o planejamento para o próximo período. As manifestações e protestos para pressionar pela reforma agrária devem ser mais constantes. Os sem-terra também irão manter a postura de combate ao latifúndio, ao agronegócio e à expansão das transnacionais. A informação é da Agência Chasque.

A coordenadora nacional do MST, Marina dos Santos, avaliou que somente com pressão os sem-terra conseguiram avançar na reforma agrária. Em 25 anos, os sem-terra contabilizam cerca de 370 mil famílias assentadas em mais de 7 milhões de hectares de terra. No entanto, o Brasil ainda é o segundo país que mais concentra a terra no mundo. Um por cento dos proprietários brasileiros detêm mais de 46% das terras agricultáveis.

"Vamos continuar combatendo o latifúndio, o agronegócio e as empresas. Em 2009, vamos massificar a luta pela reforma agrária. Esta é uma das decisões fruto do debate desses 25 anos", afirmou.

Marina também ressaltou que o MST irá se manter autônomo em relação aos partidos políticos e criticou a reforma agrária promovida pelo governo Lula. Para ela, as ações governamentais funcionam como políticas compensatórias, já que não alteram a estrutura fundiária do país e nem descentralizam a terra. Entre as conquistas da organização, a coordenadora destacou a erradicação do analfabetismo em diversas áreas rurais em que o MST atua e a reprodução das sementes crioulas.

No Rio Grande do Sul, os sem-terra irão seguir com protestos contra as transnacionais, principalmente de celulose, e pela desapropriação de áreas que não cumprem sua função social, como a Fazenda Guerra, em Coqueiros do Sul. Como destaque de 2008, o coordenador Cedenir de Oliveira destacou a desapropriação de parte da Fazenda Southall, em São Gabriel, na Fronteira Oeste do RS.

"Somente no município de São Gabriel em que hoje vamos assentar 1,2 mil famílias que serão para a vida inteira, existem mais de 500 desempregados. Então é evidente que as terras que seriam destinadas para a produção de eucalipto, nós queremos para a reforma agrária. Principalmente as terras da Stora Enso que estão ilegalmente na Faixa de Fronteira", afirmou o dirigente do MST.

17 comentários:

Anônimo disse...

Lula salva banco!!!

100 bilhoes por BNDES, sera que é pra cobrir o furo da aracruz?? Lembrem-se o BNDES é socio da aracruz...

Carlos Eduardo da Maia disse...

O MST insiste com a desinformação. A Southall não foi desapropriada, ela foi comprada com valor acima do mercado.

Anônimo disse...

Calculadora de precisao esse maia, consegue saber o "valor de mercado"!!!

Com coisa que esse valor nao fosse VARIAVEL, e nos nossos dias varia de um dia para o outro, quando o proprietario cota em euro, dolar ou ouro.

A administraçao publica, por suas caracteristicas procedimentais extremamente regulamentadas, visando evitar o prejuizo ao herario publico, acaba por impedir uma negociaçao de preço otimal, o administrador publico nao pode barganhar.

Numa administraçao honesta é compreensivel um certo descompasso de preços, dentro de parametros aceitaveis.

Anônimo disse...

A Southall foi desapropriada, sim senhor.
Importante para todos que passam por este blog saberem como se deu o processo: o INCRA negociou com o Sr. Southall valores que imediatamente após a compra já retornaram aos cofres públicos em virtude das dívidas do latifundiário. Foi só por isso que ele "vendeu" as terras, porque tentou de várias maneiras passar para outros compradores e o jurídico do INCRA esteve sempre em cima pra não deixar ocorrer.
Outra coisa, o preço acertado surgiu fruto de um estudo realizado por funcionários do Instituto. Um destes estudou um longo período de tempo as cotações daquelas terras no mercado. Fez a média e calculou-se o valor da "indenização". Se no momento da "compra" o mercado estava em baixa, óbvio que o valor da média seria maior.

Escrevo isso pra esclarecer, porque sempre tem gente que acaba caindo no que esse mau-caráter vive repetindo. E se o INCRA pagasse abaixo do mercado, seria outro o tom da reclamação. Não tem saída.

Anônimo disse...

Valeu, Guga, pela informação.

Só uma correção: Maia não é mau-caráter. É oligofrênico mesmo.

Carlos Eduardo da Maia disse...

O valor de mercado de um hectare na região de São Gabriel é de R$ 3.000,00 a R$ 4.000,00. O Southall negociou com o Guilherme Cassel por R$ 6.000,00. E saiu feliz da vida do negócio. Ninguém pode ser contra a reforma agrária, sobretudo num país que tem uma distribuição de renda vergonhosa. Mas existem formas e formas de se fazer reforma agrária e parece que o governo Lula aprendeu com o governo FHC a melhor forma possível: a negociação direta com o proprietário, sem conflitos, sem ocupações etc.... O que está errado é centralizar no MST -- que é uma entidade que não tem nem CNPJ -- o monopólio cartorial da reforma agrária. Ou seja o vivente que não tem terra e quer trabalhar nela para produzir para receber um pedaço de terra tem que necessariamente entrar no movimento e se "ideologizar" politicamente. Se o vivente não concorda com a postura e a ideologia do MST não tem a mínima chance de receber um pedacinho de terra. Esse é o grande absurdo. sse absurdo

Anônimo disse...

