Quartiero é um devastador convicto
O fazendeiro Paulo César Quartiero, maior produtor rural instalado no interior da Terra Indígena Raposa-Serra do Sol, em Roraima, decidiu adotar a política da terra arrasada. Insatisfeito com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a sua saída daquela área até quinta-feira, ele está disposto a não deixar nada em pé. Nenhuma casa, galpão, curral, rede de eletricidade, sistema de irrigação, nada que possa ser utilizado pelos índios, que, na sexta-feira, devem tomar posse das duas fazendas que ele possui naquela área.
Ontem à tarde, na Fazenda Depósito, que fica a cerca de 170 quilômetros da capital, Boa Vista, a movimentação era intensa. Carretas enormes e fechadas deixavam a fazenda levando o rebanho da raça canchim que Quartiero possui, com quase cinco mil cabeças. Em outra parte, grupos de peões retiravam telhas, portas, esquadrias, estruturas metálicas, enfim, todo o material que pode ser aproveitado em outra obra. Logo atrás deles, vinha uma enorme retroescavadeira, derrubando paredes e revolvendo pisos (foto).
Quartiero é o maior produtor de arroz irrigado de Roraima, com índices de produtividade que se aproximam dos obtidos nos Estados do Sul.
Ele também planta soja e cria gado. Mas não possui títulos legais das terras que começou a ocupar como grileiro, no final dos anos 70. De acordo com as leis do País, ele não tem direito a indenização pelas terras nas quais investiu pesadamente, devendo receber apenas pelas benfeitorias. Mas, ele contestou o valor avaliado pelo governo e se recusou a receber a primeira parcela depositada. A decisão de destruir tudo, cria um novo atrito com a Justiça e com o governo.
Técnicos da área ambiental que estiveram em sua fazenda o acusam de ter destruído matas ciliares, áreas de preservação permanente, além de ter poluído os rios. As multas chegam a R$ 36 milhões. Comentando sua saída, Quartiero disse: "Perdemos. Mas vamos sair de cabeça erguida. Quem vai ficar aqui são os fundamentalistas da Igreja Católica (numa referência ao Conselho Indigenista Missionário), a serviço dos interesses internacionais." As informações são do jornal Estadão.
O fazendeiro Paulo César Quartiero, maior produtor rural instalado no interior da Terra Indígena Raposa-Serra do Sol, em Roraima, decidiu adotar a política da terra arrasada. Insatisfeito com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a sua saída daquela área até quinta-feira, ele está disposto a não deixar nada em pé. Nenhuma casa, galpão, curral, rede de eletricidade, sistema de irrigação, nada que possa ser utilizado pelos índios, que, na sexta-feira, devem tomar posse das duas fazendas que ele possui naquela área.
Ontem à tarde, na Fazenda Depósito, que fica a cerca de 170 quilômetros da capital, Boa Vista, a movimentação era intensa. Carretas enormes e fechadas deixavam a fazenda levando o rebanho da raça canchim que Quartiero possui, com quase cinco mil cabeças. Em outra parte, grupos de peões retiravam telhas, portas, esquadrias, estruturas metálicas, enfim, todo o material que pode ser aproveitado em outra obra. Logo atrás deles, vinha uma enorme retroescavadeira, derrubando paredes e revolvendo pisos (foto).
Quartiero é o maior produtor de arroz irrigado de Roraima, com índices de produtividade que se aproximam dos obtidos nos Estados do Sul.
Ele também planta soja e cria gado. Mas não possui títulos legais das terras que começou a ocupar como grileiro, no final dos anos 70. De acordo com as leis do País, ele não tem direito a indenização pelas terras nas quais investiu pesadamente, devendo receber apenas pelas benfeitorias. Mas, ele contestou o valor avaliado pelo governo e se recusou a receber a primeira parcela depositada. A decisão de destruir tudo, cria um novo atrito com a Justiça e com o governo.
Técnicos da área ambiental que estiveram em sua fazenda o acusam de ter destruído matas ciliares, áreas de preservação permanente, além de ter poluído os rios. As multas chegam a R$ 36 milhões. Comentando sua saída, Quartiero disse: "Perdemos. Mas vamos sair de cabeça erguida. Quem vai ficar aqui são os fundamentalistas da Igreja Católica (numa referência ao Conselho Indigenista Missionário), a serviço dos interesses internacionais." As informações são do jornal Estadão.
29 comentários:
Safado dos infernos
Que é a serviço dos interesses internacionais isso nao tenho duvida.
Que ele estava errado? Sim, mas desde 1970...ninguem falava nada...agora que interesses mais fortes o suplantaram...ele esta fora.
Essa fazenda nem deveria ter existido, se existia é pq favorecia a alguem.
