A alegação do governo
dilmo-lulista para os leilões dos aeroportos é conhecida:
1) Que não tem
dinheiro do orçamento para ampliar e modernizar aeroportos
2) Que são apenas
concessões e não privatizações
3) Que não houve
alienação do patrimônio público
4) Que é uma forma de
esvaziar o domínio dos militares na aviação civil brasileira
Porém, sabe-se que:
1) Inúmeras máfias
adquiriram ou estão adquirindo aeroportos no mundo todo (menos nos
EUA, onde aeroporto é considerado zona de segurança nacional
intocável).
2) Em Ezeiza, o caso é
conhecido, uma protomáfia comprou o aeroporto e fazia/faz toda a
sorte de contrabando e bandalheira (inclusive de armas, vide o caso
da morte do filho do Menem).
3) No caso de
Guarulhos, o custo anual da outorga (tipo aluguel) é de 800 milhões,
e o faturamento não chega a 500 milhões.
4) Como os sulafricanos
da Acsa (estatal da África do Sul, vencedores do leilão) mais o
consórcio Invepar (reunião dos fundos de pensão do BB, Caixa e Petrobras) irão
equilibrar a contabilidade e ter lucros operacionais (dentro da lei)?
5) Eis, pois, uma porta
escancarada para toda a sorte de atividade criminosa.
6) Por que o BNDES
(banco público) financia mais de 50% do crédito para pagar o
leilão?
7) Os companheirinhos
sindicalistas (sempre eles), que têm interesses nos fundos de pensão
das estatais, fomentaram tudo isso com o objetivo de autogarantir mais
poder econômico, aliados a bancos privados que também estão por
trás das engenharias de negócio dos investidores nominais do
business airport.
6 comentários:
O governo Dilma segue a mesma política de privatização do governo FHC: coloca no meio o BNDES e os (nebulosos) Fundos de Pensão das Estatais. Foi exatamente assim o que aconteceu com os leilões das telefonias.
Nem sempre o aeroporto privatizado funciona melhor do que o estatal e vice-versa.
O fato é que não cabe ao estado (que tem muito o que cuidar e fiscalizar) ficar administrando aeroportos. O estado tem é que regular, fazer um contrato que exiga do parceiro todas as contrapartidas necessárias para que o serviço seja realmente bom e fiscalizar.
Outra coisa que não entendi. por que não colocaram o super esculhambado Galeão no meio?
Levantar a bola pro Maia é dose!
Concordo com os gringos, aeroporto é assunto de segurança nacional e, portanto, o Estado tem que gerí-lo.
Repito com outros: não me engano, privataria é coisa de tucano!
armando do prado
Pois é...
este texto tem um pouco a ver com "Esquerda social e esquerda política", do Raul Zibechi, que enviei ao blog por estes dias. A cúpula sindical estatal (e que ainda se diz de esquerda!) que controla os fundos de pensões do BB, CEF e Petrobrás, nesse caso se junta a companhias nada recomendáveis nos leilões de aeroportos. Bueno, depois de saber que esses fundos tem importante participação acionária em Belo Monte e na Vale, exemplos de "sustentabilidade", não duvido de mais nada.
Renzo
Bem lembrado.
Está acontecendo no porto de Santos. Dividiram e repartiram os armazens e os cais entre meia dúzias de empresas. Entre elas a Santos-Brasil de Daniel Dantas. E deram de graça um enorme trecho (perto de Cubatão)para a Usiminas.
O que ocorre nestes cais e armazens? Ninguém sabe. Chegam coisas da China? Armas de Israel? Ninguém sabe.
Tudo o que as máfias querem é um aeroportozinho e/ou um portinho seguro.
E os compadritos sindicalistas estão dando a elas.
Maravilla!
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