quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Ação de Israel é "terrorismo de Estado"


Tzipi Livni ligou para o chanceler Amorim

A ofensiva de Israel na Faixa de Gaza é "terrorismo de Estado" e se segue a um histórico de descumprimento de resoluções da ONU contra o país quanto à questão palestina, afirmou em entrevista ao jornal Valor o assessor especial da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, elevando o tom da reação brasileira ao ataque de Israel ao grupo Hamas, que controla a Faixa de Gaza. A informação é do jornal Valor on line, de hoje.

Garcia diz que a crítica ao governo israelense não deve ser vista como oposição a Israel, país que o presidente Luís Inácio Lula da Silva quer visitar este ano.

Em conversa telefônica ontem com a ministra de Relações Exteriores de Israel, Tzipi Livni, o chanceler brasileiro, Celso Amorim, em tom mais moderado, criticou a perda de vidas humanas e o uso "desproporcional" de força na ofensiva israelense contra os palestinos, invocou a necessidade de um cessar-fogo imediato e sugeriu um "possível" envio de uma missão observadora internacional.

Amorim, que invocou a "neutralidade" do Brasil no conflito, relatou a auxiliares que a ministra o ouviu "com atenção e respeito", mas não deu resposta. O telefonema foi iniciativa da ministra.

Garcia, apesar das críticas, argumenta que o Brasil não quer favorecer nenhum dos lados no conflito, mas buscar uma alternativa aceitável para a paz na região.

"Israel é intocável, mas o governo de Israel não pode permitir que isso seja uma justificativa para qualquer tipo de ação", argumentou Garcia, um dos principais conselheiros de Lula em política externa. Ele lembra que o governo brasileiro tem sido enfático em condenar as ações terroristas contra o Estado de Israel e o anti-sionismo.

"Quando há um atentado contra Israel, é um ato terrorista; quando uma ação do Exército israelense provoca morte de civis palestinos é uma reação de defesa?", questionou Garcia. "Isso é terrorismo de Estado, me desculpe", comentou, lembrando o bloqueio israelense ao abastecimento de energia e alimentos à Faixa de Gaza, sob controle de Hamas. Garcia reconhece que o governo Lula tem "simpatia" pela causa palestina, mas diz que o apoio aos palestinos não pode ser visto como um confronto com o Estado de Israel, cujo direito de existência pacífica o Brasil defende "intransigentemente".

Garcia e os diplomatas brasileiros negam que os crescentes interesse comerciais e de investimento entre o Brasil e os países árabes levem o governo a se inclinar pelas posições palestinas no conflito. Lembram que o governo Lula negociou uma agenda comercial com Israel e foi um dos principais incentivadores do acordo de livre comércio do Mercosul com Israel, firmado em 2008. O que Lula e seus assessores em política externa criticam é o que o presidente classificou, em Pernambuco, na semana passada, de desproporção na reação israelense aos mísseis lançados pelo Hamas contra Israel.

Lula, lembram seus auxiliares, comparou a ação do poderio militar israelense ao uso de bombas contra palitos de fósforo.

15 comentários:

  1. Anônimo7/1/09 09:31

    Por enquanto só papo furado. Porque o Brasil não convoca o Embaixador de Israel para explicar? Porque não o expulsa?

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  2. Anônimo7/1/09 09:41

    Goulart, são os "interésses" como dizia o tio Briza.
    O pragmatismo do lulismo é muito forte. Agora que ele deveria ser Lulinha Paz e Amor, fica nessa conversa mole do palito de fósforo.

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  3. Anônimo7/1/09 10:35

    É em situações assim que a AL deveria agir em bloco (ou quase). Expulsar um diplomata é apenas um ato simbólico, embora extremo, dentro das relações diplomáticas, que em nada afeta as relações comerciais. Simplifica um "não falo mais contigo,por enquanto". É como se a namorada "pedisse um tempo". Mais peso teria se a iniciativa da Venezuela fosse acompanhada por mais países da América Latina.

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  4. Anônimo7/1/09 10:47

    OS FARIZEUS HIPÓCRITAS ESTÃO AÍ DE NOVO MATANDO, DESTRUINDO, MASSACRANDO E AINDA DÃO A IDÉIA DE AGREDIDOS !! QUEM INVADE ?? QUEM MATA FAMÍLIAS ?? QUEM ANIQUILA ?? E AINDA REPELEM O NOVO MESSIAS " JESUS CRISTO" ÊLES NEGAM O NOVO TESTAMENTO PORQUÊ ???

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  5. O ato de Chávez é espetaculoso. Chávez tenta fazer da Venezuela a famosa "sociedade do espetáculo". Mas a audiência do circo está diminuindo.

