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quarta-feira, 3 de novembro de 2010
O cara que rompeu com o neoliberalismo na Argentina
Nas imagens produzidas pela Casa Rosada, emociona a multidão que acompanhou o esquife com o corpo de Néstor Kirchner até o aeroparque Jorge Newbery (próximo à zona portuária de Buenos Aires), no dia 28 de outubro último. Para acentuar o drama do luto nacional, especialmente das classes populares, chovia sobre Buenos Aires, naqueles momentos.
Néstor Kirchner foi o sujeito que corta o laço (carnal) com o neoliberalismo na Argentina, depois dos assassinatos, desaparecimentos, torturas, saques contra o Estado, roubos institucionais e toda a sorte de desmonte do Estado e sua capacidade de impor políticas públicas que promovam condições menos desiguais de existência. Sem entrar no mérito das condições objetivas de poder do casal K, suas insuficiências, debilidades e corrupção mesmo, o fato é que Néstor Kirchner logrou romper com as oligarquias, enfrentou-as e preparou uma ordem democrática que não esqueceu de acertar contas com o passado do terrorismo de Estado, protagonizado pela terrível aliança entre os militares e as elites brancas conservadoras e regressistas.
A morte de Kirchner, não à toa, foi pouco comentada no Brasil. A corrida eleitoral ajudou a turvar o já permanente boicote da mídia brasileira à realidade da América Latina, especialmente se esta realidade estiver acontecendo no contrapelo dos interesses destas mesmas elites brancas. Nós mesmos, aqui no blog, não pudemos tratar do fato como gostaríamos. Por isso, esse pequeno, mas importante, resgate do fato relevante ocorrido nestas últimas semanas.
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Um comentário:
Excelente post, Feil.
Como excelente também está o texto do jornalista e escritor argentino, Mempo Giardinelli, em http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=17134.
Mempo afirma, entre outras coisas:
"De maneira que, sem justificar o desvio de um centavo sequer, nesta hora é preciso lembrar a nação inteira que ninguém, mas ninguém, e nenhum presidente desde, pelo menos, Juan Perón, entre 46 e 55, produziu tantas e tão profundas mudanças positivas para a vida nacional.
A ver se alguém pode dizer o contrário.
De maneira que estes são os méritos deste zarolho fraco, descarado, contraditório e de andar lateral, como os pingüins.
Sim, escrevo isso dolorido e com medo, nesta fodida manhã de sol, e desolado também, como milhões de argentinos, um pouco por este homem que Estela de Carlotto acaba de definir como “indispensável” e outro poço por nós, por nosso amado e pobre país."
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