Repórter global esquece tudo
Ontem, na revista dominical “Fantástico”, a tevê Globo continuou com a sua cruzada de desconstituição da verdade sobre os fatos que estão acontecendo na Faixa de Gaza.
O cínico correspondente da Globo no Oriente Médio não age sem observar estrita obediência às seguintes regras:
1. Assegurar-se de que ele próprio está em absoluta segurança;
2. Omitir dados e informações (sob a forma de "esquecimento") que possam esclarecer o espectador sobre a verdade dos fatos;
3. Passar uma versão que dê perfeita equivalência e equilíbrio na violência entre os dois lados.
Alberto Gaspar, jornalista e tordilho amestrado, mostrou ontem duas reportagens visando reforçar a falsa ideia de paralelismo entre palestinos e judeus. Uma, mostrava um jovem judeu brasileiro, classe média, estudante de engenharia, morador da aprazível praia de Ashkelon, que fica entre Gaza City e Tel Aviv. Outra, mostrava uma jovem palestina brasileira, seguidora do islamismo e militante política, vivendo em Gaza, numa família numerosa, em condições paupérrimas, numa casa onde não há energia elétrica, não há água encanada, os vidros foram despedaçados pelo impacto das bombas israelenses e – em pleno inverno – não há aquecimento e nem víveres. Só resta o medo e a fé religiosa do “martírio”.
O judeu mora numa casa confortável, iluminada pelo sol do Mediterrâneo, que conta inclusive com um pequeno abrigo capaz de resistir a impactos de bombas e mísseis. Ele apenas trata da sua vidinha de estudante de classe média, certamente sendo custeado pelos pais, hebreus que vivem no Brasil. Já Laila, a palestina, parece ser o arrimo de uma grande família, vê-se que não tem tempo para preocupar-se consigo própria, haja vista suas transcendências familiares, religiosas e políticas.
Laila desculpou-se com o repórter da Globo por não poder lhe servir um chá, já que não havia mais mantimentos na precária casa em que vive. Alberto Gaspar, o repórter, foi incapaz de registrar que a falta de alimentos, água e energia resulta de um bloqueio deliberado de Israel para com a população inteira de Gaza, cerca de dois milhões de civis palestinos.
A Faixa de Gaza sofre os pesados bombardeios aéreos dos caças F-15 de Israel (na foto superior, em Gaza City) agora – desde sábado – a invasão por terra de tropas e tanques militares e o cerrado bloqueio de víveres, energia, água e medicamentos.
Em Ashkelon, Gaspar mostrou pessoas bem alimentadas, sorridentes, e só lamentou que a guerra está afugentando os turistas dos bares e restaurantes à beira do Mar Mediterrâneo. Para representar que há um certo risco, o repórter global cuidou de registrar as sirenas de Ashkelon quando eventualmente anunciam algum perigo de bombardeio. Mas também esqueceu de informar que dos céus mediterrâneos jamais virão aviões palestinos, nem bombas, nem mísseis teleguiados por satélites norte-americanos, porque o Hamas simplesmente não possui nenhum desses artefatos de alta tecnologia da morte. O Hamas possui apenas e tão-somente os modestos e caseiros foguetes Qassam, cujo alcance e poder de destruição são limitadíssimos (na foto, os milicianos do Hamas carregando os pequenos e leves rockets).
Mas isso, o repórter global também esqueceu de informar.
Ontem, na revista dominical “Fantástico”, a tevê Globo continuou com a sua cruzada de desconstituição da verdade sobre os fatos que estão acontecendo na Faixa de Gaza.
O cínico correspondente da Globo no Oriente Médio não age sem observar estrita obediência às seguintes regras:
1. Assegurar-se de que ele próprio está em absoluta segurança;
2. Omitir dados e informações (sob a forma de "esquecimento") que possam esclarecer o espectador sobre a verdade dos fatos;
3. Passar uma versão que dê perfeita equivalência e equilíbrio na violência entre os dois lados.
Alberto Gaspar, jornalista e tordilho amestrado, mostrou ontem duas reportagens visando reforçar a falsa ideia de paralelismo entre palestinos e judeus. Uma, mostrava um jovem judeu brasileiro, classe média, estudante de engenharia, morador da aprazível praia de Ashkelon, que fica entre Gaza City e Tel Aviv. Outra, mostrava uma jovem palestina brasileira, seguidora do islamismo e militante política, vivendo em Gaza, numa família numerosa, em condições paupérrimas, numa casa onde não há energia elétrica, não há água encanada, os vidros foram despedaçados pelo impacto das bombas israelenses e – em pleno inverno – não há aquecimento e nem víveres. Só resta o medo e a fé religiosa do “martírio”.
