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Surf no lixo contemporâneo: a que ponto chegamos! E que mundo deixaremos de herança para Keith Richards?

sábado, 15 de janeiro de 2011

O modo lúmpen de estar no mundo



Zygmunt Bauman exalta a capacidade da narrativa dos romancistas de iluminarem os meandros da experiência humana de estar no mundo. O grande sociólogo contemporâneo, nascido na Polônia, faz essa constatação para espicaçar a academia e o que ele considera a alienação de alguns profissionais de ciências sociais. Para Bauman, a literatura consegue alcançar os interstícios, as frinchas da realidade, onde a pesquisa sociológica jamais chegou. Para ele, os literatos são capazes de “reproduzir a não-determinação, a não-finalidade, a ambivalência obstinada e insidiosa da experiência humana e a ambigüidade de seu significado”. E para ilustrar cita Borges, Tolstói, Balzac, Dickens, Dostoiévski, Kafka, Thomas Morus. Mas poderia ter citado um conterrâneo seu, que, a exemplo dele, fez a sua vida profissional na Inglaterra e, portanto, em língua inglesa, que foi Joseph Conrad.

Conrad é o autor de “O coração das trevas”, alegoria (uma seqüência de metáforas) sobre as conquistas coloniais do capitalismo concorrencial do século 19. Barra pesada. Se Marx, n’O Capital, já havia ido fundo nas denúncias ilustrativas das desumanidades do moderno sistema produtor de mercadorias nas suas fases de acumulação primitiva e concorrencial, Conrad agudiza sua literatura até o ponto do horror. O personagem narrador é Marlow, protagonista de uma aventura que penetra “nos sombrios domínios do inferno particular” de uma empresa privada, exploradora de marfim na África. Homens-bagaço sugados à exaustão. Canibais recrutados como mão-de-obra informal e que, impedidos da dieta alimentar correspondente a sua condição antropológica, dedicam-se a engolir carne podre de hipopótamo, e cujo salário se resume a três pedaços de arame por semana, preciosa moeda de troca naqueles “confins de ermas solidões”. Conrad cria nesse romance um personagem mítico chamado Kurtz (depois decalcado no filme de Coppola, Apocalypse Now [1979], completamente fora desse contexto), um sujeito internado no coração das trevas, uma ponta de lança do capitalismo, agente avançado da modernidade burguesa no seio da barbárie, cuja fortaleza-sede é decorada com cabeças humanas genuínas, para mostrar com quem estão falando. “Toda a Europa contribuíra para a confecção de Kurt” – escreve Conrad. Ele é a síntese mais acabada do etos da modernidade. A Sociedade Internacional para a Supressão dos Costumes Bárbaros (e só falta Conrad completar, debochadamente, “...e pró adoção de modernos barbarismos”) confiou a Kurtz o preparo de um relatório sobre a África. O relatório contém pérolas do tipo: “nós os brancos, considerando o progresso que já tínhamos alcançado, devemos forçosamente ser encarados por eles (os selvagens) como seres sobrenaturais”; “chegamos a eles investidos dos poderes de uma divindade”; para concluir com a aterradora sentença de morte – “Exterminemos todos os bárbaros!”. As semelhanças fundamentalistas com a presente conjuntura mundial não são mera coincidência.

Bem antes de Michel Foucault, Conrad já denunciava, através de sua literatura, o discurso da “luta de raças” funcionar como princípio de eliminação, de segregação e, finalmente de normalização da sociedade (Foucault)...

Veja, também, que Conrad aponta o uso astucioso do imaginário mágico-mítico das populações autóctones. Kurtz, o homem-síntese da Europa civilizada, da Europa duas vezes desencantada-desmagificada-racionalizada-intelectualizada (Max Weber), tanto pela ética religiosa judaico-cristã, quanto pelo espírito do racionalismo científico, não hesita em lançar mão de expedientes considerados primitivos, como a idolatria e o sobrenatural, com objetivos de submissão, conquista e normalização.

