Fusão BrT/Oi será lesiva ao usuário de telefonia
O jornal Zero Hora, do grupo RBS, faz uma interpretação particular e tendenciosa do relatório de Aristóteles dos Santos, ouvidor da Anatel (ver post abaixo). Afirmou em manchete hoje que o ouvidor é plenamente a favor da megafusão Brasil Telecom e Oi.
ZH, conseqüente com o mau jornalismo que pratica, distorce o pensamento do ouvidor. Todo o texto do relatório aponta duras críticas às privatizações das telecomunicações e ao fatiamento do antigo Sistema Telebrás, chegando a propor uma empresa nacional robusta (ele não chega a afirmar que essa empresa seria estatal, mas também não afirma que seja o resultado da fusão Oi/BrT) para reacomodar o setor em bases que convirjam mais com os interesses nacionais, com a pesquisa e a tecnologia brasileira. Se Aristóteles dos Santos passa o relatório inteiro criticando o monopólio regional das teles, como irá aceitar a fusão BrT/Oi, que constituirá não mais um monopólio regional, mas nacional?
A fusão da Brasil Telecom com a Oi é deletéria e lesiva para os interesses do consumidor/usuário da telefonia no Brasil. Irá verticalizar mais ainda o setor, trazendo apenas benefícios corporativos ao novo conglomerado de telefonia, praticando preços abusivos, serviços sofríveis e inobservância no atendimento a áreas remotas, carentes ou deficitárias de infraestrutura. A fusão atenderá somente o aspecto corporativo e tecnológico, e não há nenhuma garantia de que o usuário será beneficiado com o mega business, haja vista as críticas pertinentes e corretas da ouvidoria da Anatel, ratificando o que já se sabia, qual seja: a própria Anatel é inútil e impotente para fazer cumprir as normas e resoluções do setor e o próprio código de defesa do consumidor brasileiro.
Se a Anatel é impotente para coibir abusos com os atuais monopólios regionais, imagine-se a sua fragilidade para com o monopólio nacional que resultará da fusão BrT/Oi.
O jornal Zero Hora, do grupo RBS, faz uma interpretação particular e tendenciosa do relatório de Aristóteles dos Santos, ouvidor da Anatel (ver post abaixo). Afirmou em manchete hoje que o ouvidor é plenamente a favor da megafusão Brasil Telecom e Oi.
ZH, conseqüente com o mau jornalismo que pratica, distorce o pensamento do ouvidor. Todo o texto do relatório aponta duras críticas às privatizações das telecomunicações e ao fatiamento do antigo Sistema Telebrás, chegando a propor uma empresa nacional robusta (ele não chega a afirmar que essa empresa seria estatal, mas também não afirma que seja o resultado da fusão Oi/BrT) para reacomodar o setor em bases que convirjam mais com os interesses nacionais, com a pesquisa e a tecnologia brasileira. Se Aristóteles dos Santos passa o relatório inteiro criticando o monopólio regional das teles, como irá aceitar a fusão BrT/Oi, que constituirá não mais um monopólio regional, mas nacional?
A fusão da Brasil Telecom com a Oi é deletéria e lesiva para os interesses do consumidor/usuário da telefonia no Brasil. Irá verticalizar mais ainda o setor, trazendo apenas benefícios corporativos ao novo conglomerado de telefonia, praticando preços abusivos, serviços sofríveis e inobservância no atendimento a áreas remotas, carentes ou deficitárias de infraestrutura. A fusão atenderá somente o aspecto corporativo e tecnológico, e não há nenhuma garantia de que o usuário será beneficiado com o mega business, haja vista as críticas pertinentes e corretas da ouvidoria da Anatel, ratificando o que já se sabia, qual seja: a própria Anatel é inútil e impotente para fazer cumprir as normas e resoluções do setor e o próprio código de defesa do consumidor brasileiro.
Se a Anatel é impotente para coibir abusos com os atuais monopólios regionais, imagine-se a sua fragilidade para com o monopólio nacional que resultará da fusão BrT/Oi.
6 comentários:
ZH tem uma visão estreita das coisas. Raciocina em termos de um poderoso anunciante que pode resultar da fusão.
Não há interesse público, neste caso, há interesse privado travestido de mínimas e bem disfarçadas noções públicas e universais.
A fusão das duas empresas passa por cima da regionalização do território nacional levado a efeito quando dos leilões de áreas. O Estado fica algemado diante do interesse negocial de dois players. O governo Lula não tem culhões para impedir esse negocião. As teles mandam e desmandam no País, com esse faturamento de 80 bi de dólares, não tem Anatel, ministério, ministro, Planalto, não tem prá ninguém. Eles mandam e estamos conversados, o interesse público que se exploda e o consumidor idem.
Quem controla a BrT são os fundos de pensões das estatais (previ, funcef, petrus etc.) que tem grande participação na Oi. Quem controla a Oi é o BNDE. Existem sócios privados no capital das duas empresas, mas quem dá as cartas são as estatais. Essa fusão depende exclusivamente da vontade do governo do PT (que controla o fundo de pensão das estatais e as diretorias do BNDE). Essa fusão depende do PT e apenas do PT.
O PT é uma figura abstrata, irreal, um acordo entre indivíduos. Quem decide são atores sociais, portanto o PT não decide nada.
fundos de pensão aqui e em Marte são por definição jurídica e econômica entidades privadas.
PRIVADAS, seu Maia. Tenha por favor um mínimo de honestidade ao vir aqui, onde ninguém é analfabeto funcional.
Fundos de pensão de estatais são instituições privadas, mas controladas por gestores indicados pelo Estado, pelo governo, pelo partido que ocupa o governo.
Vale a pena ler:
http://conversa-afiada.ig.com.br/materias/473501-474000/473877/473877_1.html
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