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Surf no lixo contemporâneo: a que ponto chegamos! E que mundo deixaremos de herança para Keith Richards?

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Bimbalham os badalos da cristandade!



Uma criação do Terry Gilliam (ex-Monty Python), no seu velho e original ofício de animador surreal da vidinha pequeno-burguesa.

8 comentários:

Ary disse...

Falar sobre a Coréia do Norte está na moda, pelo visto. Dizem que é o regime mais fechado do mundo, porém, dele a mídia tudo sabe. Eu tive um professor de história (no saudoso segundo grau) que, por insuficiência intelectual, recorria a um expediente: contava fatos pitorescos sobre as personagens da história (quem traía quem, quem matou quem, os hábitos higiênicos de outros, etc). Nós achávamos a maior graça e adorávamos as "aulas de história". Bem comparando, muitos são os especialistas que se graduaram em "história da Coréia do Norte". Utilizando o mesmo método do meu antigo professor, replicam fatos pitorescos sobre a vida pessoal e pública dos mandatários da Coréia do Norte. Falam com conhecimento de causa. Isso, no regime mais fechado do mundo! A não ser pelo ufanismo (explicável), concordo em gênero, número e grau político com a nota do PCdoB (embora ache que Manuela, Frisson e outros estejam a quilômetros do entendimento do que seja socialismo, comunismo, etc.). Agora o "mundo discute" a sinceridade do pranto dos coreanos. Duas são as vertentes conclusivas (daqueles que tudo sabem sobre a CN): se o pranto é verdadeiro, é fruto de levagem cerebral;se o pranto é falso, é por que a polícia vigia quem está ou não chorando. Estive pensando: talvez a lavagem cerebral seja feita através da água, já que 100% da população recebe-a na forma tratada. Por outro lado, a lavagem cerebral pode se dar nas escolas, já que 99% da população é alfabetizada. Temos uma terceira opção: auqele povo que aparece chorando não deve ser da CN, afinal, estão muito bem vestidos e nutridos. E, como todos nós sabemos, o povo coreano está morrendo de fome. São atores! Eu de minha parte, gostaria que cada continente tivesse, pelo menos, umas dus Coréias do Norte. Garanto que as incursões de um certo exército ficariam bem mais difíceis.

SBENTENAR disse...

OPS !!! Pintou censura no blog!! que peninha!!! Foi um comentário sobre a foto legenda.

Tupamaro disse...

Parabéns Ary, você foi direto no xis da questão. Nos tempos da URSS acontecia o mesmo, lá nada prestava. Era o inferno na Terra( o império do Mal segundo o patético Reagan). E muita gente acreditou e continua acreditando nesta lavagem cerebral do império estadunidense, replicada ao quatro ventos pelo PIG mundial. O curioso é que o país onde nada prestava é que garante, hoje, o transporte dos astronautas estadunidenses à estação espacial internacional. Se não fosse a tecnologia aerosespacial da antiga ex-URSS eles ficariam na Terra assistindo seus companheiros do resto do mundo trabalhar na dita estação.
E quanto a sucessão por consanguinidade, numa badalada "democracia" isto também ocorreu, vide os Bush. E não duvidem que amanhã ou depos outro rebento da família Bush (Jeff Buss, p. ex.) venha a se tornar presidente da incensada "democracia" estadunidense. Lógico, os mais fervorosos defensores da decantada "democracia", dirão em alto e bom som: "mas lá foi no voto". Todos nós sabemos que tipo de voto, Albert Gore Jr que o diga.

Ary disse...

Pois é, amigo Tupamaro... Veja o modelo político-eleitoral dos EUA. Há mais de 200 anos, dois partidos - e somente dois -, ambos de direita, se alternam no poder. Em nada diferem um do outro, a não ser em insignificantes divergências fiscais e tributárias. Lá, o poder não passa de "pai para filho", mas, pior, se reveza dentro de uma lógica perversa que impede a eleição de qualquer pessoa que, minimamente, tenha algum viés de esquerda. Para termos uma idéia, Obama, ao sinalizar com a implantação de um plano de saúde para os pobres, foi acusado de socialista (a pior ofensa que um político estadunidense pode sofrer). Bem lembrado o golpe que Al Gore sofreu com o protagonismo da Suprema Corte (modelo de Justiça, segundo o PiG). Pois não é que os cínicos estão a criticar Putin, acusando-o de fraude eleitoral? Podemos concluir, então, que nos EUA o facismo deu certo. O triste é que eles vendem aquilo como sendo democracia. O lamentável é que há quem compre. Te desejo um frugal Ano Novo (o meio ambiente não suportaria a enorme quantidade de prosperidade que uns desejam aos outros). abç.

Rocco disse...

É incrível como sobrevive o stalinismo mais tosco, coveiro do socialismo. Será que todo mundo que acha que as pessoas têm direito a liberdade de expressão, escolher seus líderes, ler o que quiserem, etc, são admiradoras da 'democracia' ocidental e do capitalismo? Vocês dois reproduzem exatamente o raciocínio "império do mal" do patético Reagan. Daqui a pouco vão discorrer sobre as qualidades do regime dos camaradas do Khmer Vermelho, esses injustiçados...

Kim Jong Il, mais um guia genial dos povos!

Nelson disse...

A propósito do regime político-eleitoral dos EUA, citado pelos comentaristas, um certo Vladimir Ilitch Lenin, no livro "O Estado e a Revolução", engendrou uma definição bem sugestiva para que vem a ser a tal da democracia burguesa:
"A democracia burguesa é o regime no qual você está autorizado a escolher, entre os representantes da classe dominante, aquele que vai te oprimir e explorar pelos próximos três ou quatro anos"

Nelson disse...

Mas, a propósito dos Estados Unidos: que bela democracia, hein?
Fazendo uma pequena retrospectiva;somente dos anos 1980 em diante.
Os yankees estavam de “saco cheio” com os 12 anos de presidentes republicanos, Reagan e Bush pai, e resolveram se utilizar do tão alardeado direito a ter uma opção, que, dizem, só as democracias burguesas oferecem: escolheram um democrata, Clinton, para os oito anos seguintes.
Aí, já estavam “até o pescoço” com o democrata e resolveram, uma vez mais, usufruir do direito de escolha, elegendo um rebublicano, o Sr Bush filho. Quatro anos depois, por uma “nova opção”, votaram, a maioria, no democrata, Gore. Mas, o republicano, Bush filho, acreditava que era cedo para largar o poder e “virou a mesa”, deixando o democrata “dando boa noite prá palanque”.
Quatro anos depois, não mais aturando o filhinho dos Bush, os yankees resolveram usar novamente seu direito de escolha, sagrado, e elegeram o “Bom Mulato” – como se refere o professor Luiz Ricardo Leitão a Barack Obama.
Bom. O período que retratei comporta mais de 30 anos. Agora, me digam: o que mudou, de fato, nos EUA, com aquilo que chamam de alternância democrática no comando daquele país?
Que bela democracia!

Ary disse...

Só para provocar: Trotsky era a Heloisa Helena da época.

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