Campanha “Proteja seu Anjo da Guarda”
A febre amarela é uma doença infecciosa causada por um vírus que é transmitido por mosquitos. Ela possui dois tipos: a febre amarela urbana, erradicada do Brasil por volta da década de 1960, e a febre amarela silvestre. Os vetores (agentes responsáveis pela transmissão) da forma silvestre são mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes, enquanto a forma urbana pode ser transmitida pelo Aedes aegypti, o mesmo vetor da dengue.
A febre amarela silvestre já provocou a morte de algumas pessoas e de muitos bugios em uma extensa área do Rio Grande do Sul desde o final de 2008. No entanto, ao contrário da maioria das pessoas, os bugios são extremamente sensíveis à doença, morrendo em poucos dias após contraí-la. Esses macacos já estão ameaçados de extinção no Estado devido à destruição de seu hábitat natural (as florestas), à caça e ao comércio ilegal de mascotes.
Infelizmente, os bugios também estão sendo vítimas da doença e da falta de informação da população. Inúmeros relatos indicam que habitantes das regiões de ocorrência do bugio-preto e do bugio-ruivo estão matando os animais, principalmente por envenenamento, por medo do avanço da doença.
Além de tornar mais crítico o estado de conservação desses animais, essa atitude é extremamente prejudicial para o próprio homem. A morte de bugios por febre amarela alerta os órgãos de saúde locais sobre a circulação do vírus na região, os quais promovem campanhas de vacinação da população humana, como se tem observado em quase 200 municípios do Estado.
O Ministério da Saúde considera esses macacos importantes “sentinelas” da circulação do vírus. Portanto, os bugios são nossos “ANJOS DA GUARDA”! Se eles forem mortos pelo homem, descobriremos que a febre amarela chegou a determinada região apenas quando as pessoas contraírem a doença. E talvez já seja tarde para alguns (ou muitos).
Além de NÃO transmitirem à doença para o homem, os bugios NÃO são os responsáveis pelo rápido avanço da doença no Estado. Eles são as principais vítimas. As mudanças climáticas e a degradação ambiental provocadas pelo homem são as principais responsáveis pelo recente aparecimento de inúmeras doenças infecciosas no Estado. Especialistas acreditam que o avanço da doença tem sido facilitado pelo deslocamento de pessoas infectadas ou pela dispersão dos mosquitos ou outro hospedeiro ainda desconhecido.
Pergunto: Você mataria o seu anjo da guarda?
Artigo do doutor Júlio César Bicca-Marques, professor titular da Faculdade de Biociências da PUC/RS, grupo de Pesquisa em Primatologia.
...........................
A "campanha", por enquanto, é somente deste atento professor da PUC. Mais um grave erro do governo tucano de Yeda Rorato Crusius, além de não combater o surto (inédito) de febre amarela no Estado, omite-se de esclarecer a população sobre o papel positivo do macaco bugio em nosso meio, alertando para que não haja matança de primatas, que estes devem ser protegidos uma vez que funcionam como sentinelas do vírus da febre amarela.
O senso comum precisa ser esclarecido que o bugio é tão vítima quanto o homem de governos irresponsáveis e negligentes com a saúde pública.
A febre amarela é uma doença infecciosa causada por um vírus que é transmitido por mosquitos. Ela possui dois tipos: a febre amarela urbana, erradicada do Brasil por volta da década de 1960, e a febre amarela silvestre. Os vetores (agentes responsáveis pela transmissão) da forma silvestre são mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes, enquanto a forma urbana pode ser transmitida pelo Aedes aegypti, o mesmo vetor da dengue.
A febre amarela silvestre já provocou a morte de algumas pessoas e de muitos bugios em uma extensa área do Rio Grande do Sul desde o final de 2008. No entanto, ao contrário da maioria das pessoas, os bugios são extremamente sensíveis à doença, morrendo em poucos dias após contraí-la. Esses macacos já estão ameaçados de extinção no Estado devido à destruição de seu hábitat natural (as florestas), à caça e ao comércio ilegal de mascotes.
Infelizmente, os bugios também estão sendo vítimas da doença e da falta de informação da população. Inúmeros relatos indicam que habitantes das regiões de ocorrência do bugio-preto e do bugio-ruivo estão matando os animais, principalmente por envenenamento, por medo do avanço da doença.
Além de tornar mais crítico o estado de conservação desses animais, essa atitude é extremamente prejudicial para o próprio homem. A morte de bugios por febre amarela alerta os órgãos de saúde locais sobre a circulação do vírus na região, os quais promovem campanhas de vacinação da população humana, como se tem observado em quase 200 municípios do Estado.
