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Surf no lixo contemporâneo: a que ponto chegamos! E que mundo deixaremos de herança para Keith Richards?
domingo, 19 de setembro de 2010
Lula reconhece - afinal - que a imprensa se comporta como partido político
Tomara que não seja tarde
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou ontem (18) a imprensa brasileira. Ao discursar em Campinas, durante comício da candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, Lula disse que algumas reportagens publicadas por jornais e revistas do país são uma “vergonha”. De acordo com ele, alguns veículos de imprensa se comportam, neste momento de campanha eleitoral, como partidos políticos. A informação é da Agência Brasil.
“Tem dia que determinados setores da imprensa brasileira chegam a ser uma vergonha”, disse o presidente. “Se o dono do jornal lesse o seu jornal ou o dono da revista lesse a sua revista, eles ficariam com vergonha do que eles estão escrevendo exatamente neste momento.”
Segundo o presidente, algumas publicações “destilam ódio e mentiras” sobre o governo porque não se conformam com as realizações de seu mandato. Lula disse também que alguns jornais e revistas do país se comportam como partidos políticos, mas não assumem que têm posição [político-partidária].
Apesar disso, Lula reafirmou ser contra censurar a imprensa. De acordo com o presidente, os cidadãos é que devem escolher as suas fontes de informação. “Não sou eu quem vou censurá-la [a imprensa]. É o telespectador, o ouvinte e o leitor que vão escolher aquilo que presta e aquilo que não presta.”
.........................
Cada vez mais se faz necessário no Brasil uma Lei de Meios, como ora está sendo discutido e votado na Argentina, por iniciativa do governo Cristina Kirchner. Não se trata de diminuir nenhum milímetro a propalada liberdade de informação, nem a liberdade de imprensa. Mas, sim, disciplinar e regular a liberdade de empresa. Das empresas de comunicação, hoje aglomeradas e controladas pelas mãos de poucas famílias ricas e decadentes. São empresas de comunicação que, inclusive, estão fora da lei, porque detém o controle desmesurado (e ilegal) de emissoras de rádio e televisão, muito acima da cota legal permitida pelas normas de concessões públicas.
O governo Lula nunca quis discutir esse tema, foi leniente e não entendeu o caráter antidemocrático dos grandes monopólios de comunicação, todos eles com a marca indelével do golpe de 1964 nas suas militâncias políticas. Agora, está sendo vítima precisamente da excessiva liberdade (ou libertinagem) de que dispõem as empresas que exploram o business das mídias no Brasil.
Leia também o post Somos, sim, e daí? - confessa uma executiva da Folha, publicado aqui neste blog em 31 de março último.
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14 comentários:
Todo mundo já percebeu, há bastante tempo, que é sempre a inominável que 'descobre' todos os podres da república. Numa só capa, ela investiga, denuncia, julga, apresenta as provas e condena. Então pra que precisamos da Polícia, do Ministério Público e do Judiciário? A inominável é muito mais célere, eficaz e, principalmente, econômica. Sendo assim, sugiro iniciarmos uma campanha:
- Abaixo o Judiciário, viva a veja!
No twiter, poderia ser: #downJudiciarioUpVeja
Não substimem, (...recomendação repetida insistentemente na web por diversos blogueiros, entre eles o Rodrigo Viana – O Escrevinhador...), o lobby poderoso - e põe poderoso nisto - do consócio, terrorista e golpista, GAFE!...(michaelis:s.f.-ação ou palavra contrária às conveniências)...o consórcio é formado pela Globo-Abril-Folha-Estado(GAFE)...(12 de setembro de 2010 às 0:51) das familias Marinho-Civita-Frias-Mesquita(MCFM)... que esta jogando todas as suas “fichas”....
http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/mauro-carrara-os-atentados-terroristas-de-setembro-de-2010.html
De fato, Feil, há que regular a liberdade de empresa de mídia, que abusa de um bem fundamental, que é o direito humano à informação. Se o produto de uma empresa capitalista de mídia é informação, esta precisa de um valor agregado, que é a crdibilidade. Quando a revista e o jornal produz mentira, bastava a preocupação "perder consumidores de revista e jornal", para que se voltasse ao normal das vendas, via informação fidedigna dos fatos. Mas quando as empresas de mídia mandam às favas esta prudência no sentido de manter o bom negócio [$$$], é porque já contabilizam esse prejuízo. Vai, daí, que apostam nessa perda, pensando em algo mais lá na frente.
