E você ainda paga por isso?
No anúncio de sabonete do início do século 20, a menina branca chama o menino negro de sujo (dirty), e pergunta por que ele não se lava com o sabonete Vinólia (ilustração acima). O etos norte-americano tem um cacoete: sempre faz juízo moral sob a forma de perguntas impertinentes (observem nos filmes). Que tal o racismo explícito da peça publicitária?
No anúncio de sabonete do início do século 20, a menina branca chama o menino negro de sujo (dirty), e pergunta por que ele não se lava com o sabonete Vinólia (ilustração acima). O etos norte-americano tem um cacoete: sempre faz juízo moral sob a forma de perguntas impertinentes (observem nos filmes). Que tal o racismo explícito da peça publicitária?
O sabonete racista é fabricado pela multinacional Unilever, e está há quase oitenta anos no Brasil. Evidentemente eles escondem a intolerância sobre o qual estão assentados e graças a qual conquistaram a sua acumulação primitiva.
O consumidor precisa prestar a atenção sobre os produtos que adquire no mercado. Não só a validade e a sanidade das mercadorias, mas sobretudo as bases éticas sobre os quais a empresa se assenta. O filme "Olga" omitiu (foi produzido pela Globo), mas o livro no qual está baseado, do escritor Fernando Moraes, revela que a protagonista Olga Benário trabalhou como escrava dos nazistas numa fábrica da Siemens na Alemanha. A Siemens, multinacional alemã de tecnologia e produtos eletrônicos, turbinas, etc. Empregava escravas brancas sob a supervisão do regime hitlerista. Que edificante, não?
E assim existem inúmeros e incontáveis casos. A Nike que compra (ou comprava) de fornecedores que usam mão-de-obra infantil na Ásia. As empresas chinesas que exigem jornadas de 14/16 horas de trabalho por míseros 2 dólares, operando seis dias por semana, em alojamentos como reclusos.
A Nestlé multinacional suíça que sempre fez propaganda contra o aleitamento materno, especialmente nos países do Hemisfério Sul.
Sem esquecer as empresas que adquirem papel e celulose da Aracruz, Stora Enso, etcetera, em suas embalagens e produtos, sabendo-se que tais fornecedores contribuem para a desertificação a médio prazo de 25% do território do Rio Grande do Sul, e não hesitam em arruinar a paz de tradicionais comunidades indígenas e quilombolas no Espírito Santo. Procure saber a origem do papel/embalagem que você está consumindo. É muito importante.
Agindo inconscientemente e de forma irresponsável, você/nós podemos estar contribuindo para devastar uma parte do ambiente natural, ou ajudando a exterminar comunidades autóctones tradicionais, ou auxiliando na escravização de seres humanos, ou abreviando a infância e a adolescência de crianças e jovens.
Ou o pior, pagando para a continuidade de um mundo opressivo, sem autonomia e liberdades.
[Fiquemos atentos, a lista é enorme. Daria para escrever um livro volumoso sobre as empresas dissimuladamente anti-sociais em nosso meio.]
O consumidor precisa prestar a atenção sobre os produtos que adquire no mercado. Não só a validade e a sanidade das mercadorias, mas sobretudo as bases éticas sobre os quais a empresa se assenta. O filme "Olga" omitiu (foi produzido pela Globo), mas o livro no qual está baseado, do escritor Fernando Moraes, revela que a protagonista Olga Benário trabalhou como escrava dos nazistas numa fábrica da Siemens na Alemanha. A Siemens, multinacional alemã de tecnologia e produtos eletrônicos, turbinas, etc. Empregava escravas brancas sob a supervisão do regime hitlerista. Que edificante, não?
E assim existem inúmeros e incontáveis casos. A Nike que compra (ou comprava) de fornecedores que usam mão-de-obra infantil na Ásia. As empresas chinesas que exigem jornadas de 14/16 horas de trabalho por míseros 2 dólares, operando seis dias por semana, em alojamentos como reclusos.
A Nestlé multinacional suíça que sempre fez propaganda contra o aleitamento materno, especialmente nos países do Hemisfério Sul.
Sem esquecer as empresas que adquirem papel e celulose da Aracruz, Stora Enso, etcetera, em suas embalagens e produtos, sabendo-se que tais fornecedores contribuem para a desertificação a médio prazo de 25% do território do Rio Grande do Sul, e não hesitam em arruinar a paz de tradicionais comunidades indígenas e quilombolas no Espírito Santo. Procure saber a origem do papel/embalagem que você está consumindo. É muito importante.
Agindo inconscientemente e de forma irresponsável, você/nós podemos estar contribuindo para devastar uma parte do ambiente natural, ou ajudando a exterminar comunidades autóctones tradicionais, ou auxiliando na escravização de seres humanos, ou abreviando a infância e a adolescência de crianças e jovens.
Ou o pior, pagando para a continuidade de um mundo opressivo, sem autonomia e liberdades.
[Fiquemos atentos, a lista é enorme. Daria para escrever um livro volumoso sobre as empresas dissimuladamente anti-sociais em nosso meio.]
5 comentários:
Excelente, Feil. Meus parabéns pela sacada.
Abraço
C&A que utiliza o trabalho escravo de bolivianos como costureiras (os)aqui no Bom Retiro em Sampa.
armando
O brasileiro ainda precisa aprender muito sobre o significado do conceito de cidadania.
Centenas de luas passarão para que ele avance um pouco mais.
Ai meu cigarrinho...
ainda bem que o meu vinhozinho não anda metido em coisas feias...
Por enquanto...
armando
Postar um comentário