Interlocutores apresentam deficit de confiança
O Palácio do Planalto decidiu se mexer para tentar amenizar a resistência dos movimentos sociais com a ministra Dilma Rousseff , principal nome petista para a sucessão presidencial de 2010. É o que informa a Folha, do último sábado.
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, foi escalado para organizar uma reunião informal e secreta da ministra com líderes desses movimentos, em especial dos sem-terra. Os primeiros contatos já foram feitos, mas ainda não há data acertada.
Outra determinação palaciana partiu para Rolf Hackbart, presidente do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). A estratégia é que ele monte uma agenda "com a cara da ministra" nos assentamentos de reforma agrária pelo país afora.
Um dos principais entraves à ministra está no MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), por isso essa agenda nos assentamentos será planejada de forma que ela consiga fugir do discurso de metas, acampamentos, violência no campo e desapropriações e possa ficar mais à vontade para falar sobre projetos de irrigação e inaugurações do programa Luz para Todos.
A resistência dos movimentos à ministra não é nova, ainda segundo a Folha. Ela é vista por eles como defensora de um modelo de desenvolvimento próximo ao que pensa o agronegócio, supostamente sem preocupação ambiental e com simpatia à entrada de empresas estrangeiras no país.
....................................
A minha modesta opinião: sim, há restrições à ministra, no âmbito dos movimentos sociais. Por dois motivos: um, por desconhecimento, dois, por ações fortes da ministra em favor de obras públicas sem a necessária sustentabilidade ambiental.
Essa suposta resistência não significa dizer que os militantes dos movimentos sociais façam ou tenham outra opção para 2010. O fato é que a agenda eleitoral ainda não sensibilizou os movimentos, que têm dezenas de outras prioridades na pauta política de 2009 e 2010.
De resto, os agentes escalados pelo Palácio do Planalto – Cassel e Hackbart – para contactarem líderes dos movimentos apresentam deficit de confiança junto aos mesmos.
Um singular exemplo: semanas atrás esteve em Santa Cruz do Sul (RS) uma técnica do MDA com o objetivo de verificar o andamento de projetos de diversificação de culturas na região do Vale do Rio Pardo, que luta para sair da monocultura do fumo (foto). A agente do MDA encontrou-se com entidades tradicionais como Fetraf e Fetag, consideradas como entidades “amigas” das transnacionais do fumo, em detrimento do forte núcleo que a Via Campesina/MPA tem na região da fumicultura.
Mas o elemento decisivo para a desconfiança no MDA é a derrota continuada que esse ministério sofre nas disputas com o ministério da Agricultura. O volume de recursos e os projetos que beneficiam o agronegócio são infinitamente maiores que aqueles destinados à agricultura familiar e camponesa, mesmo sabendo-se que é o pequeno e médio produtor que abastece o mercado interno. Para não mencionar os inúmeros projetos nos quais o MDA se exonera de disputar, tendo em vista acertos prévios – e por dentro – com a bancada ruralista no Congresso ou compromissos “estratégicos” do lulismo de resultados com o agrobusiness brasuca.
Se depender desses interlocutores para o diálogo com o movimento social, a campanha pré-eleitoral da ministra Rousseff está condenada ao insucesso.
Coisas da vida.
O Palácio do Planalto decidiu se mexer para tentar amenizar a resistência dos movimentos sociais com a ministra Dilma Rousseff , principal nome petista para a sucessão presidencial de 2010. É o que informa a Folha, do último sábado.
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, foi escalado para organizar uma reunião informal e secreta da ministra com líderes desses movimentos, em especial dos sem-terra. Os primeiros contatos já foram feitos, mas ainda não há data acertada.
Outra determinação palaciana partiu para Rolf Hackbart, presidente do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). A estratégia é que ele monte uma agenda "com a cara da ministra" nos assentamentos de reforma agrária pelo país afora.
Um dos principais entraves à ministra está no MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), por isso essa agenda nos assentamentos será planejada de forma que ela consiga fugir do discurso de metas, acampamentos, violência no campo e desapropriações e possa ficar mais à vontade para falar sobre projetos de irrigação e inaugurações do programa Luz para Todos.
A resistência dos movimentos à ministra não é nova, ainda segundo a Folha. Ela é vista por eles como defensora de um modelo de desenvolvimento próximo ao que pensa o agronegócio, supostamente sem preocupação ambiental e com simpatia à entrada de empresas estrangeiras no país.
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A minha modesta opinião: sim, há restrições à ministra, no âmbito dos movimentos sociais. Por dois motivos: um, por desconhecimento, dois, por ações fortes da ministra em favor de obras públicas sem a necessária sustentabilidade ambiental.