É aí que entra o fator golpista ao insistir na mentira e no factoide. Uma coisa, é o jornal e a revista gastarem papel e detonarem o ambiente com mentira e perder público leitor. Outra coisa, é rádio e televisão repercutirem a pauta da mídia impressa. Agora, estamos falando de concessão pública de radiodifusão e o buraco é mais embaixo. É o Estado brasileiro que concede, em nome do povo brasileiro, o espaço eletromagnético por período pré-determinado. Então, repercutir mentira em rádio e tv está tipificada, constitucionalmente, e é fator de perda temporária ou permanente da concessão pública.
Mas, para isso, é preciso um Executivo e um Congresso preocupado com a manutenção da democracia [não entro no mérito do judiciário, pois este é um caso à parte] e esta passa, sem sombra de dúvida, por um novo marco regulatório da comunicação social brasileira, ou seja, da regularização do que aí está na CF de 88 e de novas leis, que, de fato, permitam a democratização das comunicações no Brasil.
Por fim, uma coisa é a mídia de direita criticar o PAC, ou Bolsa Família [por ex.], apontando falhas ou anunciando novas saídas com articulistas de direita. poderíamos ler estas análises, concordando, ou não. Outra coisa é a mídia de direita partir para a mentira descarada, calúnia e difamação, alçando escroques como pessoas credenciadas a darem palpite. Isso não poderá se criar no próximo mandato, seja no plano nacional, como no estadual.
Esta imprensa golpista tem que ser neutralizada, vive colocando impecilho e não deicha a cumpanheirada nem cobrar um propininha, fazer uma caixinha pro leitinho das crianças. Eta imprensa golpista. Denunciar crime com vista a ganhar eleição é um absurdo. A oposição não deveria se utilizar dos desmandos dos cumpanheiros como meio de ganhar a eleição .
O povão se sente manipulado por essa midiazinha podre. Ainda bem que os tempos mudam, vamos fazer uma nova comunicação nessa zorra.
Maravilhoso o pau que o Luis Inácio dá na imprensa tucana, em 5 minutos desmontou toda a arrogância, o racismo e as armações da mídia.
Dale Cristina!
Discordo frontalmente. Quem quer fazer controle de empresa de mídia é porque tem culpa no cartório da corrupção.
"Por um 20 de Setembro menos lendário, menos ideologizado e menos valorização do valor." - diz o post mais recente.
"...disciplinar e regular a liberdade de empresa” – advoga o anterior.
Há aí umas contradições. A principal delas é criticar o processo de realização do capital (valorização do valor) ao mesmo tempo em que se atribui ao Estado a possibilidade de exercer um papel de acordo com esse desejo (disciplinar e regular o movimento das empresas, os “microcosmos” do capital).
O capital é um conjunto de relações sociais, portanto, um sistema de mediações, que, para a realização da sua dinâmica interna (explorar trabalho excedente num movimento sempre mais expansivo e voltado para a acumulação), toma como meio, justamente, o Estado. O Estado é, pois, uma mediação que compõe o sistema do capital. A tarefa do Estado é “harmonizar” as contradições que porventura surjam nesse movimento de realização, mas de forma alguma isso pode se expressar na forma de um controle sobre o capital. O Estado não pode controlar o capital. É o capital, como um sistema de mediações que deve controlar a atividade produtiva e subjugá-la aos seus propósitos, que controla o Estado e o usa para momentaneamente se “harmonizar”.
O Estado pode ter um papel num eventual processo de ruptura com a ordem do capital, mas isso exige uma modificação radical de suas estruturas internas. Essa reestruturação deve se dar no sentido de que se generalize poder de decisão sobre a atividade produtiva cada vez mais aos “produtores livremente associados”. Isso exige, por sua vez, a realização de novas formas de mediações sociais – necessariamente extraparlamentares, visto que o capital é uma força extraparlamentar que precisa ser confrontado, justamente, no que tem de mais essencial – capaz de regular conscientemente a atividade produtiva, o intercâmbio metabólico entre os seres humanos e a natureza, de uma forma não-antagônica e, portanto, sustentável.