Alguns comentadores (nem chegam a ser críticos) afirmam levianamente que Kurtz enlouquece na selva, que perde o juízo, tendo em vista a selvageria e a barbárie com as quais convive por anos a fio. Nada mais etnocêntrico. Como se a hipotética “loucura” viesse de fora, como se fosse inoculada pela relação promíscua com os selvagens. Considerar assim seria uma simplificação grosseira, além, de irrelevante. Como indivíduo, ele, de fato, fica sensivelmente abalado com o que provocou naquele lugar: “O horror! O horror!” Mas como agente social da modernidade burguesa, Kurtz tem as taxas de lucidez e as taxas de demência em doses flutuantes de equilíbrio e controle racionais para, tanto impor sua vontade de predador da Natureza (humana, animal e vegetal), quanto para – com método e determinação – traficar espíritos, força de trabalho semi-escrava e mercadorias com objetividade de propósitos sincronizados a uma rede de negócios comerciais na distante Europa. Onde está a loucura disso? Muito ao contrário, sente-se o tom permanente da acuidade, da expertise, da logística complexa e da organicidade sistêmica em todas essas ações gerenciais de predação da Natureza, nas suas várias formas de vida. É a “arte da guerra” a serviço da rapinagem comercial. E a rapinagem não é somente de elefantes e seus cobiçados marfins, ela corrompe por igual o ambiente inteiro, dissolvendo, sobretudo, o homem e a sua cultura. A cogitada “loucura” de Kurtz é como o procedimento do feiticeiro – lembrado por Marx, no Manifesto – que, incapaz de controlar os poderes ocultos desencadeados por seu feitiço, vê-se vítima de seus efeitos. Os danos causados, no limite, levam perigo ao próprio empreendimento colonial europeu, seus patrões. A “loucura” é – a rigor – um lento processo de lumpenização do personagem. Kurtz não enlouquece, transforma-se num lúmpen. Em alguém que se descola de sua classe e, incapaz de voltar ao seio de uma vida burguesa, torna-se um marginal imprudente que coloca em risco a mecânica do sistema. Simbolicamente, ele seria o lúmpen fundamental, o lúmpen essencial.

Como um Fausto lúmpen pós-moderno, se envenena com as emanações maléficas de seus próprios feitos. Se o Fausto de Göethe era moderno, o Fausto lúmpen representa a pós-modernidade. Vive os limites fisiológicos do dia-a-dia. Como um cão que desconhece o seu futuro, o lúmpen pós-moderno só tem o presente. Vive tão-somente a unidimensional existência fisiológica, como qualquer animal.

O trem do capitalismo já passou pela estação da modernidade e transita agora pela estação da pós-modernidade. Cada vez menos setores, classes e indivíduos cabem nesse sinistro trem da história. Abandonados pelo caminho, vão sobrando todos os rejeitos do moderno sistema produtor de mercadorias. O lúmpen é a escumalha que fica no rastro desse itinerário perverso. O grande personagem pós-moderno é o lúmpen, “o lixo de todas as classes”, “massa desintegrada” (Marx), desgovernada que é vomitada pelo sistema, todos os dias. Cresce como cogumelo na vida social contemporânea. Estamos em plena invasão lúmpen, fenômeno dinâmico que produz um etos, uma cultura e perfis sociológicos que lhes correspondem. Há punhados de exemplos. O mais recente no Brasil é o da proliferação dos bingos, jogo-lúmpen que servia de fachada para toda a sorte de atividade marginal e anti-social. Felizmente o governo federal teve a coragem de fazer cessar essas usinas de lumpesinato. Em que pese, o causador dessa proibição ter sido outro personagem lúmpen que assola a República, o do barbabé-quadrilheiro que trafica influências e recursos públicos para fins pessoais e privados. A crescente criminalização da vida social é uma derivação da dinâmica lúmpen. O crime passa a constituir-se em força produtiva e meio de vida para milhões de pessoas. Manifesta-se, no plano econômico, de múltiplas e criativas formas: “acordos e cartéis, abusos de posição de liderança, dumping e vendas casadas, delitos de iniciados e especulação, absorção e desmembramento de concorrentes, balanços falsos, manipulações contábeis e de preços de transferências, fraude e evasão fiscal por filiais off shore e sociedades virtuais, desvio de créditos públicos e mercados fraudados, corrupção e comissões ocultas, enriquecimento ilícito e abuso de bens sociais, vigilância e espionagem, chantagem e delação, violação do direito do trabalho e da liberdade sindical, da higiene e da segurança, das cotizações sociais e ambientais” (Brie). A vanguarda é o lúmpen.