Essa suposta resistência não significa dizer que os militantes dos movimentos sociais façam ou tenham outra opção para 2010. O fato é que a agenda eleitoral ainda não sensibilizou os movimentos, que têm dezenas de outras prioridades na pauta política de 2009 e 2010.
De resto, os agentes escalados pelo Palácio do Planalto – Cassel e Hackbart – para contactarem líderes dos movimentos apresentam deficit de confiança junto aos mesmos.
Um singular exemplo: semanas atrás esteve em Santa Cruz do Sul (RS) uma técnica do MDA com o objetivo de verificar o andamento de projetos de diversificação de culturas na região do Vale do Rio Pardo, que luta para sair da monocultura do fumo (foto). A agente do MDA encontrou-se com entidades tradicionais como Fetraf e Fetag, consideradas como entidades “amigas” das transnacionais do fumo, em detrimento do forte núcleo que a Via Campesina/MPA tem na região da fumicultura.
Mas o elemento decisivo para a desconfiança no MDA é a derrota continuada que esse ministério sofre nas disputas com o ministério da Agricultura. O volume de recursos e os projetos que beneficiam o agronegócio são infinitamente maiores que aqueles destinados à agricultura familiar e camponesa, mesmo sabendo-se que é o pequeno e médio produtor que abastece o mercado interno. Para não mencionar os inúmeros projetos nos quais o MDA se exonera de disputar, tendo em vista acertos prévios – e por dentro – com a bancada ruralista no Congresso ou compromissos “estratégicos” do lulismo de resultados com o agrobusiness brasuca.
Se depender desses interlocutores para o diálogo com o movimento social, a campanha pré-eleitoral da ministra Rousseff está condenada ao insucesso.
Coisas da vida.
22 comentários:
De fato. Além disso, não são o MDA e o INCRA que estimulam e legalizam a grilagem na Amazônia???
E aqui vai minha discordância, isso não é desconfiança, é diferença politica de fundo, o projeto da Dilma não é socialista, é o rasteiro e superado nacional0-desenvolvimentismo, e muito menos desconhecimento, até pq o gov Lula esta ai para todos verem. Espero, mas acho dificil, ter uma alternativa, mesmo eleitoral, melhor.
Eu gostaria de ver o Collor, novamente, como Presidente da República do Brasil.
E a Kátia Abreu de vice.
Foi aí, com Collor que saímos para o mundo da informática.
E como passamos, de "carroças", para veículos mais modernos!
E, depois, ainda viria o Plano Real, que quebrou os agricultores.
Estes sim, bancaram o Plano Real e a estabilidade da moeda brasileira .
Coisas da vida.
Los amigos del presiedente:
Que gracinha, Fernando Lugo assumiu hoje que não dá conta de cumprir nem o celibato. Reconheceu a paternidade de um filho que teve com Viviana Carillo, de 26 anos. Caso mantido enquanto Lugo ainda era bispo e Viviana, menor de idade (veja a foto dos dois).
O caso começou em 2000, segundo depoimento da própria Viviana: "Siendo muy joven aún (tenía 16 años), aproximadamente en el 2000; y al tiempo en que realizaba mi preparación para realizar mi confirmación dentro de la religión católica en la cual fui bautizada por mis padres, conocí al Obispo Fernando Lugo en el Departamento de San Pedro de donde soy originaria; cuando vivía en la casa de la señora Edith Lombardo de Vega.”
De acordo com o depoimento de Viviana, ela foi seduzida pelo constante assédio daquele homem mais velho, “pela sua maneira de falar, por suas belas palavras, por suas belas expressões, e as promessas que fez a renunciar ao seu cargo por mim, e queria compartilhar uma vida comigo”, diz Viviana que ainda disse ter sido ele “o meu primeiro e único homem”. (fonte: Ultima Hora)
Fica longe deste bispo Lula! Ou sempre de costas para uma parede.
Itaípú será somente uma preparação para o "CRÁU".
Só falta o Cel disser que o Getúlio fez as leis trabalhistas porque amava o povo e não por estarmos no século XX(na decada de 40).Gente,como ele é inocente.
Kiki
A "Dilmarréia" não vai deslanchar!
Ciro Gomes, pelo que me parece, deve ser o próximo presidente do Brasil.
Kiki: "disser"????
Inocente eu?????
Kiki:
"por estarmos no século XX(na decada de 40).Gente,como ele é inocente."
PUT AKE PARRRRREEUUUU!!!!
Quem acha que foi o Collor e sua gangue que informatizou o Br,e não o mercado...
Gente,ele é inocente sim!