O Ministério da Saúde considera esses macacos importantes “sentinelas” da circulação do vírus. Portanto, os bugios são nossos “ANJOS DA GUARDA”! Se eles forem mortos pelo homem, descobriremos que a febre amarela chegou a determinada região apenas quando as pessoas contraírem a doença. E talvez já seja tarde para alguns (ou muitos).
Além de NÃO transmitirem à doença para o homem, os bugios NÃO são os responsáveis pelo rápido avanço da doença no Estado. Eles são as principais vítimas. As mudanças climáticas e a degradação ambiental provocadas pelo homem são as principais responsáveis pelo recente aparecimento de inúmeras doenças infecciosas no Estado. Especialistas acreditam que o avanço da doença tem sido facilitado pelo deslocamento de pessoas infectadas ou pela dispersão dos mosquitos ou outro hospedeiro ainda desconhecido.
Pergunto: Você mataria o seu anjo da guarda?
Artigo do doutor Júlio César Bicca-Marques, professor titular da Faculdade de Biociências da PUC/RS, grupo de Pesquisa em Primatologia.
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A "campanha", por enquanto, é somente deste atento professor da PUC. Mais um grave erro do governo tucano de Yeda Rorato Crusius, além de não combater o surto (inédito) de febre amarela no Estado, omite-se de esclarecer a população sobre o papel positivo do macaco bugio em nosso meio, alertando para que não haja matança de primatas, que estes devem ser protegidos uma vez que funcionam como sentinelas do vírus da febre amarela.
O senso comum precisa ser esclarecido que o bugio é tão vítima quanto o homem de governos irresponsáveis e negligentes com a saúde pública.
27 comentários:
Um doutor que coloca acento na palavra latina "habitat"?
E também deve pronunciar "hábitat". O que é outro erro grosseiro.
Esse "doutor" tem que voltar rápido para os bancos escolares.
Aqui em Soledade grupos de caçadores mataram mais de 100 animais achando que os mesmos que transmitiam a doença
Gustavo, do dicionário Aurélio:
hábitat
[Do lat. habitat, ‘ele habita’, poss. pelo fr. habitat.]
Substantivo masculino. Ecol.
1.Lugar de vida de um organismo.
2.Total de características ecológicas do lugar específico habitado por um organismo ou população. [Pl.: hábitats.]
Os bancos escolares te aguardam...
Quanto à matança de bugios, esperar o quê de um povo que vota na Yeda? Sirvam nossas façanhas...
E o professor de redação tirou zero... rsss
A culpa da matança é da Yeda. Huahuahuah......
PUT AKEP ARRRRREEEEUUUUUU!
Sim, a culpa é do governo Yeda.
Precisa fazer campanha nos meios de comunicação, jornais, rádios, tvs.
Combater a febre amarela e combater o medo das pessoas.
Isso é ação de governo. Ou de quem?
HABITAT não tem acento.
Aprendam!!!!!!!!
Habitat (dicionário Houaiss):
substantivo masculino de dois números
1 Rubrica: ecologia.
conjunto de circunstâncias físicas e geográficas que oferece condições favoráveis à vida e ao desenvolvimento de determinada espécie animal ou vegetal
2 Rubrica: ecologia.
tipo de ambiente caracterizado por um conjunto de condições bióticas e abióticas integradas
3 Rubrica: antropogeografia.
conjunto de condições de organização e povoamento pelo homem do meio em que vive
4 Derivação: por extensão de sentido.
local onde algo é ger. encontrado ou onde alguém se sente em seu ambiente ideal
Ex.: ao ser admitida na biblioteca, ela encontrou o seu h.
SEM ACENTO!!!!!!!!!!!
Me digam uma palavra latina com acento.
Só uma.
as rádios podem auxiliar nessa campanha informando a população rural sobre os macacos, que eles são vítimas e não os culpados da febre amarela. A rádio de Soledade poderia fazer isso JÁ!!!!
É um serviço de utilidade pública.
Depois da ambulanciaterapia, a febre amarela é só mais um dos sintomas do Deficit Zero, é o "novo jeito de governar".
Claudio Dode
http://www.flip.pt/Default.aspx?TabId=325&DID=3160
O substantivo habitat é uma palavra de origem latina que deriva da terceira pessoa singular do presente do indicativo do verbo habitare (habitar) e, como tal, tinha em latim a antepenúltima vogal longa, correspondendo a uma pronúncia como palavra esdrúxula ou proparoxítona. O Dicionário Aurélio propõe, inclusivamente, o aportuguesamento desta palavra sob a forma hábitat, acentuada graficamente, como todas as palavras esdrúxulas do português. Esta forma não é consensual e outros dicionários fazem propostas diferentes. O Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa, por exemplo, preconiza uma maior regularização da acentuação da forma habitat, considerando a palavra grave ou paroxítona, como a esmagadora maioria das palavras do português, com a pronúncia [abitáti] ou ainda com uma pronúncia da mesma forma gráfica como palavra aguda ou oxítona, com a pronúncia [abitá]. O Grande Dicionário Língua Portuguesa, da Porto Editora, indica a pronúncia [abi’tat] (a plica indica o início da sílaba acentuada). Nenhuma destas opções pode ser considerada incorrecta, uma vez que se trata de diferentes maneiras e/ou graus de aportuguesamento.