O judeu mora numa casa confortável, iluminada pelo sol do Mediterrâneo, que conta inclusive com um pequeno abrigo capaz de resistir a impactos de bombas e mísseis. Ele apenas trata da sua vidinha de estudante de classe média, certamente sendo custeado pelos pais, hebreus que vivem no Brasil. Já Laila, a palestina, parece ser o arrimo de uma grande família, vê-se que não tem tempo para preocupar-se consigo própria, haja vista suas transcendências familiares, religiosas e políticas.
Laila desculpou-se com o repórter da Globo por não poder lhe servir um chá, já que não havia mais mantimentos na precária casa em que vive. Alberto Gaspar, o repórter, foi incapaz de registrar que a falta de alimentos, água e energia resulta de um bloqueio deliberado de Israel para com a população inteira de Gaza, cerca de dois milhões de civis palestinos.
A Faixa de Gaza sofre os pesados bombardeios aéreos dos caças F-15 de Israel (na foto superior, em Gaza City) agora – desde sábado – a invasão por terra de tropas e tanques militares e o cerrado bloqueio de víveres, energia, água e medicamentos.
Em Ashkelon, Gaspar mostrou pessoas bem alimentadas, sorridentes, e só lamentou que a guerra está afugentando os turistas dos bares e restaurantes à beira do Mar Mediterrâneo. Para representar que há um certo risco, o repórter global cuidou de registrar as sirenas de Ashkelon quando eventualmente anunciam algum perigo de bombardeio. Mas também esqueceu de informar que dos céus mediterrâneos jamais virão aviões palestinos, nem bombas, nem mísseis teleguiados por satélites norte-americanos, porque o Hamas simplesmente não possui nenhum desses artefatos de alta tecnologia da morte. O Hamas possui apenas e tão-somente os modestos e caseiros foguetes Qassam, cujo alcance e poder de destruição são limitadíssimos (na foto, os milicianos do Hamas carregando os pequenos e leves rockets).
Mas isso, o repórter global também esqueceu de informar.
Observação: o artefato israelense de destruição que atingiu a Universidade Islâmica de Gaza e a sua biblioteca de cinco andares foi o mesmo que destruiu o centro de Gaza City (na fotografia superior).
37 comentários:
A melhor cobertura dessa guerra de intolerâncias está na CNN. A imagem é rápida, quase imediata e o debate é aberto. Todos opinam e a gente carrega a inusitada sensação de que ninguém tem razão.
Como resistir Online?
Gaza Talk é um site criado como uma ferramenta de resistência com o objetivo de mostrar ao mundo o massacre que vem acontecendo em Gaza. E para isso, convoca todos na internet para um movimento de resistência online
http://gazatalk.com/how-to-resist-online
Feil. O Folha Online deu agora à tarde a notícia de que a ministra de Relações Exteriores de Israel, Tzipi Livni, rejeitou os apelos de diplomatas europeus por um cessar-fogo imediato.
E, quando imaginamos que o cinismo e a hipocrisia das pessoas e governos já atingiram os limites possíveis, eis que nos surpreendemos: "Nós combatemos o terrorismo e não faremos acordo com o terrorismo", justificou Livni.
Aí, é inevitável perguntar: É possível algum diálogo, mínimo que seja, com uma mente desse tipo?
Nelson, assim como não é possível o diálogo com Israel não é possível o diálogo com o Hamas. E estamos diante do inevitável paradoxo: as fotos de crianças palestinas mortas com os torpedos da intransigência vão continuar a circular pela web.
