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quarta-feira, 31 de março de 2010

Somos, sim, partido político e daí? - confessa uma executiva da Folha


Maria Judith Brito é também presidente da Associação Nacional dos Jornais - ANJ

- A liberdade de imprensa é um bem maior que não deve ser limitado. A esse direito geral, o contraponto é sempre a questão da responsabilidade dos meios de comunicação. E, obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada. E esse papel de oposição, de investigação, sem dúvida nenhuma incomoda sobremaneira o governo [Lula].

A declaração franca e sincera partiu da executiva do grupo Folhas e presidente da ANJ (Associação Nacional dos Jornais), Maria Judith Brito (foto). A inconfidência se deu no dia 18 de março último em reunião na sede da Fecomércio, no Rio, e contou com o testemunho de jornalistas e dirigentes das entidades de imprensa, Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV) e Aner (Associação Nacional dos Editores de Revistas).

O que a presidente da ANJ admitiu é precisamente o que este blog DG repete desde que veio ao mundo, quatro anos atrás: a mídia brasileira é o grande partido político de oposição no Brasil, face à opacidade dos partidos tradicionais e seus líderes. Esse fato não seria tão grave, se a própria mídia admitisse a condição de partido político de oposição. Mas na prática não é o que se vê, a grande imprensa insiste em representar o (falso) papel de protagonista da isenção política e da neutralidade ideológica. Com a confissão de Judith Brito (a rigor, uma trapalhada política imperdoável, se vista sob o prisma de interesses da direita) a conversa sai do território do cinismo e começa a adentrar uma área de menos fricção e mais sinceridade, por parte dos donos e executivos da mídia brasuca.

Agora, só resta aos afiliados e associados da ANJ reproduzirem em editoriais altissonantes a admissão tardia de sua liderança maior. Acho difícil que isso aconteça, mas de qualquer forma fica o registro (indelével) para a posteridade.

As palavras de Judith Brito estão gravadas no bronze incorruptível da nossa memória. (Retórica à moda de Gaspar da Silveira Martins, líder maragato guasca.)

Foto Eliária Andrade/O Globo

15 comentários:

Carlos Eduardo da Maia disse...

Falou bem e foi sincera a Judith Brito. Em lugar nenhum do mundo socialmente desenvolvido existe controle social da mídia. O controle da mídia deve ser exercido pelo Poder Judiciário.É claro, é evidente que a mídia é um grupo empresarial e vai seguir a sua linha editorial de acordo com os seus interesses. Não vamos ser hipócritas. Uma mídia não é e nunca foi parcial e tem sim seus preferidos, isso é absolutamente normal e ocorre em qualquer país do mundo. No ano passado diversos jornais americanos divulgaram seu apoio a Obama. E acho que o mesmo deveria ocorrer com os jornais brasileiros. A Folha deveria sim admitir que apoia Serra. Qual o problema da Folha apoiar Serra e da ZH apoiar o Fogaça? Não existe imparcialidade. Mas a mídia, durante todo o governo Lula, nunca foi golpista. Ou será que estampar o vergonhoso contrato de financiamento do PT com Marcos Valério, na capa da revista Veja é golpe? É claro que não. E assim deve seguir a linha editorial da Veja. Os insatisfeitos que criem seu órgão de mídia, o povo é que vai escolher em quem acreditar.
O que ocorre é que parte da esquerda brasileira -- que adora fazer um barulho imenso quando é oposição -- tem grandes dificuldades de receber críticas quando é situação. Parabéns à Judith Brito pela sua grande sinceridade.

mário casado disse...

"Uma mídia não é e nunca foi parcial e tem sim seus preferidos, isso é absolutamente normal e ocorre em qualquer país do mundo", Maia tens que dizer isso para a familia Sirotsky, Marinho, Frias, Abravanel, Mesquita.

Eles não sabem disso. Ignoram completamente. Não adianta chover no molhado aqui num blog, vai dizer isso onde desconhecem essa verdade.

Errou o endereço, gazela.

Anônimo disse...

Só que aqui no BRASIL quase nunca admitem essa parcialidade.Essa mídia é golpista sim, temos vários exemplos na história( em 1945,1954,1964,1989,2006...)Srá que manipular reportagens para influenciar eleição não golpe? E a edição de debates? É bem pior que apagar "personas non gratas" de fotografias né?. Além disso,o tal partido da mídia é extremamente anti-democrático,contrario aos intereses da maioria(contra a redução da jornada de trabalho por exemplo) não admite contra ponto e constitui um verdadeiro partido único,com seus dogmas ,seu pensamento único. Controlam de forma quase monopolista o setor(a chamada esquerda tem o seu canal de TV aberta por exemplo?) e, o que é pior, usurpam uma concessão pública na maioria herdada do tempo da ditadura. LEONEL SANTOS-ALVORADA RS

Katarina Peixoto disse...

