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quinta-feira, 31 de janeiro de 2008


Dossiê: revista Veja

O blogueiro e jornalista Luis Nassif está publicando um importante (e corajoso) dossiê sobre o fenômeno “Veja”. Vale a pena ler.

O maior fenômeno de anti-jornalismo dos últimos anos foi o que ocorreu com a revista Veja. Gradativamente, o maior semanário brasileiro foi se transformando em um pasquim sem compromisso com o jornalismo, recorrendo a ataques desqualificadores contra quem atravessasse seu caminho, envolvendo-se em guerras comerciais e aceitando que suas páginas e sites abrigassem matérias e colunas do mais puro esgoto jornalístico.

Para entender o que se passou com a revista nesse período, é necessário juntar um conjunto de peças.

O primeiro, são as mudanças estruturais que a mídia vem atravessando em todo mundo.

O segundo, a maneira como esses processos se refletiram na crise política brasileira e nas grandes disputas empresariais, a partir do advento dos banqueiros de negócio que sobem à cena política e econômica na última década.

A terceira, as características específicas da revista Veja, e as mudanças pelas quais passou nos últimos anos.

De um lado, há fenômenos gerais, que modificaram profundamente a imprensa mundial nos últimos anos. A linguagem ofensiva, herança dos “neocons” [neoconservadores] americanos foi adotada por parte da imprensa brasileira, como se fosse a última moda.

Durante todos os anos 90, Veja havia desenvolvido um estilo jornalístico onde campeavam alusões a defeitos físicos, agressões e manipulação de declarações de fonte. Quando o estilo “neocon” ganhou espaço nos EUA, não foi difícil à revista radicalizar seu próprio estilo.

Um segundo fenômeno desse período foi a identificação de uma profunda antipatia da chamada classe média mídiatica em relação ao governo Lula, fruto dos escândalos do “mensalão”, do deslumbramento inicial dos petistas que ascenderam ao poder, agravado por um forte preconceito de classe. Esse sentimento combinava com a catarse proporcionada pelo estilo “neocon”. Outros colunistas utilizaram com talento – como Arnaldo Jabor -, nenhum com a fúria grosseira com que Veja enveredou pelos novos caminhos jornalísticos.

Acesse aqui.


19 comentários:

Anônimo disse...

Essa revista ordinária e direitosa acaba pautando um sem-número de publicações pequenas, médias e grandes pelo Brasil afora.

E o pior é que seguido se vê anúncio de estatais federais nesta cloaca midiática.

Anônimo disse...

A preferida da classe média alienada, predadora, proprietária, reacionária e separatista.
E canalha.

armando

Anônimo disse...

Gente,
o Maia é assinante da Veja, pega leve, afinal ele é nosso colega de comentários. Aqui no trabalho eu achei uma Veja em cima de uma mesa, procurei o dono e encontrei um sujeito canalhão, mala sem alça antiga. Mas fiquei preocupada em descobrir o dono, vai que era um psicopata novo, a revista só é boa isso, para revelar colegas esquisitos.

Anônimo disse...

O que nós estudamos a Veja no mestrado não está no mapa. A época possui um exemplo clássico, muito semelhante ao adotado pela Veja na elaboração de suas capas.

No meu blog acadêmico, tenho um post com link para o blog dos capistas da Editora Globo. O modus operandi é exatamente o mesmo:

http://bastantao.wordpress.com/2007/11/09/emergencia-resistencia-pos-moderna-multidao/

[]'s,
Hélio

Carlos Eduardo da Maia disse...

A esquerda não gosta da VEja porque foi a Veja que colocou na capa o contrato de financiamento do PT com Marcos Valério. Se não fosse a Veja o caso do mensalão não teria sido divulgado e certos companheiros estariam ainda fazendo falcatruas. Foi a Veja que entrevistou Pedro Collor e que acelerou a derrocada de um governo corrupto. A Veja tem sim uma linha editorial contra o governo do PT. E daí? O Carta Maior não era contra FHC? Quem compra e assina Veja é porque tem identidade com sua linha editorial. Isso é o bom da democracia, hoje em dia cada um escolhe a sua mídia. Acho que Veja força sim a barra certas vezes, mas em outras vezes ela está recheada de razão. E um caso que VEja está certíssima é em relação a suas críticas a Hugo Chávez. Em relação à Chávez eu fecho com Veja.

