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Surf no lixo contemporâneo: a que ponto chegamos! E que mundo deixaremos de herança para Keith Richards?

segunda-feira, 16 de junho de 2008


Cresce o isolamento de Yeda Crusius

As trapalhadas nas quais se mete a governadora tucana Yeda Crusius são inesgotáveis.

Agora ela está atacando “um certo grupo de empresários” do Estado por estarem supostamente por trás das ações do vice-governador Paulo Feijó na cruzada moralizadora que ele empreende contra o seu próprio governo.

Numa entrevista concedida à Agência Estado (do Estadão), sábado, a governadora terminal isolou-se politicamente cada vez mais, ao atribuir a empresários – que ela não identificou – a crise pelo qual passa seu governo. Dias antes, em entrevista a repórteres da revista Veja (que começou a circular no sábado, 14) Yeda já dissera que havia uma conspiração oriunda de algo que ela nomeou de “República de Santa Maria”.

Esta conspiração imaginária seria formada pelo ministro Tarso Genro, sua filha, Luciana, o delegado Gasparetto da PF, que comandou a Operação Rodin, e o presidente da CPI do Detran, Fabiano Pereira – todos, segundo ela, naturais de Santa Maria. Só que o ministro Tarso Genro nasceu em São Borja, na fronteira com a Argentina.

De qualquer forma, esses disparates verbais/mentais e a extrema inabilidade política estão ajudando a promover um afundamento político e um isolamento pessoal acentuados – quase sem retorno – à governadora tucana.

Dias atrás, ela lançou o que chamou de “gabinete de transição”, visando recompor seu naipe de aliados que originalmente a conduziram ao Palácio Piratini. O único político de expressão do grupo era o ex-governador Jair Soares do PP. Quando este ficou sabendo que no grupo de transição ele seria o único ex-governador e que os demais eram figuras apagadas, quase patéticas, como o vereador petebista Elói Guimarães, Jair pediu para sair. Agora, o natimorto “gabinete de transição” está sendo chamado de “gabinete de transição ao impeachment” – palavra tabu até há poucas semanas, mas que a cada dia adquire mais feições concretas e factíveis.

Outra prova de primarismo político da governadora foi a repressão da Brigada Militar contra manifestantes que protestavam contra a escalada de corrupção e impunidade no seu governo. No dia seguinte à pancadaria policial, quinta-feira da semana passada, Yeda parabenizou a truculência dos agentes de segurança pública e ignorou que a manifestação era contra o seu próprio des-governo.

As manifestações populares já são observadas diariamente nas ruas de Porto Alegre, desde o início da semana passada. É formada principalmente por sindicalistas, movimentos socias e estudantes do segundo e do terceiro graus.

Como se não bastasse, novas denúncias e interceptações telefônicas têm sido a grande audiência da população do Rio Grande do Sul, apreensiva com o descaminho que a crise do governo Yeda está dando ao Estado.

Já se nota uma leve inflexão da mídia local em direção a uma cobertura mais factual e menos ideologizada do andamento da crise. Embora ainda se note um tom brando na cobertura dos acontecimentos, está sendo inevitável a divulgação de tamanho volume e estridência dos fatos e denúncias contra um governo artificialmente montado para obstaculizar um segundo quadriênio do petista Olívio Dutra.

A mídia do Rio Grande do Sul tem uma natural resistência a admitir que a governadora conduzida e eleita com as suas expressas recomendações explícitas e implícitas esteja em dificuldades terminais. Seria uma retratação considerada – por eles próprios – humilhante. Para tanto, antes de fazer a guinada no sentido de abandonar a sua eleita, a principal empresa midiática do Estado, busca legitimidade com uma pesquisa de opinião que divulgou ontem, onde os índices de popularidade da governadora estão próximos da sola de seus sapatos – e com viés de baixa – como dizem os mercadeiros.

Os tempos no Rio Grande do Sul começam a ficar interessantes.

