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sexta-feira, 14 de setembro de 2007


Por que devemos boicotar a Dell Computadores

Se algum consumidor-usuário brasileiro de produtos da Dell tenha sido vítima de constrangimentos por parte deste fabricante de computadores deve denunciar o fato às autoridades, especialmente ao Ministério Público. Estão acontecendo situações inusitadas envolvendo a Dell e, caso se confirme a denúncia, essa empresa norte-americana deve ser boicotada pela cidadania brasileira.

O MCT (Ministério da Ciência e Tecnologia) solicitou ontem à Dell Computadores do Brasil esclarecimentos sobre a tentativa da empresa de policiar o uso de computadores da marca por físicos da Universidade Federal Fluminense. A informação está na Folha de hoje.

A Dell exigiu que o físico nuclear Paulo Gomes, que comprara máquinas da empresa, assinasse um documento se comprometendo a não transferir os equipamentos a países do "eixo do mal", como Cuba, Irã, Coréia do Norte e Síria, e a não utilizá-los para produzir "armas de destruição em massa". A exigência foi feita depois que a empresa descobriu, por meio de gravações feitas enquanto a compra era acertada, que as máquinas iriam para um instituto de física.

Gomes se recusou a assinar o termo e denunciou o caso à comunidade dos físicos. Vários deles passaram a pedir boicote à Dell. A Sociedade Brasileira de Física manifestou solidariedade a Gomes e recomendou anteontem que seus sócios não assinassem nenhum termo desse gênero.

A filial brasileira da Dell, em Porto Alegre, alegou que o termo era uma exigência da lei americana e que a matriz da empresa nos EUA, uma das maiores fabricantes de computadores do mundo, poderia ser punida pelo governo americano caso a determinação não fosse aplicada. Os EUA têm restringido exportação de alta tecnologia para vários países por temerem seu uso militar. Cientistas brasileiros têm sofrido essas restrições.

O secretário de Política de Informática do MCT, Augusto Cesar Gadelha, vê a questão de outra forma. Para ele, a Dell do Brasil é uma empresa brasileira, que recebe inclusive dinheiro do próprio MCT via Lei de Informática. "A Secretaria de Política de Informática surpreende-se que uma empresa brasileira, localizada em território nacional, esteja fazendo exigências, com base em normas de outro país, para venda de seus produtos", afirmou o secretário em nota.


Fotografia promocional da Dell tirada numa feira de informática. A empresa norte-americana usa um marketing desqualificado onde a mulher é fetichizada como um suporte simbólico para a venda das mercadorias da Dell Computer Inc.

8 comentários:

Anônimo disse...

Você por acaso não está propondo a mesma coisa que usa como argumento para criticar essa empresa?

Hipocrisia pouca é bobagem...

DÁ-LHE GRÊMIO!!!

Anônimo disse...

esse anônimo só sabe falar bobagens?
Escondido no anonimato fica fácil, e ainda fica denegrindo a imagem do imortal com sua cia indigesta...

Anônimo disse...

anonimo = Maia, só pode

Anônimo disse...

Interessante, comprei um computador da Dell há 20 dias e não me pedriram para assinar nadinha...

Anônimo disse...

Luciana, pelo que eu entendi tem relação com pesquisas cientificas na área da física. É o seu caso? Se não for, leia o texto com mais atenção.

Anônimo disse...

"Alta tecnologia", diga-se nuclear

Anônimo disse...

Luciana, vc. conhece aquele poema do Maiakovski que diz que "primeiro pisaram no meu jardim, depois prenderam o meu vizinho, depois prenderam um judeu (eu não era judeu), depois..."

Mais ou menos isso... procura no Google, ou seja, primeiro foi com os físicos, depois...

Claudinha disse...

O melhor � deixar de comprar mesmo produtos da Dell. Uma amiga teve seu carro arrombado e levaram uma sacola, na qual continha o fio para conectar o seu notebook � luz (por sorte, o seu note estava com ela) na antev�spera de uma viagem. Na �poca, a Dell estava em Eldorado do Sul. Acreditando que poderia comprar um cabo novo antes de embarcar, descobriu que o mesmo s� poderia ser adquirido por encomenda, pois n�o havia
pronta-entrega na f�brica! Teve que refazer todo o seu esquema de apresenta�o, pois tratava-se de uma viagem de neg�cios. Desde ent�o, ela recomenda sempre a compra de outras marcas.

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