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  6. Anônimo7/1/09 11:57

    Isso mesmo Ary, onde está a UNESUL numa hora dessas? Ela que ainda causa tanta expectativa.

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  7. Anônimo7/1/09 12:23

    Se o Brasil não gosta, que suspenda a venda de armas a Israel. Isso seria coerente. E não acho que Chaves esteja dando espetáculo, não mais que o normal. Está sendo coerente e, neste caso, dando um ótimo exemplo.
    É fácil, né, fazer comentários piedosos, ou "analisar" serenamente um conflito. Eu quero saber quem é que está se levantando para defender as crianças. Parar a matança de crianças!

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  8. Anônimo7/1/09 12:57

    O Brasil vende bombas clusters pra Israel e para inúmeros outros países.
    Quem diz que Israel não está usando essas bombas que estilhaçam em dezenas de outras pequenas células mortais contra as crianças mortas e feridas que aparecem nas fotografias de Gaza?
    Onde está agora o Lulinha Paz e Amor? E o Jobim que quer fazer do Brasil uma sucursal bélica dos Estados Unidos, fornecendo armas e munições para a insanidade de governantes aliados da falcoaria da Casa Branca?

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  9. Anônimo7/1/09 17:48

    É um avanço, mas é pouco. Inverteria: a reação brasileira é um palito de fósforo diante da britzkrieg sionista. Não podemos parar de protestar. Todos nós. Israel enveredou por um caminho que só gera ódio.

    DUZENTAS E CINCO CRIANÇAS ASSASSINADAS ATÉ AGORA!!! O que falta para o governo brasileiro tirar o embaixador do III Reich, digo Israel?

    armando

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  10. Anônimo7/1/09 19:24

    Ah! a culpa é do Chavez....

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  11. Anônimo8/1/09 10:15

    A propósito, linda a foto!
    Ao ler o texto seguinte do blog se ve nela um verdadeiro símbolo da esperanca!

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  12. Anônimo8/1/09 13:04

    - O MAIA MALA, CONTINUA DIZENDO BESTEIRAS. QUIÇÁ FOSSE PALESTINO , COM CERTEZA PENSARIA DFIFERENTE. COMO A DIREITA NÃO É EMPÁTICA - VEJA O CASO DA UE - O QUE SE PODE ESPERAR EM SUAS ANÁLISES???

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  13. Anônimo8/1/09 16:15

    As "crias de Herodes" (Hora do Povo)continuam chacinando crianças no "Gueto" de Gaza. Só os cínicos da razão não querem ver.

    armando

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  14. Anônimo9/1/09 17:06

    "O ato de Chávez é espetaculoso. Chávez tenta fazer da Venezuela a famosa "sociedade do espetáculo". Mas a audiência do circo está diminuindo." E o Maia é o palhaço mais sem graça nesse picadeiro: um imbecil que fica citando títulos de livros como se os tivesse lido e/ou entendido, se considerando um intelectual, mas que não passa de um repetidor do Samuel Huntington (que já não era grande coisa, aliás)... Enfim, o Maia às vezes é até engraçado, mas a lenga-lenga dele acaba mesmo é enchendo o saco ... Maia: seja conservador, mas tente ser inteligente, pelo amor de deus: vá ler o Tocqueville, o Balzac, --- mas não leia o Guy Debord, porque é muito difícil... rsss

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  15. Anônimo9/1/09 17:31

    ORIGENS DO TERRORISMO NO MÉDIO ORIENTE
    # Quem começou o terrorismo no conflito árabe-israelense? Bombas em cafés: utilizadas pelos sionistas pela primeira vez na Palestina em 17/Março/1937, em Jaffa.
    # Bombas em autocarros: utilizadas primeiro pelos sionistas em 20/Agosto e 26/Setembro/1937.
    # Bombas em mercados: utilizadas primeiro pelos sionistas em 06/Julho/1938, em Haifa.
    # Bombas em hoteis: utilizadas primeiro pelos sionistas em 22/Julho/1946, em Jerusalém.
    # Bombas em embaixadas estrangeiras: utilizadas primeiro pelos sionistas em 01/Outubro/1946, em Roma (contra britânicos).
    # Minagem de ambulâncias: utilizadas primeiro pelos sionistas em 31/Outubro/1946, em Petah Tikvah.
    # Cartas bomba: utilizadas primeiro pelos sionistas em Junho/1947 contra alvos britânicos no Reino Unido.
    Para documentação, consulte-se The Arab Women's Information Committee e The Institute for Palestine Studies, Who Are the Terrorists? Aspects of Zionist and Israeli Terrorism, (Beirut: Institute for Palestine Studies, 1972).

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