28 comentários:

Anônimo disse...

mais um pouco e a destrambelhada vai começar a ouvir "vozes"... é muito barbitúrico nos pobres tico e teco!

Anônimo disse...

- O valor da casa da Maria Antonieta Crusius foi avaliada para efeito de Imposto de transmissão em : R$ 1.300.000,00. Está lá, no setor de arrecadação da PM de POA.

Carlos Eduardo da Maia disse...

A gestão política do governo Yeda é horrorosa. É péssima, é pífia, é arrogante. Dona Yedinha parece não gostar de ser contrariada, tal como a filhinha mimada que ganha todos os presentes, inclusive uma casinha bonitinha com cerquinhas brancas para morar. Yedinha não quer dar explicações. E se equilibra capengueando no alto do salto-alto. Até quando, Dona Yedinha? Até quando? Mas nem tudo é horroroso no governo Yeda. Sua gestão administrativa é razoável. O RS reduz o déficit crõnico e conta com o melhor secretário da Fazenda de todos os tempos: o Aod Cunha. Mas dona Yedinha não consegue vencer sua teimosa arrogância, porque esse é um problema que está definitivamente inserido em sua complicada personalidade. E a grande maioria do povo gaúcho que não quer ver Olívio sentado novamente na cadeira piratini, foi obrigado, por forças das circunstâncias, a escolher Dona Yedinha, a senhora da casinha de cercas.

Anônimo disse...

O Maia ama o Bigode, jamais esquece. A força do Bigode é impressionante, se é uma carta fora do baralho por que tanto receio da volta?

Anônimo disse...

Por favor sr. da Maia, que história é essa de a grande maioria do povo gaúcho? Ela venceu por estreita margem e graças a manipulação midiática do sionismo a serviço da Globo no estado. Que agora, como afirma corretamente o Cristóvão, encomendou uma pesquisa de ocasião para desembarcar de vez do navio da prozac aracrusius que afunda como um Titanic!

Anônimo disse...

Mais um 150 anos e o Maia será um cara de esquerda.
Seus patrões vão proibí-lo de ler o blog DG por que ele está ficando contaminado pelo lado errado.
Era pra ele influenciar pela direita, mas a coisa está se invertendo. Deixa passar 150 ou 151 anos pra vcs verem que ultra vai dar aí.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Clairton, Olívio ganhou do Britto por uma diferença de 1%. Yeda ganhou do Olívio com diferença de 6%. Olívio quase não foi ao segundo turno. Quem estava na frente nas pesquisas era o Rigotto, Olívio em segundo e Yeda em terceiro. E o povo do RS votou na Yeda para tirar Olívio do segundo turno, mas se esqueceu de votar em Rigotto. E tivemos que optar entre Yeda e Olívio, governos com grandes dificuldades na condução politica. Pelo menos, Yeda acerta na parte administrativa.

Anônimo disse...

Piada do século:

"Yeda acerta na parte administrativa".

Maia, menos, Maia!

Não te imola junto com a monja da probidade.

Anônimo disse...

Acertos na parte administrativa? Tenha dó! Ela não conseguiu sequer administrar as disputas entre as facções mafiosas que a elegeram. Ou talvez o acerto tenha sido a contratação como CC em seu gabinete de um dos maiores traficantes de cocaína do estado.

Anônimo disse...

se deixar faltar papel giz, transporte escolar, papel higiênico e otras cositas más é "acertar na parte administrativa"... bah!!! o troll é o único no rs que vai morrer abraçado com a véia bartitúrica, até a rede bunda suja tá saindo fora dessa barca furada.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Credibilidade tem a direção do CPERS, que abre a boca quando a corrupção é aqui e se cala quando é no governo do PT. E o pior, a presidente do CPERS defende o interesse corporativo mais atrasado, como escreveu em artigo na ZH de domingo dizendo-se -- em pleno século XXI -- contrária a uma proposta de avaliação de desempenho e mérito. Ela defende o ensino público medíocre.

Anônimo disse...

