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Surf no lixo contemporâneo: a que ponto chegamos! E que mundo deixaremos de herança para Keith Richards?
domingo, 22 de maio de 2011
Espanha Insurgente
Um fenômeno sóciopolítico novo já havia se manifestado nas insurgências (é prematuro classificá-las de "revoluções") dos países árabes, agora parece se repetir na Espanha: a forma partido exibe o esgotamento quase definitivo. Todo o espectro partidário dá mostras de comprometimento com o sistema. A multidão repele a liderança de partidos que já não têm mais nada a dizer. Novas formações orgânicas de ocasião se criam, garantindo apenas que nada está garantido.
Preocupa, neste caso, é a quase ausência de discurso político. Estamos diante de ação pura. Uma práxis sem lexis, sem fala.
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7 comentários:
Talvez haja aí sim um discurso político incipiente que não conseguimos ouvir porque não se encaixa nas nossas categorias do que seja um 'discurso político'. Veremos.
É, Cristovão, a coisa está esquisita: o PP voltou com toda a força, pelo visto, ao poder na Espanha. Revolução pelo Facebook? Sei...
Espanha insurgente?
Será mesmo?
Milhares de pessoas -- embaladas pelo twitter e facebook -- vão às ruas para protestar contra a política.
Resultado:
O Partido Popular -- de centro direita -- ganha as eleições.
Talvez a grande revolução dos nossos tempos esteja ocorrendo na Bélgica -- que está há mais de um ano sem governo -- quem dirige o país são os técnicos.
Tem democracia de dois partidos que parece ditadura com duas pernas, ambas levam por diante outros braços, outros olhos, outras bocas, outras cabeças, outros rins e intestinos; um coice de direita e outro de "esquerda", um chute "republicano" e outro "democrata", aos trancos e barrancos, aos saltos, sobressaltos, saltos altos e assaltos.
Tem democracia de dois partidos que parece ditadura com duas pernas, ambas levam por diante outros braços, outros olhos, outras bocas, outras cabeças, outros rins e intestinos; um coice de direita e outro de "esquerda", um chute "republicano" e outro "democrata", aos trancos e barrancos, aos saltos, sobressaltos, saltos altos e assaltos.
Será mais complicado revolucionar pelo Facebook, na medida em que o mundo só sabe pensar e vencer revoluções pela força das armas. Eu, desde já temo que aqueles que não creem agora, mais tarde aderirão por convencimento, mas porém somente agirão como se houvesse apenas aquela antiga revolução sem Facebook.
E, depois de falharem, junto com todos, e pela adesão tardia, passarem o resto da vida dizendo que sabiam que não daria certo.
Cínicos!
a "spanish revolution" caiu no colo da direita.
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