É muito grave o que disse essa senhora. Muito.

cao@dino disse...

o baba ovo do maia, que é da oposição
incompetente e sem projetos.levou uma esfregada da representante do pig e
agora tenta colar a sua versão furada.maia,vocês deveriam ter vergonha de ser pautados e chamados de imbecis todo dia por pessoas como:
jabor,hipolitro,castanheira,etc...vc
não sabe,ou tá se fazendo,que os es
teites que vocês tanto gostam é o pais que mais censurou/fechou radios,jornais e revistas da historia?e´essa a liberdade que vo
cê defende? se vc tiver duvidas,pes
quise.sindrome de vira lata é fogo,
tu tá tomando na bunda e ainda agra
dece?tô começando a pensar que teu
negocio é queimar a rosca mesmo....

Anônimo disse...

"os insatisfeitos que criem sua própri midia"Pois é de tanto falar morre pela boca.Para os direitistas é assim, eu pago entao faço o que quero. A lei é para os pobres. Como se o trabalhdor tivesse dinheiro suficiente e não tivesse seus jornais por preguiça.
Vá ser facista assim lá no inferno

Dilson disse...

Partidos políticos tem a atuação regulamentada por legislação específica...que regulamenta os donos de jornais quando estes assumem uma postura de partido político?
Não me refiro a regulamentar a liberdade de imprensa,muito pelo contrário,sou a favor de uma imprensa livre.
Quando a imprensa deixa de ser imprensa e vira um instrumento panfletário,comprometido com interesses particulares de uns poucos,onde está a liberdade de expressão dos jornalistas?

Jordi disse...

Claro que "falou bem e foi sincera a Judith Brito", se esses jornais e revistas golpistas fossem sinceros como ela foi (que mijada deve ter levado dos chefes!) e deixassem de alegar imparcialidades que não têm, o povo decidiria se os quer ou não.

O que "certa direita" tão torta não aceita é que, certo ou errado, o povo já escolheu em quem acreditar:

Lula: presidente mais popular da história
Yeda: governadora mais impoupular desde o pleistoceno.

Anônimo disse...

Na mosca: países que não sejam socialmente desenvolvidos e em que inclusive o Judiciário, também ele, faz papel de partido político --- "Gilmar Dantas", exemplo maior --- certamente precisam (e com urgência) de controle social não só da mídia mas do próprio Judiciário: e reparem, o argumento foi gentilmente fornecido pelo próprio Maia, e ele nem percebeu... rsss

alexandre disse...

basicamente é o PIG. partido da imprensa golpista.

Anônimo disse...

O PIG, com o o Maia são todos filhos da puta. Reclama Maia: Mas vocês, tu com a merreca que recebes da Yeda, e o PIG que recebe dos tucanos pefelistas devereiam .sim plesmenete se posicionarem como vendilhões e filhos da puta que são. E não me venham com esta palhaçada de lioberdade de expressão. A liberdade de expressão que vocês querem ´pe venda de posições no mercado eleitoral. São filhos da puta e canalhas e só.

Não existe linhas editorial. Existe só mercado para vocês. E pu fica defendendo esta merreca e o Siroststki fica cheirando e peidando para ti. E o contrário dá no mesmo.

Claudio Dode

Cláudio E disse...

O que o Maia é:
1-O vice do Serra
2-O vice do Fogaça
3-O vice da Ana Amélia
4-O vice-editor da ZH
5-É um cara inteligente, mas mal compreendido
6-É um baita pé-no-saco

Anônimo disse...

Nossa, que gente raivosa...

Verinha disse...

Tá certo.Isso é bem real e a gente sabe que é. Como também é real que esses caras da grande mídia não mais influenciam a opinião pública como antes.

Nunca na história desse país essa mídia fez tão pouco barulho como tem feito agora. Eles tentam, tentam e dão com os burros n'água. Lembram no passado? Lembram quando demitiam e admitiam quem queriam nos ministérios ou em qualquer outra autarquia? Determinavam a pauta de vários assuntos no congresso. Hoje percebe-se que já não têm tanta influênca como tinham antes.
Aliás, percebe-se hoje na grande maioria das pessoas um certo desdém ao ler e/ou ouvir jornais e jornalistas. Todos esse aí, vem perdendo credibilidade,decência jornalística, ocasião de ficarem calados, ou seja, a vergonha pura e simples na cara. FASCÍIIINORAS!!!!

Mas ó,Deus é Pai!
Tenho a impressão, inclusive, que nós é que somos ansiosos, porque já conseguimos muiiiiiiiiiiiiiiiiiito com tudo que está acontecendo e espero que o Brasil mude, ainda, muito mais com a Dilma.
\Q/E viva a internet!\õ/

Anônimo disse...

...talvez tenha de esperar bastante...

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