A lavagem de fundos ilícitos pelos principais bancos dos Estados Unidos constitui uma fonte importante de fluxos externos para aquele país. Uma subcomissão do Senado americano calculou essa cifra em torno de 500 bilhões de dólares/ano. São recursos de múltipla origem: desde o narcotráfico, máfia russa e japonesa até o caixa dois de companhias multinacionais, depósitos de paraísos fiscais “legalmente” tolerados. Tráfico de tudo: novos narcóticos sintéticos, cocaína, armamento pesado, órgãos humanos, alta prostituição, falsificação de grifes (muitas vezes pelos próprios proprietários, com o intuito de aproveitar o crescente mercado-lúmpen informal em todas as grandes cidades do mundo), pirataria na informática e na indústria fonográfica, o tráfico de animais (só este tráfico, movimenta anualmente cerca de 20 bilhões de dólares), etc.

Toda a inteligência e logística estatal norte-americana do serviço secreto que era empregado na Guerra Fria onde opera, hoje? Ganha um doce quem disser que é na nova guerra econômica pela americanização de fundos legais e ilegais (fundos-lúmpen), tanto faz. A moeda é uma mercadoria vil que procura proteção máxima; e os EUA podem dispor de meios para garantir-lhe segurança e rentabilidade.

O comércio mundial anual situa-se, hoje, “ao redor de 5 trilhões de dólares, calcula-se que 20% por via do crime, ou 1 trilhão de dólares” (Brie). Essa riqueza-lúmpen é administrada lisa e serenamente pelos grandes bancos do planeta, por grandes escritórios de advocacia, mega-corretores, intermediários diversos, gerentes e diretores de trustes e fiduciárias, constituindo um bolão-lúmpen que é lavado todos os dias, em quantidades parcelares, pela chamada economia legal. Essa mega lavanderia-lúmpen cobra pedágio em vidas humanas. A Rocinha é apenas um exemplo nacional que ilustra essa internacional-lúmpen da violência naturalizada.

O crescimento mundial da dinâmica lúmpen é um indicativo evidente da enfermidade estrutural do sistema produtor de mercadorias. Os filhos de Kurtz proliferaram e querem ser vanguardas da anomia social. O modo lúmpen de estar no mundo é o último capítulo da saga Iluminista. A montanha liberal pariu ratos que roem a humanidade do homem. À esquerda acomodada, restam apenas podres poderes.


Artigo de Cristóvão Feil, sociólogo. Publicado originalmente no portal Carta Maior, aqui.

12 comentários:

ewerton luiz disse...

Leis são feitas para os fracos, o dinheiro curva todos ao seu poder.

É a nova barbárie que viveremos daqui para a frente?

Para quê servirá o dinheiro se este ficar nas mãos de uns poucos, qual o sentido disto tudo?

claudia cardoso disse...

Feil,
teu artigo foi escrito em abril de 2004, 4 anos antes da bancarrota de 2008. Coisa triste, quando a gente percebe a atualidade da coisa. Os lúmpens quebraram o EUA, estão quebrando a Europa, detonando com o Oriente Médio, mas seguem impunes e rearticulando-se sem freio!
Já são, descaradamente, os donos de estados, cujos governos se curvam à ganância do capital sem hesitar [vide Portugal]. E, no Brasil, tentam se intrometer no caso Battisti, impondo a sua vontade e querendo dobrar a espinha do Governo Brasileiro.
Domingo passado, na beira da praia, conversávamos eu e mais um casal amigo, por que precisaríamos de tanto dinheiro para viver? Qual o sentido de ter um cartão de crédito ilimitado, ou comprar o carro mais caro do mundo? Para que exatamente? Definitivamente, o capitalismo não tem como dar certo mesmo. Ele tem a devastação do ser gente e do ser gente no mundo como sua marca registrada.

Omar disse...

Rapaz! Eu estou com o livro do Conrad "Sob os Olhos do Ocidente" piscando para mim cada vez que abro o local onde está a minha fila de livros para ler. Depois de ler teu artigo coloquei na frente da fila.

Ary disse...

