A posse
da riqueza substantiva não apenas garante rendas excepcionais mas
também viabiliza privilégios indevidos, impunidade e poder
desmedido.
É
extremamente difícil obter informações precisas sobre a composição
das classes abastadas e sobre as formas pelas quais elas asseguraram
a apropriação material da riqueza e a hegemonia política.
A
mitificação da riqueza leva a santificar seus detentores,
considerados pela opinião pública como superiores, impolutos,
inquestionavelmente merecedores de suas rendas e patrimônios.
Como
totem e tabu, a riqueza possui dimensões arcanas. Arcano, neste
caso, não remete a sentidos místicos ou esotéricos.
Etimologicamente, arcano é sinônimo de misterioso ou enigmático,
de algo importante conhecido ou compreendido por poucos.
Este
livro busca contribuir para a superação da mitificação ideológica
que sacraliza pseudoelites, revelando os sofismas que legitimam a
riqueza. Demonstrar as práticas dos agentes que operam contra o bem
comum é um requisito para a construção de uma sociedade justa,
verdadeiramente livre e fraterna.
Trecho
da apresentação do livro de Antonio David Cattani, “A riqueza
desmistificada”.
2 comentários:
Sugiro esta obra aos "capas pretas" do PTB/Procempa
Com relação à outra postagem sobre a questão da distribuição da riqueza no mundo, reparo que 300 sonegadores no Brasil são responsáveis pela metade de toda a dívida tributária. Interessante, não? Ainda mais em tempos de 'clamores éticos'. Abraços
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