A verdade verdadeira é que Israel quer fazer uma imensa varredura em Gaza para exterminar o radicalismo do Hamas e não vai perder a oportunidade de fazer isso de forma rápida e imediata enquanto a opinião pública morre de raiva de seus atos. É impossível fazer ataques cirúrgicos em região de grande densidade populacional. Os radicais, como bem se sabe, adoram circular com os úteis inocentes. E quando a intolerância do radicalismo toma conta da geopolítica ninguém mais respeita as proporções. E tudo vira desproporcional.
Os israelenses,se querem mesmo fazer uma política de terra arrasada e extermíno é por que esqueceram que isso é impossível.
A sra. Tzipi Livni é candidata a primeira-ministra nas eleições gerais de fevereiro próximo, assim como o Nethanaiuh - ambos apoiados pela extrema direita e partidos religiosos fundamentalistas. A matança em Gaza é moeda eleitoral para os dois falcões sionistas.
Israel não quer o fim do estado palestino. O Hamas quer o fim do estado de Israel. Essa história está repleta de malvadezas.
putz, voltou o arroz de festa e suas máximas:
1. CNN melhor cobertura, isenta, debate aberto;
2.fotos das crianças palestinas mortas em intransigências;
3. a verdade verdadeira é que israel quer fazer varredura em gaza para exterminar o radicalismo do hamas;
4. israel não quer o fim do estado palestino
PUXA, AINDA BEM !! IMAGINE SE FOSSE VERDADE. vou ficar muito mais tranquilo depois desses esclarecimentos isentos, neutros, imparciais, confiáveis. Não como os de certa esquerda tendenciosa...
Ops, parece que alguém voltou de férias. E determinado a prosseguir na sua defesa aos ricos, ladroes e assassinos.
http://g1.globo.com/bomdiabrasil/0,,MUL943196-16020,00-GAZA+UM+TERRITORIO+PARTIDO+E+CERCADO+DE+TANQUES+POR+TODOS+OS+LADOS.html
http://g1.globo.com/bomdiabrasil/0,,MUL943193-16020,00-CONHECA+O+ARSENAL+DOS+DOIS+LADOS+DO+CONFLITO+EM+GAZA.html
Pelo visto, ou o Sr. Cristóvão também sofre de "esquecimento",eis que não se lembra das matérias apresentadas na cobertura do conflito, e não tem a noção de que uma cobertura se faz com uma equipe (vide links mencionados acima),ou esconde a mando de quem ele próprio está amestrado. Com seu comentário, é ele quem distorce os fatos que o mundo inteiro já tem ciência...e que tem sido exaustivamente demonstrado pela Globo, incluindo esse repórter..o bloqueio sofrido pelo povo palestino há anos...basta acompanhar as matérias exibidas ao longo desses dias.No mínimo estranha suas corriqueiras acusações direcionadas somente a este profissional, o que repudio veementemente, até porque críticas devem ser construtivas e não agressiva como o Sr. faz.Como estamos numa democracia..todos podem opinar ...certo?..Prá mim, a pior cobertura está sendo a da TV Record..fraquíssima...um lixo ...espero que pelo menos nisso o Sr. concorde com meu comentário.
www.english.aljhazeera.net é um bom endereço para ver o outro lado da guerra. Leiam o artigo de Robert Fisk no www.independent.co.uk, especialmente sobre o confisco das camaras dos fotógrafos pelo exercito israelense e entendam porque o massacre nao pode ser documentado.
Parabéns pelo blog! Acabo de assistir à "reportagem" do Fantástico, e é de fato enojante. Cinismo é pouco pra classificar aquela narração e aquela edição. E o que eram aquelas pessoas sorridentes nos abrigos anti-bombas? A superioridade tecnológica e bélica de Israel é absurda, fica claro que eles detectam os artefatos lançados pelo Hamas com um 'timing' suficiente para tocar uma sirene e dar tempo das pessoas confortavelmente se abrigarem. A tentativa do repórter de equalizar as condições de vida de palestinos e israelenses é deprimente.
Anônimo das 23:33, é muito engraçado que as suas "opiniões" coincidam com as palavras do grande intelectual George W. Bush.
Isso diz tudo sobre vc.
Renam...você não conseguiu entender a mensagem da reportagem.Eu assisti e prá mim ficou bem claro que eles mostraram a disparidade, ou seja, que é óbvio que as condições dos palestinos é bem pior.O fato das pessoas estarem sorridentes mostra o disparate da situação.
