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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Secretária Hillary avalia os recentes progressos do Brasil


E elogia a política de arrecadação do País

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, disse hoje (6) que "não é por acaso que o Brasil está crescendo" e citou a carga tributária como um dos fatores que contribui para os recentes progressos do país.

Em discurso na 40ª Conferência das Américas, em Washington, Hillary disse que em muitos outros países da região a relação entre a arrecadação de impostos e o PIB (Produto Interno Bruto) está entre as mais baixas do mundo, o que é "insustentável".

"Tenho conversado com meus colegas no continente e com chefes de Estado e de governo sobre a necessidade de aumentar a arrecadação dos governos. E isso é apenas outra maneira de dizer impostos", afirmou a secretária, diante de ministros e diplomatas dos países latino-americanos, dos Estados Unidos e do Canadá.

"Se olharmos para a relação entre arrecadação e PIB no Brasil, é uma das mais altas do mundo. Não é por acaso que o Brasil está crescendo e que está começando a reduzir as desigualdades em sua sociedade. E é uma sociedade grande e complexa. Mas eles estão fazendo progressos", acrescentou.
"É uma política que vem de várias décadas e que tem sido seguida com grande comprometimento e está dando certo", concluiu Hillary.

As declarações da secretária de Estado contrastam com as críticas comumente feitas à carga tributária no Brasil, que ficou acima de 35% do PIB em 2009 - a maior na América Latina e uma das mais altas do mundo.

Há anos se discute a necessidade de uma reforma fiscal e tributária no país, a fim de reduzir a carga tributária.

O próprio representante brasileiro no encontro em Washington, o secretário-geral de Relações Exteriores, Antonio Patriota, pareceu surpreso com a declaração da secretária.

"Foi interessante ouvir a secretária Clinton dizer que uma das vantagens do sistema brasileiro é uma taxa de arrecadação muito alta na comparação com outros países", disse Patriota, em seu pronunciamento, após a secretária já ter deixado a reunião.

"Isso não é necessariamente visto como uma vantagem pelo público brasileiro. Muitos no Brasil pensam que devemos simplificar os impostos", afirmou. A informação é da BBC Brasil.

2 comentários:

Anônimo disse...

Cristóvão,

Viste a notícia no Uol sobre a circulação de um folheto pró-TFP em reunião da cúpula do PSDB? (Provavelmente o empregado do PIG que noticiou isto vai tomar um "gancho" na empresa por ter veiculado notícia que pode prejudicar a campanha do "candidato dos homens bons").
Este é o nível desse grupo que está por trás da candidatura Serra (e do próprio): é a ultra-direita querendo voltar ao poder.

http://uolpolitica.blog.uol.com.br/arch2010-10-03_2010-10-09.html#2010_10-06_18_29_50-9961110-0

Carlos

Anônimo disse...

Elogios vindos do país que tem histórico de intervenções autoritárias em todos lugares do mundo e que trata a América Latina como quintal me preocupam. O fato de a carga tributária brasileira ser alta não significa, necessariamente, uma distribuição de renda mais efetiva. Pobre no Brasil paga, proporcionalmente, mais imposto do que qualquer bilionário que tem patrimônio fruto de especulação financeira, graças ao elevado imposto embutido em produtos de consumo básico e à ausência de uma taxação de fortunas eficaz. é necessária sim uma reforma tributária que possibilite uma maior distribuição de renda num dos países de maior desigualdade social do mundo.

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