Agradeço a divulgação da campanha "Proteja seu Anjo da Guarda" e informo que, até o momento, ela conta com o apoio explícito das seguintes instituições:
- Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Porto Alegre;
- Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul;
- Faculdade de Biociências, Museu de Ciências e Tecnologia e Instituto do Meio Ambiente da PUCRS;
- Associação para Conservação da Vida Silvestre (CONVIDAS) de Passo Fundo;
- Programa Macacos Urbanos da UFRGS.
Também agradeço os esclarecimentos e a discussão acerca da grafia correta da palavra "habitat". Mas peço que não desviemos o foco da campanha: proteger os bugios da falta de informação da população e as pessoas da febre amarela.
Júlio César Bicca-Marques, PhD
Professor Titular
Faculdade de Biociências/PUCRS
Bem interessante a discussão. Mas enquanto ficar restrita a blogs e sites de pouco adianta.
O meio de comunicação que poderia facilmente atingir os matadores de bugios seria o rádio. Talvez a distribuição de panfletos ou algo parecido.
Abraço
Marcelo
em vez de atirar nos bugio tinha que dar um tirambaço era no rabo desses babacas que matam os mesmos. mas tb., esperar o que dum povinho ordinário desses, votantes da loca que são?
Muito importante disseminar isso, Cristóvão. Botei lá no meu blog com os devidos créditos.
Excelente artigo sobre o equívoco de matar bugios para conter a febre amarela.Este animal não é o único hospedeiro do vírus.
O vírus da Febre Amarela tem nos vertebrados, hospedeiros temporários e nos mosquitos, hospedeiros definitivos, onde se perpetua ao sobreviver por toda a vida do mosquito e ao infectar seus ovos, estendendo-se às próximas gerações do hospedeiro.Fonte desta informação: -World Health Organization. Yellow Fever.http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs100
Isto é que é Deficit Zero.
E até o coitado do Bugio está pagando a conta da febre Yedosa.
Claudio Dode
O post é realmente interessante. Mas não se compara a discussãp acerca da acentuação da palavra habitat. Afinal oq é a febre amarela em comparação a um acento gráfico???
Puxa, que injustiça! Como acusam a querida Yeda de se omitir de fazer algo pelo RS!! :-)
A melhor governadora da história do RS. :-)
Salve prof. Bicca-Marques!
Parabéns pela oportunidade do artigo.
Abç.
CF
PS: Sem dúvida, as rádios do interior têm um papel importante nesta campanha de esclarecimento e preservação do macaco bugio.
Passei por um bugiu morto hoje na BR 285. É culpa da Yeda que ele não seja habilitado para atravessar rodovias, principalmente aqui nos Campos de Cima da Serra.
A sinergia de um sociólogo e excelente blogueiro, com um biólogo excelente primatólogo não poderia deixar de resultar na melhor didática para protegermos nossos maiores patrimônios: o meio ambiente e os seres humanos.
Parabéns Bicca-Marques e Feil!
Vanner
Sim, nesses casos os governantes sempre são culpados. Se não tem competência para gerir o bem-estar público, que inclui o bem-estar dos animais, não deviam se habilitar a ser nossos "líderes". Da mesma forma, governantes que abrem estradas em área onde há grande circulação de animais deveriam, NO MÍNIMO, não habilitar os bugios, mas aumentar a proteção nas estradas (como se faz em quelquer país minimamente civilizado)e habilitar os seres humanos a usarem seus "magníficos" cérebros, de modo a não colocar em risco a vida de toda e qualquer coisa que considerem uma ameaça.
Lula
Lula!
Aquí em Vacaria não admitimos novas rodovias em meio aos bosques de bugios. Tem que ser tudo TÚNEL.
Que bom, Bugiu de Vacaria. Tunel é ótimo também pra marmota e toupeira.
Lula
Vejam só, se todos os bugios forem mortos, termindo assim com o primeiro hospedeiro do vírus, os mosquitos, em tese, não irão mais transmitir a doença dos macacos para seres humanos, e sim somente entre os seres humanos, que seria bem mais difícil de acontecer, já que praticamente todas as pessoas deverão ser vacinadas. Dá-lhe chumbo nos bugios...
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