Bem, os nazistas também tentaram fazer uma varredura na Europa Oriental, e em espaços bem mais amplos... deu no que deu...
Mas realmente é difícil entender o que os foguetes do HAMAS causam de abalo militar em Israel... devem fazer cair gotas de lágrimas no canto dos olhos das lideranças sionistas, ao justificar a "guerra santa". A "loucura" da região deve ter afastado qualquer senso político das lideranças do HAMAS... e talvez também exista algo além da minha compreensão imediata, até porque o MOSSAD andou financiando alternativas à OLP, no passado...
Portanto, para mim ainda é mais difícil justificar, pelos motivos expostos, o que Israel está fazendo - mas o grosso da grande imprensa internacional sabe o que faz, para variar.
Gustavo,
Você viu a demonstração detalhada do arsenal empregado? Não falou nada a respeito, por quê? Eles mostraram nitidamente a desproporcionalidade nos ataques, e que os palestinos estão sendo absurdamente massacrados. O que me diz??
Anônimo das 09:19, eu vi.
Vi que os amestrados da Globo não falaram nada sobre Israel estar usando armamento proibido por diversas convenções internacionais, como as balas de tungstênio que causam leucemia, e o fósforo branco que queima tudo no corpo humano, mas sem matar, causando um sofrimento atroz. De fato, a Globo informa, mas faz tudo pela metade, omitindo o todo para que os telespectadores não possam conhecer toda a verdade.
O melhor artigo sobre a guerra é o depoimento de um palestino (Fares Akram) que perdeu o pai -- que sempre detestou o Hamas -- por uma bomba israelense. Foi publicado no Independent e está no Depósito. Qual a diferença entre a bomba que dilacerou meu pai e o militante que dispara um pequeno foguete?
"Israel quer fazer uma imensa varredura em Gaza para exterminar o radicalismo do Hamas e não vai perder a oportunidade de fazer isso de forma rápida e imediata."
Só os sionistas e nazista como o Maia e aqueles do MP que queriam exterminar com o MST, poderia olhar uma agressão violenta como esta em "oportunidade".
Claudio Dode
Não se massacra civis e organizações populares para se defender de pretensos loucos, pelo menos não de um ponto-de-vista humanista, de esquerda.
Justamente pelas ações do HAMAS serem produto (e ainda inofensivo militarmente) de sectários completos é que as ações de Israel desnudam a política nazista do sinonismo.
Quem não enxerga isto apenas se presta a defender a criminosa patrola do estado israelense.
Luiz, podemos construir sua frase no seguinte sentido: Justamente pelas ações de Israel é que o Hamas se fortalece em Gaza para instituir a jurisdição islâmica e o fim do Estado de Israel.
O lado humanista deve ser radical na defesa dos inocentes úteis e nunca em favor da intolerância do Hamas ou dos ataques "cirúrgicos" de Israel.
Na Folha de hoje, do João Pereira Coutinho:
Mudar as Palavras
Não vou gastar o meu latim a tentar convencer os leitores desta Folha sobre quem tem, ou não tem, razão na guerra em curso. Prefiro contar uma história.
Imaginem os leitores que, em 1967, o Brasil era atacado por três potências da América Latina. As potências desejavam destruir o país e aniquilar cada um dos brasileiros. O Brasil venceria essa guerra e, por motivos de segurança, ocupava, digamos, o Uruguai, um dos agressores derrotados.
Os anos passavam. A situação no ocupado Uruguai era intolerável: a presença brasileira no país recebia a condenação da esmagadora maioria do mundo e, além disso, a ocupação brasileira fizera despertar um grupo terrorista uruguaio que atacava indiscriminadamente civis brasileiros no Rio de Janeiro ou em São Paulo.
Perante esse cenário, o Brasil chegaria à conclusão de que só existiria verdadeira paz quando os uruguaios tivessem o seu Estado, o que implicava a retirada das tropas e dos colonos brasileiros da região. Dito e feito: em 2005, o Brasil se retira do Uruguai convencido de que essa concessão é o primeiro passo para a existência de dois Estados soberanos: o Brasil e o Uruguai.