Ainda fico com a resposta que Petkovich deu à Ana Maria Braga (apesar dos senões): "O meu país era uma maravilha. O povo vivia bem. Era o socialismo!". Que falta faz um boa cortina-de-ferro (apesar dos entretantos e todavias)! Quem apostou no Lech Walessa ganho o João Paulo. Beatificaram o cara!

Anônimo disse...

"Alguns comentadores (nem chegam a ser críticos) afirmam levianamente que Kurtz enlouquece na selva, que perde o juízo, tendo em vista a selvageria e a barbárie com as quais convive por anos a fio. Nada mais etnocêntrico. Como se a hipotética “loucura” viesse de fora, como se fosse inoculada pela relação promíscua com os selvagens. Considerar assim seria uma simplificação grosseira, além, de irrelevante."

E foi e-x-a-t-a-m-e-n-t-e essa leviandade, para dizer o mínimo, q Coppola cometeu em Apocalypse Now, quando coloca na boca do coronel q teria "enlouquecido", aquele cretino discurso do "horror". Em linhas gerais o tal coronel dizia ao oficial q foi executá-lo, q tinha ido ao Vietnam cheio de boas intenções, disposto a fazer uma guerra dentro dos "normas". Até q descobriu q os vietcongs, para imporem sua autoridade a uma aldeia, haviam cortado todos os bracinhos das crianças q foram vacinadas numa ação "humanitária" empreendida pela tropa sob seu comando. A partir desse momento ele (coronel) "compreendeu" q aquela guerra só poderia ser ganha se os EUA, também impusessem o horror aos seus inimigos, coisa q ele fazia com bastante eficácia no "santuário" que criou no meio da selva para executar seus rituais de barbárie, tal como o personagem Kurt do livro de Conrad.
O q está por trás de tal "discurso"? Na verdade o coronel é o alter ego de Coppola, q, se num primeiro momento admite o tamanho da estupidez q foi a Guerra do Vietnam, no momento seguinte deixa transbordar toda a soberba d quem se sente investido "dos poderes de uma divindade”, para decretar q ñ havia como ganhar aquela guerra, pois os ianques eram "civilizados" demais para enfrentarem inimigos tão "bárbaros". Coppola jamais considerou q a guerra de guerrilhas tem suas leis e por q ñ dizer, seu axioma, ou seja, q ela precisa buscar o apoio da população e ñ transformá-la em inimiga, cortando bracinhos de crianças. E nem sequer percebeu o óbvio, ao "construir" esse discurso esfarrapado para explicar a insofismável derrota estadunidense: ao aceitar-se a tese d q os "bárbaros" vietcongs disseminavam o horror cortando artesanalmente os bracinhos das pobres crianças, os EUA produziam esse mesmo horror em escala industrial (reeditando as mesmas práticas "civilizatórias" da Europa colonial), de tal forma q varriam do mapa aldeias inteiras com uma única bomba d napalm. Mas, ao q parece, tal horror ñ toca o caração "entrevado" do diretor.
No final das contas, nunca consegui ver essa "obra prima" de Coppola como nada além do q a perplexidade de um branco "civilizado", q nunca entendeu como uma potência da estatura dos EUA foi perder a guerra para aqueles "camponeses comedores de arroz". Coppola, sem dúvida, fez um péssimo uso do livro de Conrad e reescreveu a história como a cara dele.

Eugênio

Anônimo disse...

"Alguns comentadores (nem chegam a ser críticos) afirmam levianamente que Kurtz enlouquece na selva, que perde o juízo, tendo em vista a selvageria e a barbárie com as quais convive por anos a fio. Nada mais etnocêntrico. Como se a hipotética “loucura” viesse de fora, como se fosse inoculada pela relação promíscua com os selvagens. Considerar assim seria uma simplificação grosseira, além, de irrelevante."

