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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Embargo a Cuba é ilegítimo, diz Amorim na reunião da ONU


O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, condenou hoje (23), na abertura da 65ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, o bloqueio a Cuba em vigor há 38 anos por imposição dos Estados Unidos. Amorim chamou o embargo de “ilegítimo bloqueio”. A informação é da Agência Brasil.

Recentemente o presidente de Cuba, Raúl Castro, anunciou a demissão de mais de 500 mil funcionários públicos e a abertura econômica na tentativa de conter as dificuldades no país.

O bloqueio a Cuba envolve restrições econômicas, financeiras, políticas e diplomáticas. De acordo com o governo cubano, as medidas se tornaram mais intensas nos governos norte-americanos dos presidentes Bill Clinton, George W. Bush e agora de Barack Obama. Os cubanos reivindicam, inclusive, que filiais estrangeiras de empresas dos Estados Unidos negociem com Cuba.

No último fim de semana, antes de seguir para os Estados Unidos, Amorim esteve em Cuba. Em Havana, o chanceler se reuniu com o presidente Raúl Castro e várias autoridades cubanas. Nas conversas, o ministro disse que o Brasil está disposto a intensificar as parcerias com o país.

Uma das ideias é repassar a experiência e o conhecimento sobre desenvolvimento de pequenas e médias empresas, para diminuir o número de informais na economia de Cuba. Amorim costuma afirmar que o diálogo próximo e permanente entre Cuba e Brasil permite que os brasileiros sejam interlocutores diferenciados na busca do fim do bloqueio ao país.

No último dia 17, o ministro das Relações Exteriores de cubano, Bruno Rodríguez Parrilla, acusou Obama de reforçar o embargo. Segundo o chanceler, as severas restrições fizeram Cuba acumular, ao longo dos anos, um prejuízo de US$ 751,3 bilhões.

Parrilla se queixou de que o embargo impede Cuba de “exportar e importar” bens e serviços livremente. De acordo com ele, o país tem limitações para negociar utilizando como moeda o dólar, assim como não pode usar bancos estrangeiros nem acesso ao crédito de instituições norte-americanas.

Foto acima: vista aérea da capital cubana, Havana.

8 comentários:

Carlos Eduardo da Maia disse...

O regime cubano faliu por problemas intrínsecos. Impossível uma sociedade de servidores públicos dar certo no mundo que estamos embutidos. O socialismo cubano tem preconceito contra a atividade econômica que deve ser parceira do estado, porque gera emprego, renda e paga impostos. A dinastia Castro governo Cuba há 50 anos e mantém os cubanos na mais completa pobreza. O que adianta dar educação (ideologizada!) e saúde (precária) se o povo cubano não tem a liberdade de opção econômica e política. Os embargos à Cuba não impede a ilha de Fidel fazer contratos com empresas de outros países. As empresas espanholas operam os marivilhosos resorts, onde cubanos não podem se hospedar, apenas estrangeiros. O embargo americano à Cuba serve apenas para uma coisa: desculpa esfarrapada da mídia estatal e oficialista sobre para justificar as mazelas. Cuba faliu e a culpa não é dos embargos, mas do modelo estatal. E Amorim é o perfeito idiota latino americano.

Prieb disse...

Vc não é nem original Maia. Primeiro copia o nome da literatura de Eça e dpois copia o título de um libro do argas Llosa filho, "O perfeito idiota latinoamericano".

Quer conhecer uma sociedade de servidores públicos? A China tem quase 1 bilhao de servidores públicos estatais e é a economia líder do mundo, seu idiotinha mundial. Portanto seu argumento sobre Cuba não bate com a realidade.

Anônimo disse...

Chega a ser engraçado um pobre coitado, desesperado, desfiando impropérios a torto e a direito, até contra o Amorim, que só o que fez foi defender o direito internacional. Será que isso é idiota? Ele está dizendo que o embargo fere as normas internacionais, as resoluções da ONU, ou seja, a lei, que de comunistas nada tem.
Mas a desonestidade intelectual (sic) e a idiotia interplanetária dos Maias os impedem de abordar o assunto do post.
Isso nada tem a ver com o regime cubano. Caso contrário, haveria embargos à Arábia Saudita, a Honduras, etc.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Prieb, não sou contra o serviço público. Acho essencial em qualquer tipo de sociedade, sobretudo para a população de baixa renda. Mas tudo sem seu limites. O modelo cubano é essencialmente de serviço público e por isso 10% dessa mão de obra vai ser demitida até o início de 2011 e o critério de escolha da demissão vai ser moral ou ideológico. Em outras palavras, os companheiros ficam. Existe uma diferença muito grande entre o modelo chinês e cubano. A China é um pais de capitalismo de estado. As empresas chinesas podem ter gestão e sócios privados, mas metade da participação acionária é estatal. A empresa chinesa é uma espécie de sociedade de economia mista. Em Cuba o particular não pode ser administrador de empresa ou sócio, somente o estado.
Não concordo com nenhum desses dois modelos, porque acho que o empresário tem de ser parceiro e não sócio do estado.

luciano disse...

Maia, idiota latinoamericano és tu. Um idiota "mais que perfeito".

Não negas tua cabeça de colonizado e não pára de lamber o saco de uma gente que não pára de produzir um pensamento caduco, atrasado (mas com roupagem mais que moderna).

Horário_ disse...

maia, faça-me um favor. visite cuba ante de falar merda.

Jefer disse...

Não tiro a razão do Amorim quanto ao Embargo, que persiste hoje mais por birra do que por qualquer motivação racional.

Mas o que me impressiona é que Cuba ainda seja modelo de alguma coisa para alguns. Ditadura é ditadura, seja ela de direita ou de esquerda.

Nelson disse...

O que os empresários - os grandes - mais gostam é de se tornarem sócios do Estado. Assim, empurram para a sociedade os custos e embolsam os lucros.
No popular, podemos dizer que o Estado entra com a picanha e o filé e os grandes empresários, que adoram ser chamados de empreendedores, entram com o par de beiço e a dentadura, como diz meu já nonagenário pai.

Na verdade, naquilo que chamam atualmente de democracia - quase sem exceção - são os grandes empresários mesmos que se elegem, ou financiam seus candidatos, para os parlamentos e governos. Uma vez eleitos, passam a controlar o aparato estatal em seu benefício.

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