Kiki
Anônimo 22:52
O Getúlio criou as leis trabalhiistas,na década de40,no século XX.Sei que estamos no séculoXXI.Ou pelo menos alguns.
Kiki
hehehe... o Collor só saiu pq rompeu com "certa direita".
Daniel
Segundo a Folha???!!!
Quem espera uma opinião diferente? O que me deixa perplexa: é como muitos não escapam das armadilhas da Folha?
Cecília
Dilma e os Movimentos Sociais tem a mesma gênese e caminham juntos pela produção de um Brasil democrático.
Dilma sabe construir uma Agenda Política de modo a contemplar as intenções de todos os atores sociais brasileiros.
Dilma já comprovou que tem as credenciais necessária para prosseguir com a implementação de políticas públicas e ampliar o desenvolvimento social.
Nelly
A candidatura de Dilma promete mas ainda não levantou vôo.
A atual fase é muito importante, fazer os contatos errados com as pessoas erradas pode melar todo o projeto.
O momento é de andar no fio da navalha e não é pra amador ou aventureiros eleitorais.
Cel: não tenha tanta saudades do Collor. Em breve todos nós estaremos andando de carroças. Literalmente. Contriui para esse "retorno" o modelo de desenvolvimento insuportável que privilegia o agronegócio e o consumo de lixo (carro, jóias, celulares, alimentos industrializados, luxos, etc.). Ah! tomará que os defensores do atual modelo dêem um tempo para os cavalos e puxem eles, as carroças.
Dilma empata com Lula nos planos de puxar o Brasil pra sociedade de consumo. São sinceros, acho eu, no desejo de equalizar, melhorar as condições de vida da população pobre, mas nem ela nem ele conseguem vislumbrar alternativas fora do consumismo e da farra energética - pra grande alívio das empreiteiras. Meu voto não levam.
Felipe
Nem Lula e nem Dilma "puxam o Brasil para a sociedade de consumo". É a sociedade - ignorante, sob todos os aspectos -que exige inclusão através do consumo. A inclusão poderia se dar através das artes, da formação humana, da solidariedade, do voluntariado,da educação, da filosofia, da paz, do esporte, do prazer e da diversão. Mas, não! A demanda é por automóveis, consumo de carne e bebidas alcoólicas, alimentos industrializados, casas e apartamentos de luxo, jóias, roupas finas e viagens carbonizadas. A má notícia: não há planeta e nem país para todos os sonhadores. Os recursos são finitos e as dimensões geográficas são limitadas. Portanto, a pequena parcela de consumidores só existe por que a exclusão de outros é real. Um dia todos saberão que "luxo e lixo andam de mãos dadas" e que a natureza exige um modo de vida franciscano. Mas aí será tarde.
Assino embaixo do comentário do Ary.
Ulisses, eu também assino o comentário do Ary.
E Porto Alegre e o RS é o exemplo extremo desse consumismo de que fala o Ary. O que era pra ser uma Semana Santa de Páscoa, se transformou em feriadão. Os jornais de segundafeira estamparam o que são capazes, os cidadãos viciados em mercadorias do modo de produção capitalista.
Alice
E a Senhora que está no Piratini sintetiza esse modo de vida capitalista que predomina no RS e principalmente em Porto Alegre. Ela é incapaz de relações sociais face a face e de uma sociabilidade civilizada e com etiqueta.
Nunca poderia imaginar que um representante público fosse além das fronteiras de seu Estado, sem comunicar a todos os cidadãos. Tal comportamento abriu as porteiras para a barbarie que marcou o tal feriadão. Os eleitores da dita cuja estão seguindo o seu jeito capitalista de se comportar. A prioridade é o consumismo, viagens de interesse privado e individulista, etc. e nem um gesto público e político e social. A onde está o ritual de respeito e de compromisso com o cargo público?
Melissa
Pois é Ary, mas a questão é que essa mudança urge, e nem Lula nem Dilma estão dispostos a encabeçá-la. Aliás, acredito que nem consigam vislumbrar ou entender sua necessidade e urgência. É a velha questão de ser agente transformador, e não reprodutor do senso comum. Por isso assino embaixo do que falou o Felipe, não deixando de concordar com o que você falou.
Abraços
Assino embaixo..................e eu
assino embaixo........assino......
ZZZZzzzzzzzz!
Eita comentaristas criativos.....
ZZZZzzzzzzzzzzzzzzzz!
Ô Melissa,
Concordo com o que escrevestes, mas acho que o problema da Yoda não é de etiqueta, e sim psiquiátrico. E bota tarja preta para tomar...
Só não te imprensiona muito com esta questão do viajar sem licença até porque deve estar acostumada a pegar a vassoura dela e sair por aí.
Claudio Dode
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