Acontece que os uruguaios não pensam da mesma forma e, chamados às urnas, eles resolvem eleger um grupo terrorista ainda mais radical do que o anterior. Um grupo terrorista que não tem como objetivo a existência de dois Estados, mas a existência de um único Estado pela eliminação total do Brasil e do seu povo.
É assim que, nos três anos seguintes à retirada, os terroristas uruguaios lançam mais de 6.000 foguetes contra o Sul do Brasil, atingindo as povoações fronteiriças e matando indiscriminadamente civis brasileiros. A morte dos brasileiros não provoca nenhuma comoção internacional.
Subitamente, surge um período de trégua, mediado por um país da América Latina interessado em promover a paz e regressar ao paradigma dos "dois Estados". O Brasil respeita a trégua de seis meses; mas o grupo terrorista uruguaio decide quebrá-la, lançando 300 mísseis, matando civis brasileiros e aterrorizando as populações do Sul.
Pergunta: o que faz o presidente do Brasil?
Esqueçam o presidente real, que pelos vistos jamais defenderia o seu povo da agressão.
Na minha história imaginária, o presidente brasileiro entenderia que era seu dever proteger os brasileiros e começaria a bombardear as posições dos terroristas uruguaios. Os bombardeios, ao contrário dos foguetes lançados pelos terroristas, não se fazem contra alvos civis -mas contra alvos terroristas. Infelizmente, os terroristas têm por hábito usar as populações civis do Uruguai como escudos humanos, o que provoca baixas civis.
Perante a resposta do Brasil, o mundo inteiro, com a exceção dos Estados Unidos, condena veementemente o Brasil e exige o fim dos ataques ao Uruguai.
Sem sucesso. O Brasil, apostado em neutralizar a estrutura terrorista uruguaia, não atende aos apelos da comunidade internacional por entender que é a sua sobrevivência que está em causa. E invade o Uruguai de forma a terminar, de um vez por todas, com a agressão de que é vítima desde que retirou voluntariamente da região em 2005.
Além disso, o Brasil também sabe que os terroristas uruguaios não estão sós; eles são treinados e financiados por uma grande potência da América Latina (a Argentina, por exemplo). A Argentina, liderada por um genocida, deseja ter capacidade nuclear para "riscar o Brasil do mapa".
Fim da história? Quase, leitores, quase. Agora, por favor, mudem os nomes. Onde está "Brasil", leiam "Israel". Onde está "Uruguai", leiam "Gaza". Onde está "Argentina", leiam "Irã". Onde está "América Latina", leiam "Oriente Médio". E tirem as suas conclusões. A ignorância tem cura. A estupidez é que não.
Tá na cara que esse Coutinho é um sionista. Essa translação de nomes de países aí ficou mal. Esse comparativo é infeliz e de mau gosto. Ele fala como se o Uruguai/Gaza fosse um Estado independente habitado por cidadãos livres. Não é. Gaza é uma faixa de terra, não é país, não é Estado e é sim um campo de concentração de Israel, cujos prisioneiros ao resolverem se rebelar são taxados de "terroristas". Nos campos nazistas pelo menos havia comida, energia, água, remédios. Em Gaza não há nada disso e chovem bombas o tempo todo.
Esse Coutinho podia ser porta-voz do fascista Nethanaiuh.
Maia: finalmente concordo com uma coisa que escreveste: as ações sionistas, depois de massacrarem palestinos, re-alimentam o sectarismo enlouquecido da região.
Como eu não quero somente racionalismo, mas humanismo, não apoio qualquer HAMAS da vida, mas muito menos políticas nazistas.
Luis, finalmente estamos de pleno acordo. Mário Casado, GAza não é campo de concentração de Israel que não tem nem legitimidade e nem autoridade na região. Quem domina Gaza é a intolerância do Hamas. É ali que está um dos ovos da serpente acompanhado dos necessários inocentes úteis.
O coutinho esqueceu de dizer que o Brasil não desocupou o Uruguay como a Onu e suas resolusões indicaram não só continuaram construindo muros, e bloqueando a possibilidade de ingresso nos "CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO NAZI SIONISTAS" de alimentos e remédios.
É bom lembrar que estão atacando igrejas(mesquitas), escolas, blbliotecas, e outras formas de ELIMINAÇÃO DO POVO PALESTINO.
