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Surf no lixo contemporâneo: a que ponto chegamos! E que mundo deixaremos de herança para Keith Richards?
domingo, 30 de janeiro de 2011
Editorial da década de 50
Zero Hora usa argumentos do tempo da Guerra Fria
"Não podem estes conselhos, portanto, ser relacionados com as falaciosas experiências de democracia direta, de inspiração comunista, que invariavelmente derivam para o autoritarismo. Tais tentativas, tão ao gosto de governantes populistas do continente, não apenas vêm se mostrando ineficazes para a formulação de políticas públicas que efetivamente atendam os interesses de todos os setores da sociedade como também geram indesejáveis conflitos de classes".
Trecho do risível editorial de Zero Hora (grupo RBS), edição de hoje.
Que um escritor menor e periférico use argumentos do tempo da Guerra Fria (década de 50 até 1989) para escrever suas novelas encalhadas, tudo bem. Mas um meio de comunicação - como ZH - que se quer moderno, up to date, inserido no contexto (como se dizia nos anos 70), etc., não é possível admitir.
Esse pessoal - RBS e quejandos - é muito ruim.
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5 comentários:
É o medo que os donos do poder nutrem pela verdadeira democracia, meu caro Feil, que inspira os escribas de ZH. Certamente, pelo editorial devemos concluir que a democracia que este defende, a parlamentar – mais adequado seria escrever “prá lamentar” -, estaria zelando pelos interesses de todos. O que vemos no mundo inteiro, inclusive no “reino da democracia”, os EUA, não ajuda muito essa pregação feita pelo editorial.
De outra parte, nada há de surpreendente no que prega ZH. Noam Chomsky não se cansa de apontar que na democracia dos liberais as decisões têm que ser tomadas pelos mais capazes, as pessoas que têm importância. Ao povão, a horda de ignorantes, cabe comparecer às urnas e depositar seu voto a cada quatro anos e esperar que os “iluminados” tomem as decisões; nada mais.
Fora disso, sempre estaremos vendo e ouvindo manchetes dando conta de que determinado povo, que está a tentar caminho alternativo, está ensaiando seus passo rumo ao “autoritarismo” e aos “indesejados conflitos de classes”.
A democracia burguesa é o regime no qual você está autorizado a escolher, entre os membros da classe dominante, aquele que vai te oprimir e explorar pelos próximos três ou quatro anos.
Essa definição, cunhada por Lênin, que li em “O Estado e a Revolução”, se não estou enganado, vem a calhar diante de um editorial como esse.
Ridículo e primário
Mas como assim, tempo da Guerra Fria? Por acaso o que está dito não é um retrato fiel da Venezuela de hoje. Sabe, a Venezuela aquele pais governado pelo falastrão de Caracas que está arruinando aquele pobre pais. Se bem que cada povo tem o governicho que merece.
O Anônimo, quem está na falência na Venezuela é a burguesia que passava metade do ano em Miami. O Chávez colocou o povão no poder e não vejo este pessoal reclamando. Quem reclama eram os antes burocratas que privatizavam os lucros do petróleo e os donos de TV financiados por dinheiro americano.
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