Bem, se se pode, digamos, “admoestar” o comportamento do PT com base nos pressupostos de uma crítica radical ao processo de “valorização do valor”, deve-se condená-lo exatamente nesse sentido, por não ter dado UM ÚNICO PASSO nessa direção. “Bolsas-famílias”, bolsas de todo tipo, sem o acompanhamento da formação de mediações materiais coletivas conscientes que se responsabilizem pela regulação sustentável da atividade produtiva, não movem uma palha da dinâmica do sistema. Sem isso, o consumo ligeiramente aumentado dos extratos mais pobres, por meio de tais bolsas, apenas os entorpece e os paralisa.
O que me leva a crer que a grande mídia, ao proferir esses ataques medíocres que tem efetivado contra o PT nos últimos dias, não está planejando alguma “ruptura” significativa no sistema. Está apenas “vigiando” o partido e o “disciplinando” no sentido de lembrá-lo vivamente para que é que serve o Estado dentro da ordem vigente. (E, caso não cumpram com essa tarefa específica, serão sumariamente ejetados...)
Sejamos justos: apesar de eu concordar que o governo Lula contemporizou demais com a ditadura midiática, não ignorou a realidade e criou a TV Brasil e ampliou o acesso à banda-larga e ao computador, duas importantes medidas de democratização da informação de massa.
Então, não é tarde demais, não, e Dilma sabe que terá que ter mais compreensão da realidade e coragem para avançar sobre o governo Lula. Se conseguirá, repito que ninguém sabe, mas depende de todos nós, como sempre.
O Maia é um cara muito escroto mesmo.
Eu como cidadão gostaria que tivessemos um Impremsa séria e honesta. Não temos!
Eu gostaria que no lugar do diploma os jornalistas, como os Merdal Pereira da vida, tivessem é vergonha na cara e responsabilidade para devolver a dignidade a profissão jornalistica.
O que não quero é que empresas de midias mercantilizem noticias e informações. Apoiem partidos que lhes dão vantagens, como os terrenos que a Globo tomou do governo do Serra e paga agora em comerciais travestidos de noticias.E que outras demandas patrimoniais que também querem por ai.
O que não quero é que PIG usurpe o poder politico, que ninguem lhes outorgou, de oposição, com o objetivo golpista, e necessidade de atender suas finanças cada vez mais combalidas pela falta de credibilidade
Como não tenho culpa no cartório da corrupção, só quero é te uma informação o mais perto da verdade possível.
Claudio Dode
Estranho que esta preocupação não existiu quando eram oposição.
Quem tem culpa no cartório sempre culpa o sofá.
Vamos ser realistas e concordar que este tráfico de influência dos parentes de nossos governantes no Governo Federal tem que terminar.
O Lulinha enriqueceu e os irmãos da Erenice também. Vamos dividir esta grana com o povão que é quem realmente trabalha e merece retorno.
Se vamos reeleger este Governo, pelo menos vamos concordar que de puro não tem nada. Apenas estaremos escolhendo o menos corrupto, o que na minha opinião não é a verdade.
Dizia aquele velho deitado "cada povo tem o Governo que merece".
Valdirene
Cláudia CArdoso, mentira da onde? A Veja publicou as falcatruas da Erenice e cinco dias depois ela estava na rua. Uma semana depois, o diretor dos Correios caiu. Mas esse tipo de assunto apenas cativa a classe média que já escolheu seus candidatos. Não se preocupe que a Dilma vai mesmo ganhar no primeiro turno, porque este país está anestesiado e alienado.
Se a Veja publicou o Maia acredita, e aplaude porque favorece o candidato mau carater dos tucanos. Para ele chega.
O que ele não quer ver é que os canalhas do PIG publicam qualquer mentira para prejudicar a candidatua da Dilma e tentar dar um ar para a falência multipla da campanha tucanalha.
O "mercado livre" da informação, e as falcatruas midiáticas do PIG fascinam esta tucanalhada vazia.
Claudio Dode
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