A maior reserva mineral do mundo esta naquela regiao...ja existem progetos de exploraçao.
Acabo de falar com uma pesquisadora do norte, diz ela que indio nem pode caçar mais...se pegarem ele com caça da problema...mas indio que nao pode caçar?? Que tipo de indio é???
Indio usado pra criar reservas...
Homem braco usado pra criar fazendas, indio usado pra criar garimpo...
E a mae terra morrendo.
Edu, sua amiga pesquisadora é uma picareta, com certeza. Caso contrário ela não passaria informação irresponsável dessas. Índio pode caçar só que respeitando a temporada de reprodução das espécies, caso contrário vai preso como qualquer branco. Ela tem que informar melhor se é que é cientista. Mas parece que é cabecinha de senso comum, ao dizer essas asneiras pra você.
Me dá o nome dela que vamos denunciá-la no Conselho profissional a qual ela faz parte, por quebra do código de ética e falta de decoro profissional.
O Quartiero está certo. Eu faria a mesma coisa.
Vejamos: quando uma criança não muita afeita a limites, leia-se "birrenta", não aceita um NÃO PEREMPTÓRIO, o que ela faz? quebra alguma coisa, esconde outra, põe a lingua. Pois bem. O grileiro assim procedeu. Se assim o fez é porque não está acostumado a ouvir NÃOPEREMPTÓRIO.
Criança birrenta, que não está acostumada a limites.
Esse é o retrato do empreendedor nacional que comete crimes ambientais, civis, tributários.
Não são todos criminosos, evidente, mas a classe lhe dá cobertura, não o expõem nem entrega à cidadania para punição.
O exemplo maior é Daniel Dantas, que se sente o maior injustiçado, alegando que poderia investir no estrangeiro. É mentira claro, ele investe aqui só o que acha bom, mas mesmo assim tem gente que compra essa história furada.
Então é isso, nossa burguesia confunde justiça com luta de classes.
A confusão não é acidental, nem fruto de imaturidade, é fato decorrente de ser mesmo um instrumento de luta de classes.
"Planta soja, cria gado" e é um consumado canalha, desses predadores que a elite sente tanto orgulho.
armando
Esse porco (coitado do porco...) ao invés de deixar casas e paredes derrubadas, deveria ser obrigado a remover toda caliça e replantar o bosque original.
Chamo de porco pois se enquadra no tradicional "espírito de porco", porque deixa lixo atrás de si e estraga o que não lhe pertence.
Está errado ?
Bem que este porco poderia se mudar pro México e pegar uma gripinha.
se esse cara deixa um lixao assim nas terras, deve ter que pagar uma bela multa.
esses dias a ZH ainda exaltava a injustiça do qual o grileiro mór de Roraima estava sendo vítima. E omitia que Quartiero é e sempre foi um grileiro, irregular e criminoso, cheio de capangas e jagunços armados com armas exclusivas das Forças Armadas.
Mas ZH esqueceu de mencionar esses detalhes do grileiro mór.
Bom, a propriedade ele construiu. Se quer destruir tudo, está no uso de seu direito. Nenhuma lei pode impedir que ele faça isso. Podemos chamá-lo de safado, mas é o máximo que podemos fazer.
Alberto, pode destruir tudo sim.
As benfeitorias, porque propriedade nunca teve, tentou roubar.
Mas deixar lixo na terra dos outros, isso não pode.
É o elementar respeito à propriedade, que tu e Zero Hora não reconhecem a obrigação de cumprir em quem seja rico na terra de índios.
Ou alguém pode ir na tua casa jogar caliça ?
Não só é safadeza, é ato criminoso.
Além disso é de um deselegância de quem não sabe perder.
Um perdedor turrão, ignóbil.
Igual ao camarada que matou o filho para magoar à mulher que se separava.
"Quartiero é o maior produtor de arroz irrigado de Roraima, com índices de produtividade que se aproximam dos obtidos nos Estados do Sul."
O cara é um exemplo de eficiência.
"Carlos disse...
O Quartiero está certo. Eu faria a mesma coisa."
Eu também.
O Quartieiro era um grilheiro, um quadrilheiro. Literalmente um bandido.
Eficiente como ele é o Fernandinho Beira Mar. Grileiro é bandido. Ele tinha é que ser preso, por tudo, que fez, inclusive a destruição dos prédios, como a que já tinha feito do meio ambiente.
O resto é os agronegocistas em performance corporativista da classe. Ou algum sabujo.
Claudio Dode
O Sucesso das Privatizações:
O Metrô do Rio de Janeiro foi concedido com a empresa vencedora comprometendo-se a pagar ao governo US 1 milhão por mes, por 240 meses, além de uma entrada de 30%. O Valor seria suficiente para comprar um trem a cada tres meses.