Para Israel as fronteiras de 1948 já estão boas demais.
O Prof. Neumann desencarnou ou anda por aí preparando algo sobre o levante do Gueto de Varsóvia?
O bichinho escroto (escolham: pulga, rato ou barata) da maia voltou das suas férias (miami, disneylâdia ou paris?) e como sempre continua do lado errado, afinal quem apóia bush, yeda e os gatunos do detran e tantos outros sacanas, só poderia se perfilar com os assasinos sionistas.
Cito uma judia (Arendt) para definir o Estado terrorista e sionista de hoje: "banalização do mal". E com isso conseguem perpetuar o ódio.
armando
O erro mais primordial da mídia brasileira é definir o HAMAS como organizacao terrorista. O HAMAS é um partido político eleito democraticamente e representa o povo palestino. Essa interpretacao é o ponto de partida para justificar os ataques israelenses. Ora, nem o Brasil e nem a ONU reconhecem o HAMAS como organizacao terrorista, entao baseados em que a Globo insiste em chamá-los de terroristas?
Além do genocídio em Gaza, aqui, neste blog, estamos presenciando tb o genocídio da história. Por mais que se faça, não adianta: a direita hidrófoba não tem a menor preocupação em se ater a fatos históricos. O que existe é a história que eles inventam de acordo com a conveniência do momento.
Me reportarei a duas postagens feitas aqui para demonstrar o quanto o esforço de esclarecer e recuperar a História é como pregar no deserto. Primeiro, a publicação do mapa da Palestina, inclusive como imagem do cabeçalho do blog. Não tinha como não ver. Ali, está toda a evolução da ocupação da Palestina pelos israelenses desde 1948.
Segundo, o artigo de Robert Fisk publicado neste blog dia 31/12. Esta passagem merece especial atenção:
Mas, ao assistir aos telejornais, seria de imaginar que a história começou ontem, que um bando de islâmicos anti-semitas, barbados e lunáticos subitamente irrompeu dos cortiços de Gaza e começou a disparar mísseis contra Israel, um Estado democrático e amante da paz, e por isso atraiu a justa vingança da Força Aérea israelense. O fato de que as cinco irmãs mortas no campo de Jabaliya tenham avós oriundos das mesmas terras cujos proprietários mais recentes as mataram em um bombardeio simplesmente não é mencionado.
Assim, a História foi abolida como referência para qualquer avaliação sobre a situação no Oriente Médio hoje! Assim como é abolido o fato do Hamas ter sido criado em 1986 e não em 1948. Como tb é abolido o fato, por exemplo, de que o Irã não foi sempre uma teocracia de "aiatolás tresloucados".
O que conta mesmo é dizer que Essa história está repleta de malvadezas. Que todas osfatos tem o mesmo peso e a mesma medida.
Diante desse quadro, só resta pedir aos nazi-fascistas que freqüentam assiduamente esse blog, para que eles se assumam como tal e tenham aquele mínimo de honestidade que os nazistas alemães tiveram. Eles nunca se preocuparam em justificar o que quer que fosse. Simplesmente, assumiram a condição de "raça superior" e, a partir daí, impuseram sua "lógica".
Então, é isso! Simplesmente, honestidade. Não vamos ficar nesse joguinho de frases de efeito.
Nós, que reconhecemos o genocídio na Palestina, temos deixado clara a nossa posição. O que se pede, à direita, é que faça a mesma coisa, que seja clara, que diga que os palestinos devem ser esmagados como baratas, pq são um povo inferior. Não há nada de racional nessa posição, mas, pelo menos, é honesta e encerra a discussão.
Sim, pq tem direitista, aqui, que está reivindicando, raivosamente, o direito de expressar a sua opinião, quando essa opinião significa, nada mais, nada menos, que defender a idéia de que um povo tem o direito de exterminar um outro povo!!!
E nós iremos debater isso? Talvez, por essa razão, que tanto o Weissheimer, quanto o Idelber fecharam os comentários em seus blogues.
A que ponto nós chegamos!!!
