Etanol encalha por causa do estigma do trabalho escravo
Dos 5.244 trabalhadores que foram resgatados em situação análoga a escravo em 2008 a partir de 214 denúncias, 2.553 trabalhadores – ou 49% do total – estavam no setor sucroalcooleiro, e isso tem prejudicado a compra de álcool por países e investidores estrangeiros, que acabam associando este biocombustível ao trabalho escravo.
De acordo com a Comissão Pastoral da Terra (CPT), entidade responsável pela Campanha Nacional de Prevenção e Combate ao Trabalho Escravo, a pecuária está em segundo lugar neste ranking, com 1.026 trabalhadores resgatados. “Parte disso se deve ao crescimento do setor sucroalcooleiro e do agronegócio de grãos nos cerrados centrais e nas regiões de fronteira agrícola”, disse o coordenador da campanha da CPT, Frei Xavier Plassat.
Em nota, a Pastoral informou que desde 2007 a utilização de mão-de-obra análoga a escravo tem crescido no setor da cana-de-açúcar na mesma velocidade que aumenta o interesse do governo nessa cultura.
“Com o discurso favorável ao aumento da produção de biocombustíveis o governo tem desconsiderado os impactos e as conseqüências da produção desenfreada em busca de lucro, e isso tem levado governos de outros países e investidores estrangeiros, a se mostrarem reticentes em comprar álcool brasileiro por causa do estigma de trabalho escravo carregado por esse produto”, diz a nota. A informação é da Agência Brasil.
Dos 5.244 trabalhadores que foram resgatados em situação análoga a escravo em 2008 a partir de 214 denúncias, 2.553 trabalhadores – ou 49% do total – estavam no setor sucroalcooleiro, e isso tem prejudicado a compra de álcool por países e investidores estrangeiros, que acabam associando este biocombustível ao trabalho escravo.
De acordo com a Comissão Pastoral da Terra (CPT), entidade responsável pela Campanha Nacional de Prevenção e Combate ao Trabalho Escravo, a pecuária está em segundo lugar neste ranking, com 1.026 trabalhadores resgatados. “Parte disso se deve ao crescimento do setor sucroalcooleiro e do agronegócio de grãos nos cerrados centrais e nas regiões de fronteira agrícola”, disse o coordenador da campanha da CPT, Frei Xavier Plassat.
Em nota, a Pastoral informou que desde 2007 a utilização de mão-de-obra análoga a escravo tem crescido no setor da cana-de-açúcar na mesma velocidade que aumenta o interesse do governo nessa cultura.
“Com o discurso favorável ao aumento da produção de biocombustíveis o governo tem desconsiderado os impactos e as conseqüências da produção desenfreada em busca de lucro, e isso tem levado governos de outros países e investidores estrangeiros, a se mostrarem reticentes em comprar álcool brasileiro por causa do estigma de trabalho escravo carregado por esse produto”, diz a nota. A informação é da Agência Brasil.
............
Essa vergonha brasileira – escravidão em pleno século 21 – deve-se ao descaso das três esferas de poder: o Executivo (governo Lula) fomenta o setor sucroalcooleiro com verbas e incentivos variados e não exige nenhuma contrapartida social e trabalhista; a PEC (projeto de emenda à Constituição) que confisca terras de quem utiliza mão-de-obra escrava tramita no Congresso há mais de dez anos, sem qualquer perspectiva de aprovação; e o poder Judiciário é pródigo na indústria de liminares que sempre favorecem os criminosos empregadores de trabalho escravo ou trabalho legal mas precarizado.
Essa vergonha brasileira – escravidão em pleno século 21 – deve-se ao descaso das três esferas de poder: o Executivo (governo Lula) fomenta o setor sucroalcooleiro com verbas e incentivos variados e não exige nenhuma contrapartida social e trabalhista; a PEC (projeto de emenda à Constituição) que confisca terras de quem utiliza mão-de-obra escrava tramita no Congresso há mais de dez anos, sem qualquer perspectiva de aprovação; e o poder Judiciário é pródigo na indústria de liminares que sempre favorecem os criminosos empregadores de trabalho escravo ou trabalho legal mas precarizado.
7 comentários:
São os Poderes articulados - e bem - em prol do sistema. Nada de novidade. O que não pode escapar à compreensão é o fato do governo Lula/PT comandar tudo isso.
Não é à toa que os EUA e - sobretudo - os famigerados mercados têm no governo petista um aliado inegável. E eles não cansam de afirmar essa parceria.
Já a sociedade,que toma cachaça e abastece o carro não está nem aí para a origem do produto. Só falta chamarem o Lula de senhor de engenho e de esclavagista.
Ary, cachaça de alambique, feito em escala artesanal, nunca será produzida por escravos, geralmente é produção da nossa agricultura familiar.
Confiai e bebei!
Eu sei disso Prieb. No caso, escravo é quem bebe.
O título do Post refere que existe trabalho escravo e no texto a referência é de que o trabalho é análogo ao de escravo. Eu custo acreditar que exista no Brasil de nossos dias trabalho escravo. Existe sim trabalho precário, sem condições, insalubre e perigoso e com pequena contrapartida salarial. Mas esse trabalho precário não é escravo. Uma coisa é trabalho precário e outra trabalho escravo. E há uma imensa diferença entre um trabalho e outro. Interessante é que certa esquerda adora emajorar os problemas do mundo capitalista, como se fosse tudo um lixo. Não é.
Não é "certa esquerda', é a ONU, e "análogo a..." é a denominação oficial que a organização dá à "escravidão contemporânea", outro termo que ela usa, de forma intercambiável, nos mesmos documentos - vários deles falando do setor sucro-alcooleiro do Brasil. Mas quando a pessoa só não é cega do olho direito, tudo parece "certa esquerda"
Correto, Anônimo(18:02). O conceito de escravidão, para uns que outros, é o que envolve negros e chicotes.
Postar um comentário