E foi e-x-a-t-a-m-e-n-t-e essa leviandade, para dizer o mínimo, q Coppola cometeu em Apocalypse Now, quando coloca na boca do coronel q teria "enlouquecido", aquele cretino discurso do "horror". Em linhas gerais o tal coronel dizia ao oficial q foi executá-lo, q tinha ido ao Vietnam cheio de boas intenções, disposto a fazer uma guerra dentro dos "normas". Até q descobriu q os vietcongs, para imporem sua autoridade a uma aldeia, haviam cortado todos os bracinhos das crianças q foram vacinadas numa ação "humanitária" empreendida pela tropa sob seu comando. A partir desse momento ele (coronel) "compreendeu" q aquela guerra só poderia ser ganha se os EUA, também impusessem o horror aos seus inimigos, coisa q ele fazia com bastante eficácia no "santuário" que criou no meio da selva para executar seus rituais de barbárie, tal como o personagem Kurt do livro de Conrad.
O q está por trás de tal "discurso"? Na verdade o coronel é o alter ego de Coppola, q, se num primeiro momento admite o tamanho da estupidez q foi a Guerra do Vietnam, no momento seguinte deixa transbordar toda a soberba d quem se sente investido "dos poderes de uma divindade”, para decretar q ñ havia como ganhar aquela guerra, pois os ianques eram "civilizados" demais para enfrentarem inimigos tão "bárbaros". Coppola jamais considerou q a guerra de guerrilhas tem suas leis e por q ñ dizer, seu axioma, ou seja, q ela precisa buscar o apoio da população e ñ transformá-la em inimiga, cortando bracinhos de crianças. E nem sequer percebeu o óbvio, ao "construir" esse discurso esfarrapado para explicar a insofismável derrota estadunidense: ao aceitar-se a tese d q os "bárbaros" vietcongs disseminavam o horror cortando artesanalmente os bracinhos das pobres crianças, os EUA produziam esse mesmo horror em escala industrial (reeditando as mesmas práticas "civilizatórias" da Europa colonial), de tal forma q varriam do mapa aldeias inteiras com uma única bomba d napalm. Mas, ao q parece, tal horror ñ toca o caração "entrevado" do diretor.
No final das contas, nunca consegui ver essa "obra prima" de Coppola como nada além do q a perplexidade de um branco "civilizado", q nunca entendeu como uma potência da estatura dos EUA foi perder a guerra para aqueles "camponeses comedores de arroz". Coppola, sem dúvida, fez um péssimo uso do livro de Conrad e reescreveu a história como a cara dele.

Eugênio

Anônimo disse...

Pois é Ary

Na "época" dos entretantos e todavias, eu trabalhava lá no Coojornal e dizia pro pessoal q aparecia com aquela inconfundível camiseta: "cuidado com esse "sindicato" de coroinhas!". E a reposta vinha naquele tom zombeteiro...sai ô stalinista...
E até cortina-literalmente-de-ferro nós temos. Fica na fronteira dos EUA com o México, para impedir a entrada da "escória" das economias falidas pelo neoliberalismo...o mundo dá voltas bem rápidas, ñ é mesmo?

Eugênio

Nelson disse...

4.500.000 toneladas de bombas e dezenas de milhões de litros de agente laranja
despejados sobre um país de pouco mais de 300 mil km²; o nosso Rio Grande tem 282 mil km².
3.000.000 de vietnamitas mortos.
Para esconder tamanho crime, meu caro Eugênio, é preciso se utilizar de todos os meios possíveis, de todos os sofismas que estejam à mão.

Costuma-se afirmar que, se uma mulher não apessoada deseja ser vista como bonita, atraente, deve estar sempre acompanhada de outra mais feia que ela.
Esta receita vale também para o sexo oposto.
Então, grosso modo, foi assim que procedeu o Coppola e procede a propaganda pró EUA. É preciso pintar o outro com tintas mais horripilantes que a minha própria face para que eu possa parecer bonito, escamoteando meu verdadeiro rosto.

Anônimo disse...

Feil

Que foto é essa?

Abs

Michel

Anônimo disse...

falando em lumpen, e o pilantra-mor da política guasca? pediu "aposentadoria". Mas aposentadoria do que, se nunca fez nada de útil em sua patética vida? aliás, só fez m..., apoiando e ajudando a eleger tipos infectos como britto, fogaça, rigotto, yrc, padilha e outras porcarias quetais.

Anônimo disse...

Muito bom, nem parece que foi escrito 6 anos atrás... me fez pensar num certo oligopólio midiático que destrói quem se atravessa pela frente...

dimiu disse...

Vamos nos respeitar...por favor, atualize este blog logo. Toda a vez que eu entro aqui estão os mesmos conteúdos como "O modo lúmpen de estar no mundo".

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