Calma la, da a fonte desse valor de 6000, nao vem jogando tuas m. pra ver se colam.

Outra, numa mesma regiao teremos preços que variam de 2 a 10000 o ha, sei pq fiz pesquisa,

depende da distancia da estrada principal;

agua

pedras

matas nativas

pastos ja feitos

benfeitorias

cerca

etc etc...

Anônimo disse...

Edu,
o Paulo Henrique Amorin demonstrou como o dinheiro vai chegar na Aracruz. O Banco do Brasil comprou 50% do Banco Votorantin. Agora a Votorantim cheia da grana parte pra compra da Aracruz e ta feita a festa do dinheiro público. Ta aqui:
http://www2.paulohenriqueamorim.com.br/?p=4569

Anônimo disse...

Valor de mercado de 3 a 4 mil reais...informação de um urbanóide que passa pela região apenas para comprar muamba em Rivera. Todos que tem uma mínima noção de critérios para a valorização de uma área agrícola sabem que numa região como a de São Gabriel o valor de um ha varia muito mais do que isso....de 3 a 8 mil/ha...dependendo se é área de campo(e tipo de campo)ou arroz, por exemplo. Isso é a vontade infantil de ser do contra, aliada de um irritante desconhecimento do assunto.

João

Carlos Eduardo da Maia disse...

É claro, é evidente, é óbvio que o preço de mercado depende das características do terreno, mas o preço do hectare em determinada região todo mundo sabe e uma coisa é certa, o Southall saiu feliz da vida com o negócio. Por que será?

Anônimo disse...

Maia, voce tem CPF?

Anônimo disse...

Eu tenho claro em primeiro lugar que não existe um hectare de terra em São Gabriel por R$ 3000 ou R$ 4000.

Em segundo lugar é claro que o Southall saiu feliz da vida, poque como todo o latifundiário detesta trabalhar, e pelo menos a´li ele não precisará nem enganar mais.

É bom lembrar que não é verdade que o MST tenha o monopólio da reforma agraria, até porque não existe reforma agrária.

Se fizessem uma reforma agrária, ou pelo menos atualizassem os indices de produtividades destes latifundiários vagabundos, aí sim teriamos aprendido alguma coisa. Já que com o lesa pátria do FHC não se aprende nada, nem com os seus diretores do Banco Central e Banco do Brasil condenados pelos desmandos com o dinheiro público.

Quem quiser um pedaço de terra não precisa entrar para o MST mas vai ter que "pelear" com o latifundio anacrônico e criminoso, e com os seus defensores da midia, e areborréia que acompanha

Claudio Dode

Anônimo disse...

Sim energúmenos, são esses terroristas do MST - que de trabalhadores da terra não têm nada - que trabalham muito. Grandes trabalhadores. A única coisa que fazem é treinar táticas de guerrilha. São ótimos em depredação também. Em um país sério já estariam extintos e presos por terrorismo e dano ao patrimônio público e privado.

Anônimo disse...

TATICAS DE GUERRILHAS !! ASSOMBROSO !! ESPUMANTE DA GOVERNADORA BRINDANDO COM O SENADORZINHO FRACASSADO !! TATICAS DE GUERRILHA ?? E A GUERRILHA INSTALADA NO DETRAN ?? IMPLATARAM O TERROR NAS CONTAS DO DETRAN ?? DANO AO PATRIMÔNIO PÚBLICO !! NÃO É DANO É A MORAL LIMPANDO OS COFRES DO DETRAN ?? É ISSO AÍ !! HIPOCRISIA !!

Anônimo disse...

MST = Marginais Saqueadores Terroristas

Anônimo disse...

Bastava ao Incra consultar qualquer corretor da região, por telefone, e veria que pagou um preço beeeem salgado por aquelas terras.
Falta agora o MST justificar a compra e começar a trabalhar, coisa que não sabe como se faz.

Antoninho da Frontera

Anônimo disse...

O ser exótico Rolf Hackbart disse ao Canal Rural que "o Brasil já soma mais de 82 mil assentamentos, um milhão de famílias atendidas e 80 milhões de hectares."

UAU!!! 80 milhões de hectares é 10%do BRASIL!!

Na média, 80 hectares por família, mais do que a média do último censo do IBGE para as propriedades rurais, de 68,2. Em 1980 estava em 70,7 hectares.

E querem dizer que ainda falta terra para reforma agrária?

FALTA PEGAR NO CABO DA ENXADA (mas poucos do movimiento sabe)!!!

Zé Mané

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