O contrato previa que os passageiros da linha um teriam que ter um trem a cada 3 minutos.
Passados 10 anos nenhum trem novo foi comprado. Espremidos os 250.000novos passageiros/dia sentem diariamente o metrô com duas estações novas, operar com os mesmos 33 trens de 1998.
E claro que a história de 3 minutos também era só mentirinha.
Outro Quartieiro.
Claudio Dode
Parece que existem Quartieros às pamparras no Brasil.
Dode, pé-de-chinelo.
Vá se catar, seu coitado!
Conheço Boa Vista/RR.
Estive por várias oportunidades em trabalhos de pesquisa na Embrapa.
O que alavancava a agricultura deste Estado, era o trabalho destes produtores que foram expulsos.
Muito triste a decisão do Supremo.
Rorraima vai diminuir em seu território e na produção primária.
Quantas cagádas do FHC e do Lulla!
Acham que o progresso eram os prédios, as cercas, as casas dos peões e o ir e vir dos caminhões.
Vê as aparências.
Progresso foi descobrir como plantar, foi o jeito certo de amasiar a terra tão perto do equador e convenientemente situada em planaltos.
É a Embrapa e os técnicos e as vias comercias estabelecidas.
O Quartiero já tirou carradas de grana daquele naco de chão que não lhe pertencia, vai se restabelecer em 3 anos em qualquer lugar que lhe aprouver.
Lhes sobram 90% do estado de Roraima para dividir entre 220 mil brancos, e vamos imaginar que não tem outro lugar para se plantar?
Só um detalhe: a nova porção de terra terá de ser adquirida mediante pagamento e não grilada, como é a lei no Brasil desde 1860, desde a Lei das Terras. Sim, porque antes, quando não tinha colono alemão e italiano fora de regiões confinadas do sul, não se precisava pagar por nada.
Se horrorizam ao imaginar um grileiro forçado a pagar pela terra, ou se inscrever no INCRA.
O cidadão sofre apenas de plutofilia aguda.
A lei incide em todos, ricos e pobres.
Eu queria estar mal de vida feito o Quartiero, coitado.
Como canalhice atrai os canalhinhas fascistóides. É uma pena. Coitados desse babacas ideológicos. Roraima está livre dos canalhas. Que voltem para apoiar a rainha da canalhice, a yedinha.
armando
ÊSSE DEMÔNIO É BRASILEIRO ?? A MÍDIA É BRASILEIRA ??
Eu não conheço Roraima, mas se eram estes grileiros, marginais a lei, que alavancavam a agricultura no estado. Podem mandar todos os brancos que estão no estado embora que não vai dar certo.
Claudio Dode
Dode pé-de-chinelo!
Vá se catar!
Quartiero: legítimo representante da escumalha humana.
Repito, nao se trata de indio ou de grileiro e sim de interesses muito mais fortes do que os ambos.
Se indio nao pode caçar, que indio é?
Indio tem de andar com almanaque embaixo do braço pra verificar as especies que pode caçar?
Indio tem de interpretar circular da FUNAI pra saber o que ele pode caçar?
Que indio é?
E se a tribo nao consegue encontrar as especies "permitidas" à caça? O que faz? Morre de fome?
Garcia Rosa, acho melhor tu deixares de ser nervosinho e tao seguro dos teus conhecimentos.
O problema do mundo é que os burros sempre estao hiperseguros e os inteligentes sempre cheios de duvidas, deve ser pq "todo sabio sabe que nada sabe".
Moro em Roraima. O cara é tido como herói aqui. Pudera, a sociedade daqui é simples: uma minoria elitizada que controla todo o aparelho governamental e midiático baseado no coronelismo puro e, uma maioria que vive no pão e circo (ou melhor, no forró). Ai de alguém criticar os donos deste Estado. Aqui é o "rouba mas faz" aplicado ipsis literis.
Anônimo pe-de-rasta.
Vão te catar, gazelinha do parcão.
Sobre o comentario das 15:03 hs:
Valeu Edu, disseste bem! De vez em quando aparece alguem com cerebro. No mesmo balaio dos que so' tem certezas, estao aqueles que dizem "ter lado", o que justificaria ignorar tudo que os "do outro lado" dizem. Nao e' surpresa, deste jeito, que um dia resolvam "trocar de lado", pelo sabor da experiencia nova. Exemplos nao faltam, vide o Greenhalg! Nao estranharia caso aconteca de determinadas figuras deste espaco "se bandearem para o outro lado", se tiverem oportunidade. Afinal de contas, nunca demonstraram muito pensamento critico mesmo. Neste caso vale tudo!
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