Engraçado que, do dia pra noite, a revista Veja agora virou referência em credibilidade para os vermelhos!!

Anônimo disse...

Menos Maia....o que a Veja disse é um horror e uma mentira que nós sabemos... Santa Maria cidade polo de São Sepé e Quarta Colônia e quem lidera a eleição nestes municípios? Bah, pergunta para a Ieda ela sabe...

Anônimo disse...

Vermelhos?

Será o Bira Vermelho?

Essa expressão "vermelho" é da década de 50, do início da Guerra Fria.

Mon Dieu!

Esse anônimo deve ser "aceçor" do suíno que dirige a Farsul.

Anônimo disse...

Pode ser, pode ser o Bira Vermelho! Aqui era "Os Vermelhos", já os chefes diziam "Reds". Vovô descobriu o diário gauche e veio fustigar os subversivos!

Um Serrano a vela disse...

O O O Olivio!!! Governador pro Rio Grande melhorar!!!

Vem Vem Vem!!! Vem com o GALO MISSIONEIRO!!!

Nòs somos indestrutiveis!!!

Anônimo disse...

Feil, muito bom teu editorial.
Irei divulgá-lo!!!!

Anônimo disse...

Ó a receita do galo missioneiro em 2006, no TSE. Tem grana de papeleira, da Braskem e da Copesul (pro PT não chiar na venda do pólo)... Assim se fazem campanhas políticas:

ARACRUZ CELULOSE - 01/09/2006: 25.974,78
ARACRUZ CELULOSE - 18/10/2006 :34.798,49
ARACRUZ CELULOSE - 03/11/2006: 100.000,00
BRASKEM - 09/10/2006: 100.000,00
BRASKEM - 22/11/2006: 50.000,00
BRASKEM - 28/08/2006: 100.000,00
BRASKEM - 29/09/2006: 50.000,00
CIA. ZAFFARI - 23/08/2006: 50.000,00
CIA. ZAFFARI - 06/10/2006: 50.000,00
COPESUL PETROQUIMICA - 25/10/2006: 50.000,00
COPESUL - 18/10/2006: 50.000,00
COPESUL - 04/09/2006: 100.000,00
COPESUL - 20/07/2006: 100.000,00
COPESUL - 05/10/2006: 50.000,00
COPESUL - 28/11/2006: 50.000,00

Comitê Financeiro Nacional para Presidente da República PT-DF 19/10/2006 - 100.000,00
27/10/2006 - 150.000,00
13/10/2006 - 50.000,00
11/09/2006 - 72.000,00
13/09/2006 - 72.000,00
28/07/2006 - 50.000,00
29/09/2006 - 140.000,00
COMPANHIA ZAFFARI - 25/07/2006 :50.000,00
ZAFFARI - 27/11/2006 : 50.000,00
CONSTRUTORA E PAVIMENTADORA PAVICOM - 25.000,00
COPESUL - 25/10/2006 : 50.000,00
COPESUL - 18/10/2006 : 50.000,00
COPESUL - 04/09/2006 : 100.000,00
COPESUL - 20/07/2006 : 100.000,00 COPESUL - 05/10/2006 : 50.000,00
COPESUL - 28/11/2006 : 50.000,00

FLOPAL FLORESTADORA PALMARES LTDA. 92980333000142 18/10/2006 5.000,00 Recursos de pessoas jurídicas

IPIRANGA PETROQUIMICA - 19/09/2006 25.000,00
IPIRANGA PETROQUIMICA S/A 17/08/2006 - 25.000,00
IPIRANGA PETROQUIMICA S/A 09/10/2006 - 100.000,00
IPIRANGA PETROQUIMICA S/A 27/09/2006 - 25.000,00
STORA ENSO BRASIL LTDA. 16/10/2006 25.000,00

Anônimo disse...

O povão não está gostando da "política de segurança" da Tia.

