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Surf no lixo contemporâneo: a que ponto chegamos! E que mundo deixaremos de herança para Keith Richards?

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Fogaça e a Legolândia de Porto Alegre



Uma história mal explicada, pela direita, claro

Há dois dias um repórter da RBS denunciou na televisão a existência de uma nova fraude aos cofres públicos no RS. A empresa da família Sirotsky está chamando de "Caso dos Brinquedos", porque envolve a compra - sem licitação - de kits robóticos do consagrado brinquedo educativo Lego, hoje, presente em mais de 140 países.

Se o repórter da RBS teve o mérito de colocar um facho de luz sobre o novo escândalo no setor público de Porto Alegre, o mesmo não se pode dizer sobre a própria empresa midiática. Esta tem sido muito econômica, sovina mesmo, nas informações que fornece aos seus clientes/leitores, haja vista que envolve o nome do prefeito José Fogaça, cotado para disputar o governo do Estado em 2010, pelo PMDB, e uma das esperanças da direita sul-rio-grandense para permanecer desfrutando do Palácio Piratini, por mais quatro anos.

Segunda-feira passada quando o programa Jornal do Almoço (RBS TV Porto Alegre) informou que havia uma suspeita de fraude em prefeituras da Grande Porto Alegre, foram citados vários prefeitos, alguns deles foram entrevistados, e o prefeito Fogaça sequer foi mencionado. Em seu lugar, dizendo três ou quatro palavras, apareceu a secretária de Educação, Cleci Jurach, que não tem nada a ver com o peixe podre, uma vez que a compra da robótica Lego foi realizada na gestão de sua antecessora, a professora Marilu Medeiros - ambas indicadas pelo PDT, do vice-prefeito José Fortunatti.

Conforme expressão corrente nos noticiários da RBS, houve uma deliberada "blindagem" do prefeito Fogaça por parte das editorias de jornal, rádio e tevê. A intenção política certamente é a de preservá-lo no formol midiático rebessiano para que ele chegue "descontaminado" (outra expressão da vulgata do sirotskysmo de resultados) à feira eleitoral de 2010, capaz de trazer um novo ânimo à direita sulina, nestes tempos lamacentos do yedismo de fracassos.

Amanhã, aqui neste blog DG, nós contaremos mais deste palpitante assunto que envolve o prefeito Fogaça, as maletas do Lego, a Microsoft, o Linux, os computadores Dell, carregadores de pilha, banheiros químicos, a orquestra de flautas da Escola Villa-Lobos e muito mais.

Acima, fac-símile da matéria (sovina e sherlockiana) publicada hoje por ZH, sobre o "caso dos brinquedos". Para a RBS, tudo é velado e sherlockiano, em se tratando de seus preferidos na política guasca.

5 comentários:

Cobra criada disse...

Isso não passa pela Secretaria da Juventude, por acaso um feudo do PDT na prefeitura?
Eu acho que sim. Favor pensar no caso.

Anônimo disse...

A diretia de verdade, aquele PP sanguíneo, que chama o DEMO (ex-PFL) de traidores, não está no poder faz anos.
Faz 20 anos ela vota no seus prepostos, no "menos pior" aos seus olhos, e quando dá essas merdas primeiro eles se esquecem que apoiaram e depois chamam o PSDB de esquerda e os DEMOS que se lixem.
Ou seja: direita mesmo, anticomunista de raiz, faz 20 anos que se contorce de raiva vendo outros fazerem a festa vestindo suas fantasias.
Fez alguma falta ?

Anônimo disse...

Não sei porque me lembrei do Neves, o famoso moita daquele comercial da tv? Abraços. Marcelo J.

Anônimo disse...

Te prepara Fogaça. Os PTralhas estão se assanhando pro teu lado. Tu vai ser a bola de vez. Esta denúncia é só a primeira das muitas que serão inventadas.

Alice Mann disse...

Durante os 16 anos de Administração Popular e com a sua prática do Orçamento Participativo e a consequente radicalização da democracia, não houve registros de corrupção na prefeitura de Porto Alegre.

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