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segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Yedismo de fracassos liquida emissoras públicas


Funcionários da TVE e da FM Cultura denunciam descaso

Funcionários da TVE e da FM Cultura denunciam que o governo do estado vai extinguir as emissoras. O prédio é ocupado pela TVE e FM Cultura há 30 anos e pertence ao INSS. O governo do estado encaminhou um ofício para o INSS, ainda na semana passada, afirmando que não teria interesse na aquisição do imóvel. Alexandre Leboutte, que representa os funcionários no Conselho Deliberativo da Fundação Piratini, gestora das duas emissoras, afirma que em 2008, o estado não mostrou interesse em realizar uma permuta com o INSS por cinco anos. Na ocasião, o governo do estado ficou de encaminhar uma lista para o governo federal, determinando em quais imóveis poderiam ocorrer essa permuta, mas esse documento não foi feito.

De acordo com Leboutte, em dezembro, o INSS manifestou o interesse de alienar o imóvel e o governo do estado não comprou o prédio. Leboutte afirma que até 31 de março de 2010, o estado vai desocupar o imóvel, mas não decidiu onde vai instalar as duas emissoras.

“Dado o histórico de atuação desse governo nas emissoras, que é um histórico de sucateamento, de precarização do funcionamento das emissoras, nós achamos que a saída da TVE e da FM Cultura dos prédios que ocupam é o início do passo mais radical de desmonte da Fundação (Piratini). Por causa da maneira que eles tratam a programação, os equipamentos, a falta de manutenção, a falta de reposição. Então, a gente acha que se não extinguir a TV e a Rádio, elas não serão mais as mesmas no novo local que a governadora quer instalar. E, se fosse tão bom esse local, não teria tanto segredo, pois até agora ninguém sabe em qual prédio será instalado”, explica.

O estado não realiza concurso público para funcionários da TVE desde 2001. Conforme Leboutte, muitos dos trabalhadores já saíram e a metade dos funcionários são cargos de confiança do governo. A informação é da Agência Chasque.

3 comentários:

Abel disse...

O que me enoja, é a sordidez dessa gente.
Todos sabemos que a agenda deles é desmontar o Estado, vender o que dá lucro, e ir vivendo de licitações fraudadas ou dirigidas enquanto não vem o mágico momento futuro de diminuir a carga tributária.
Eles acreditam piamente que jogando o distinto público na mão do ensino e da saúde privadas eles estão fazendo um favor à economia, e que se o governo fechasse as portas seria o melhor para todos.
Pois bem: a sordidez, a falta de honestidade intelectual, é não declarar isso em alto e bom som, é vender a fachada de boa administração ao mesmo tempo que negam que no fundo tem nojo disso tudo, que vão desmontar o que puderem e tirar suas lasquinhas enquanto fazem isso.
Temos esses demolidores eleitos sob um falso programa eleitoral a praticar um estelionato contra o Rio Grande.
Não foram eleitos para isso.

Milton Ribeiro disse...

Os nomes EDUCATIVA e CULTURA devem ser apavorantes para este governo de opereta.

revista o Viés disse...

Uma pena que a governadora do estado dê esse tratamento a tal Fundação que em anos tem colocado o Rio Grande do Sul para se autoreconhecer. Nomes como Ivete Brandalise não podem ser assim tão rapidamente "descartados" de uma função pública tão honrosa.
Uma pena, uma pena.

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