sexta-feira, 7 de outubro de 2011

A guerra vista como uma intempérie devastadora



Como assim “teima em continuar”?

A imprensa do mundo-hegemônico-que-desaba quer criticar a guerra, mas quer, ao mesmo tempo, preservar os Estados Unidos. Sem problema, sacrifica a lógica formal, mas livra a cara dos senhores da guerra que comandam a Casa Branca.

A matéria estampada na edição de hoje do jornal Zero Hora (fac-símile acima), que pertence ao grupo RBS, trata a guerra do Afeganistão como se fosse um fenômeno natural que insiste em assolar o território asiático e erodir o Tesouro público estadunidense (em favor, por óbvio, aos interesses geopolíticos e negociais do complexo industrial-militar aliado ao capital bancário financiador deste).

Leiam a matéria e vocês verão que não há sujeito, só há objeto. “A guerra que teima em continuar” – dá a entender ao senso comum que o conflito é um fenômeno autônomo sobre o qual inexiste controle político e social, e tampouco interesse econômico. Assim, a guerra do Afeganistão é um produto devastador da Mãe Natureza, como os terremotos, os tsunamis e as chuvas torrenciais que soterram e devastam os homens e seus pertences.

Para completar, o jornal da Azenha, bem que poderia propor que se organizem correntes de oração no mundo todo, para aplacar a ira dos elementos contra o infaustuoso povo afegão. Dizem que Santa Bárbara poderia ajudar, desde que piedosamente solicitada , claro.

2 comentários:

  1. Jornal de judeus, a mentira seria o mote. Só um incauto ou cego para não ver isso.

    ResponderExcluir
  2. Claudemir: este blog aceita comentários racistas de qualquer tipo ou somente antissemitas?

    ResponderExcluir