Maioria reprova atuação do governo gaúcho na segurança
Conforme levantamento, 72,1% dos entrevistados rejeitam política de combate à criminalidade

A maneira com que o governo Yeda Crusius vem tratando a área da segurança pública desagrada à maioria dos gaúchos de acordo com pesquisa realizada pelo instituto Fato — Pesquisa Social e Mercadológica. Conforme o levantamento, encomendado pelo Grupo RBS, 72,1% reprovam a política de combate à criminalidade. A pesquisa foi feita entre os dias 11 e 13 com base em amostra de 821 entrevistados em 22 municípios gaúchos.

O dado não surpreendeu o secretário da Segurança Pública, José Francisco Mallmann. Segundo ele, o índice reflete a sensação de insegurança dos entrevistados e não uma possível contrariedade deles às políticas de combate à violência.

— Enquanto houver crimes, as pessoas continuarão a pedir mais segurança. Isso é normal — avalia.

Mallmann afirma que, diferentemente do desejo da população, a redução dos índices de criminalidade é um processo de médio e longo prazo. Conforme o secretário, a defasagem nos efetivos da Brigada Militar e da Polícia Civil, por exemplo, é histórica e não pode ser resolvida em apenas uma gestão.

— Temos um problema que se arrasta há 20 anos. Agora. queremos tornar o Estado modelo na área de Segurança Pública em 10 anos. A população tem de ter confiança e um pouco de paciência — argumenta.

Alvo de outro questionamento feito pela pesquisa, o novo subcomandante-geral da BM, coronel Paulo Roberto Mendes, disse estar satisfeito com o fato de que o número dos que aprovam sua nomeação ao cargo máximo da corporação representa mais do que o dobro dos que reprovam a escolha do seu nome.

— Isso só aumenta minha responsabilidade. Não terei direito de errar — ressalta.

A indiferença da maioria dos entrevistados à sua nomeação não incomodou o coronel:

— Estou aqui para fortalecer a Brigada, que tem 170 anos e está acima de nomes. Por isso, o que importa é conquistar mais a confiança da comunidade. Isso se faz reduzindo a criminalidade — justifica.

ZERO HORO

Carlos Eduardo da Maia disse...

Além disso, anônimo das 15:46, o PT é hoje o partido político que mais arrecada doações do grande capital, sobretudo das complicadas empreiteiras. E aqui no sul vem posar de revolucionário...

Anônimo disse...

Maia, essa é a esquerda do RS. Posa de queridinha, mas nos subterrâneos alinha as mesmas práticas políticas que abomina. Ê hipocrisia!!

Anônimo disse...

Maia tu tá conversando contigo mesmo (como diseram estes dias teu alter ego) ou e a família que esta fazendo o contraponto? Se for realmente outra(s) pessoa(s) que se identifique(m). Bobagem entrar como anônimo, voces já viram que o Cristovão é extremamente tolerante com a ultra extrema direita. Usa um nick pelo menos! Olho no olho! Nunca ví ninguém ser expulso daqui por expor suas idéias de forma coerente e educada!

Um Serrano a vela disse...

Claro q as grandes empresas doam aos pequenos partidos, alias, para todos os partidos. Para os partidos populares 10% da verba e para os cachorros 90%.

Um Serrano a vela disse...

Segurança publica é caso de policia??? Quem disse essa besteira???

Segurança publica se obtem com trabalho e renda às classes pobres.

Anônimo disse...

Ao invés d ficarem dando trela ao troll idiota, leiam este artigo postado no blog do Burdocan. Isso definirá muita coisa nos próximos anos.
http://blogdobourdoukan.blogspot.com/2008/06/obamano-sei-fazersou-incapaz.html#links

Eugênio

Anônimo disse...

Corrigindo: Bourdoukan

Eugênio

Anônimo disse...

Corrigindo: Bourdoukan

Eugênio

Anônimo disse...

O PT arrecada é hoje o partido que mais arrecada doações do grande capital", diz o Maia o Grande Canalha.

Ele só não diz que que o PSDB é o grande "arrecadador do herário público do RS".

Mesmo o grande capital sendo privado,.,,

Claudio Dode

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