Anônimo disse...

Maia, para ser didático: foi isso que a o texto explicou, uma coisa foi a Veja do Mino, da denúncia das ações da ditadura militar, da denúncia do Collor, etc. Outra coisa, é que a Veja por interesses comerciais e ideológicos rasteiros, sim rasteiros, pois por vezes, até pode ser fascista, desde que sem canalhice (é difícil, mas possível), involuiu para a falsa notícia, para a invencionice, como foram os casos dos dólares de Cuba e do caso COC. Podemos não concordar com o Washington Post, por exemplo, mas daí a considerarmos como canalha, vai uma grande distância. No caso da Veja não. É canalhice das páginas amarelas até o artigo de fechamento do babaca do Pompeu de Toledo ou coisa que o valha. Essa é a diferença. E mais: mesmo a direita, a civilizada pelo menos, começa a notar a canalhice. E começam a migrar para outra melhos canalhas, Época, Isto É, etc.

armando

Carlos Eduardo da Maia disse...

Armando, a história dos dólares de Cuba é tão real como os dólares da PDVSA em Ezeiza. É exatamente a mesma história, como se a esquerda fosse tri santinha e não fizesse picaretagem. A Veja denuncia -- e tem mais que denunciar sim -- as picaretagens dos governos de esquerda. OU vc acredita, Armando, que o esquema do mensalão é invenção da mídia. E eu quero o meu cartão corporativo....

Anônimo disse...

Essa revista é um anthrax! Pautada por jornalistas capachos para esses bastardos neocons. E ainda por cima tem anúncio do governo. Eles merecem! SVeloso

Anônimo disse...

A Veja contrata blogueiros para defendê-la até porque é difícil de sustentar este sistema histérico de defesa da enganação da "livre iniciativa" e "liberdade de expressão."
Só prolifera na Veja pústulas como o Diogo Mainardi, que é o Maia deles.
Claudio Dode

Anônimo disse...

Maia, cada um acredita no que quer e merece. Veja é a Contigo da classe média analfabeta e consumista de grifes. Todas as acusações, requentadas e sensacionalistas, estão no STF e sub judice. O que foi julgado, está arquivado. Ou v. está duvidando da justiça burguesa e de classe?
armando

Anônimo disse...

Toya... Agora sei com quem o Jornal do Povo de nossa cidade aprendeu, está igualzinho a Veja a única diferença é que ainda é provinciano.

Anônimo disse...

Aí o ciúmes...quer dizer que não devem por propaganda do governo na revista só porque baixa o pau no governo hehehehehehehehehehehe que besteirol, bem típico de gentalha.

Anônimo disse...

Não adianta vcs vão ter que engulir, é a revista mais lida, com os melhores articulista e isto mata de inveja rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsr. Graças a Deus o Brasil está acoradando e um dia nós vamos ficar livres desta classe de gente raivosa.

Anônimo disse...

"Só porque baixa o pau no governo..." já diz tudo.

Quem é "gente raivosa", anônimo valente?

Ao que se sabe "raivosa" é a Veja. Os dirigentes do grupo Abril e os jornalistas de aluguel da Veja deveriam tomar vacina anti-rábica anualmente. Mas não tem nada não, a Veja é a expressão e porta-voz do pensamento trágico da burguesia do Brasil, o esgoto do País.
Em tudo que é lugar tem que haver esgoto, no Brasil não poderia ser diferente.

Anônimo disse...

Neste governo, aparecem mais safadezas porque se investiga mais. Como sabemos, isso nada tem a ver a qualidade dos nomeados, não é mesmo? Se é assim, vamos pôr todo o governo Lula na cadeia. Preventivamente

Anônimo disse...

Have a nice day, juarez raivoso e comunista.

Anônimo disse...

Anônimo, você fala a minha língua?

Anônimo disse...

Esse Anônimo é do que tempo em que "comunista" era xingamento, no tempo do guaraná de rolha.

Se até os babacas do Aldo Rebelo e o ministro Orlando 'Ourocard' Silva são "comunistas".

Anônimo disse...

Naõ vou dar Ibope a gentalha- Have a nice day.

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