Eugênio
Bem pontuado, Marcelo. Mas, eu nem entraria na questão do partido político, fiquemos só no âmbito das organizações terroristas. Ao nos reportarmos à História, este ente que tem sido tão espezinhado por aqui, "descobriremos" que Menahen Begin, que foi 1º Ministro de Israel, fez parte de uma organização terrorista de direita chamada Irgun que, por ex., fez um atentado contra o Hotel Rei Davi, onde morreram, inclusive, judeus.
No entanto, quem aponta o dedo para Begin e o chama de terrorista? É um dos heróis da luta pela formação do Estado de Israel.
E, a partir daí, em nome dessa "causa maior", todas as suas ações estão justificadas, entre elas, os atos de terrorismo.
Então, o que se depreende disso tudo, é que existem "terrorismos" e "terrorismos". E, via de regra, o terrorismo que se aceita como tal, é sempre aquele que é praticado como reação do mais fraco à opressão do mais forte.
Mas quem está interessado nesses detalhes que a poeira da História sepultou?
Eugênio.
O autor do texto publicado na Folha, o Sr. Coutinho, poderia ter dispendido o tempo que levou para "bolar" sua história em algo mais produtivo. Ele deveria ter aproveitado para ler um pouco da verdadeira História da formação do Estado de Israel e de seus 60 anos de existência.
Certamente, a história por ele montada seria bem diferente.
Como contraponto à história do Sr Coutinho, transcrevo matéria que o jornalista Luiz Carlos Azenha publicou em seu sítio no dia de hoje:
"A brutalidade dos soldados de Israel está à altura dos seus porta-vozes. Oito meses antes de lançar a atual guerra em Gaza, Israel criou o Diretório Nacional de Informação. A mensagem básica para a mídia era de que o Hamas violou o acordo de cessar-fogo; que o objetivo de Israel era a defesa de sua população; que as forças de Israel estavam tomando cuidado para não ferir civis inocentes. Os "spin doctors" de Israel foram bem sucedidos em propagar a mensagem. Mas, na essência, a propaganda deles é um pacote de mentiras. Há um fosso entre a realidade das ações de Israel e a retórica dos porta-vozes. Não foi o Hamas, mas as IDF que romperam o cessar-fogo. Fizeram isso com um ataque em 4 de novembro que matou seis homens do Hamas. O objetivo de Israel não é a defesa de sua população, mas a eventual derrubada do Hamas do governo de Gaza ao jogar o povo contra seus dirigentes. E, longe de tomar cuidado com os civis, Israel é culpada de bombardeios indiscriminados e de um bloqueio de três anos que levou os habitantes de Gaza, agora 1,5 milhão, à beira de uma catástrofe humanitária.
O trecho acima é do texto escrito pelo professor Avi Shlaim, de Oxford, publicado no jornal britânico The Guardian. Antes que alguém o acuse de ser anti-semita, o autor se antecipou: serviu ao exército de Israel e nunca questionou a existência do país."
Para acessar a matéria clique em http://www.viomundo.com.br/opiniao/silencio-tem-gente-matando-e-morrendo/
Eugenio, tenho a impressao que se todos os nazi-fascistas da terra se assumissem tudo seria uma beleza. Haveria uma discussao honesta e construtiva na qual eles seriam esmagados imediatamente. Na alemanha, onde moro, tem os grupos neo-nazistas, compostos por idiotas honestos, que pregam a expulsao de imigrantes turcos. Devo dizer que nao me irrito com eles, pois dizem deliberadamente suas intencoes. Agora a Merkel é uma espertalhona que adora o Bush e Israel, odeia a Rússia e o Iran, mas consegue sempre posar de moderada. Sendo assim, muitos alemaes que repudiam a guerra sequer se dao conta que o seu pais a incentiva com esforcoes diplomaticos, financeiros e até militares, como no caso do submarino nuclear que presenteou a israel.
O Redator, Sr. Cristóvão Feil, além de não ter entendimento de jornalismo televisivo, o que impossibilita dizer tudo em alguns minutos, muita vezes, em 1 minuto, deveria se ausentar da comodidade de seu lar e se dirigir para as proximidades do conflito. Assim, poderíamos daqui presenciar a verdade dos fatos, como ele mesmo apregoa, e checar sua memória. Aguardaremos !!
Postar um comentário