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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Brasil supera a Inglaterra: já somos a sexta economia


O Brasil superou o Reino Unido e ocupa agora o posto de sexta maior economia do mundo, reportou o jornal britânico The Guardian, citando uma equipe de economistas. A crise bancária de 2008 e a subsequente recessão deixou o Reino Unido no sétimo lugar em 2011, atrás da maior economia da América do Sul, que cresceu rapidamente no rastro das exportações para a China e Extremo Oriente.
"O Brasil tem batido os países europeus no futebol por um longo tempo, mas batê-los em economia é um fenômeno novo. Nossa tabela de classificação econômica mundial mostra como o mapa econômico está mudando, com os países asiáticos e as economias produtoras de commodities subindo para a liga, enquanto nós, na Europa, recuamos", afirmou o chefe-executivo do Centro de Pesquisa para Economia e Negócios (CEBR, em inglês) do Reino Unido, Douglas McWilliams, segundo o jornal.
O CEBR prevê que a Rússia e a Índia deverão se beneficiar de um aumento do crescimento durante os próximos 10 anos, levando a economia do Reino Unido a cair para a oitava posição. O órgão também estima que a economia francesa recuará num ritmo ainda mais rápido que a do Reino Unido, ficando com o nono lugar entre as maiores economias do mundo. Segundo o órgão, a Alemanha também declinará para a sétima colocação em 2020.
A União Europeia continuará a ser o maior bloco comercial coletivo do mundo, embora uma recessão deva atingir o crescimento mundial no próximo ano, prevê o CEBR. Segundo o The Guardian, previsões recentes do centro apontam que o crescimento mundial recuará para 2,5% em 2012, uma revisão em baixa da previsão feita em setembro. O centro alertou, no entanto, que em um cenário envolvendo "a saída de um ou mais países da zona do euro, defaults soberanos e falência e resgate de bancos poderá provocar uma desaceleração ainda maior do crescimento da economia mundial em 2012, para 1,1%.
Já as economias emergentes, que viram seus mercados acionários despencarem nos últimos meses, à medida que os investidores avaliavam as consequências da crise do euro, vão recuperar a sua dinâmica, projeta o CEBR. Segundo o centro, a economia brasileira deverá crescer 2,5% em 2012, após avançar 2,8% neste ano. A China terá expansão de 7,6%, a Índia, de 6%, e a Rússia, de 2,8%.

7 comentários:

Ary disse...

Nós temos reservas confirmadas, por baixo, de 30 bilhões de barris de petróleo. Cada barril tem 169 litros. Seis barris perfazem um metro cúbico de óleo (mais ou menos). Logo, temos cinco bilhões de metros cúbicos de petróleo. Agora, imaginemos um território com um milhão de quilômetros quadrados (o Brasil tem oito milhões de Kms2): seria algo como RS, SC, PR SP e MG juntos. Agora, transformemos a cubagem em metragem linear e teremos todos esses estados cobertos por um mar de petróleo com 1,5 metros de profundidade - mais ou menos na altura do nariz de José Erra. Soma-se a isso toda a cadeia em torno (empresas, navios, etc.) e teremos um "futuro negro" pela frente. Ou seja, em 2020, seremos a quarta economia do mundo.

Nelson disse...

Ary.
Eu acho que não chega a alcançar o nariz do José Erra. Pelo menos se levarmo em conta aquela foto em que ele aparece nas pontas dos pés tentando não parecer baixinho ao lado de outros de maior altura?

Quanto à ascensão do "Brasilzão", é, sem dúvida, um feito. Porém, é preciso perguntar:
1 - Como estarão sendo distribuídos os resultados dessa ascensão daqui a nove anos?
2 - Será uma ascensão baseada num desenvolvimento harmônico, includente e, como costumava afirmar o "Tio Olívio", "integrado e integrador", realmente sustentável, com o devido respeito ao meio ambiente?
Infelizmente, as respostas que vejo a estas perguntas não trazem muito alento.

arkx disse...

lamento informar que não há mais qualquer sinal de vida inteligente na blogosfera brasileira. inútil qualquer esforço de pesquisa....

enquanto uma pequena minoria ganha muito dinheiro para conservar sempre brm polida a chapa branca do jornalismo de negócios a serviço do governo, a imensa maioria da blogosfera se contenta com alguns trocados, ou qualquer tipo de pequenos favorecimentos, em nome de ecoar resultados econômicos e sociais que jamais se concretizam, tão somente que são discurso ideológico do marketing político.

vejamos o falso milagre da multiplicação do PIB:

->."o PIB do Brasil ultrapassa o PIB da Grã-Bretanha, já somos a sexta maior economia do mundo conhecido. O império britânico, onde outrora o sol nunca se punha, das glórias inenarráveis, e feitos heróicos, se verga diante de um "país de botocudos selvagens, iletrados e gentinha de quinta classe".


“ maioria das vagas criadas desde 2000 foi ocupada por trabalhadores com remuneração de até dois salários mínimos, o equivalente a R$ 1.244 a partir de janeiro.
Segundo dados preliminares do Censo divulgados pelo IBGE recentemente, a proporção de trabalhadores dessa faixa de remuneração na força de trabalho foi de 49% em 2000 para 63% em 2010””

enquanto se exibe um lado da verdade favorável a uma defesa do governo, convenientemente é ocultada a outra metade que revela o governo de coalizão do PT como a mais bem sucedida operação conservadora da história do Brasil: um governo dos trabalhadores que executa magistralmente a política dos patrões.
.

zé bronquinha disse...

- Tal notícia vinda do Reino Unido é de morrer de rir.Se enaltecido como vanglória por governistas é tragédia misto com comicidade.Por quê. Vangloriar-se desta colocação é não dizer que o PIB per capita do Brasil deve se igualar o da Nigéria, ficando atrás da Bolívia.Tal marketing tenta esconder os 16 milhões de brasileiro que vivem abaixo da linha da miséria.isto é. Passam fome ao ponto de morrerem por contrair uma simples gripe.E mais os um pouco acima desses que comem todos os dias, são os mesmos que moram indignamente,que ralam em transporte coletivo abarrotado de gente, que são humilhados e ofendidos no atendimento a saúde, e mais, que seus filhos frequentam uma escola pública degradante, tudo por conta de um governo que gasta 49% de seu orçamento pagando bancos na rolagem de sua dívida pública interna, portanto, não sobrando dinheiro pra saúde e educação. Mas me dirão.Nunca os pobre gastaram tanto. Claro.São quinquilharias tecnológicas vendidas pela mídia como se fossem a porta da felicidade eterna, não fazendo falta o saneaemento básico, salário digno, enfim uma vida digna fora da esfera do consumismo desbragado.Mas afinal vem aí um ano novo,e vamos festejar a sexta colocação do Brasil no ranking das economias mais desenvolvidas.

helio disse...

O que me interessa é o resultado final que nunca é citado por esse pessoal que mede o PIB.
Se acabarmos com a festa dos juros, aí, enfim, teremos um Brasil dos brasileiros. Caso contrario somos um Brasil de meio PIB.
helio

Anônimo disse...

"nós,quem cara-palida?" Enquanto essa pergunta puder ser entendida sem maiores comentários, sinal que estes números pouco representam pros 99%.

Anônimo disse...

A sesta economia do mundo ocupa o terceiro lugar entre os piores do Mundo no quesito desigualdade social segundo dados da ONU.

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