“O Piratini virou ultimamente um serpentário” – diz Madame YRC

“Quando nasce uma serpente... come alguém!” - constata a governadora tucana

Governadora YRC concedeu entrevista ao filho do falecido radialista Dilamar Machado, da RBS. São quase treze minutos de tagarelice pura, não diz coisa com coisa.

Minuto 9: afirma que “todos [os seus colaboradores e secretários] sofreram com os holofotes da mídia”. YRC nunca identifica algo, sempre é genérica, vaga, abstrata. Diz que “os holofotes atrapalham as pessoas” [refere-se mais uma vez aos seus companheiros e aliados nomeados]. Comportamento desleal e pusilânime, transfere a outros a responsabilidade sobre o desastre do qual está rodeada.

No minuto 11: “[A governadora] precisa de segurança... não é possível querer dormir na minha cama”. Putz, como assim, Madame? Quem foi o corajoso varonil? Madame teria sido vítima de violência sexual? Frustrada ou consumada?
“André, estamos nesta sala com tapete....[pausa para pensar]... eu demorei um ano e meio para comprar esse tapete.” Impossível entender Madame YRC. Desisto.

Minuto 12:24: “Eu quero acabar com esse serpentário!” Ôpa! Ôpa! Ôpa! “O Piratini virou ultimamente um serpentário” - YRC faz olhos de quem viu o coisa ruim. E completa, depois de consultar o chão onde pisa: “Parece que tem lindos ovos que quando chegam perto do calor, são chocados, e quando nasce uma serpente... come alguém.... não, isso daqui tem que ser um local de visitação...”.

O curioso é que o próprio jornal ZH – com seu numeroso time de “jornalistas investigativos” – não explore melhor essas constatações, ainda um tanto vagas (algumas de puro non sense), da governadora tucana.

Essa história de serpentário (ou de alguém que quis ir para a cama dela) é um prato cheio para um bom jornalista, com um bom texto. Basta querer fazê-lo.