terça-feira, 17 de março de 2009

Aprovada a farsa da Consulta Popular sobre a Ponta do Melo


Foi a vitória da bancada do concreto e de mais dez ou quinze pessoas endinheiradas

Ontem, a bancada imobiliária da Câmara Municipal de Porto Alegre finalmente aprovou a farsa da Consulta Popular. Objeto da Consulta: caberá ao cidadão/cidadã responder se aprova ou desaprova que as imensas torres que serão erguidas na Ponta do Melo – estas já estão absolutamente garantidas – tenham apartamentos residenciais ou somente salas comerciais. Ponto.

Não é um deboche? Tudo já está decidido, repito, pela bancada do concreto, e agora nos chamam para opinar se sobre o bolo pronto e acabado vai uma cereja ou um pequeno arranjo com fios de ovos.

Essa é a democracia representativa que temos e sofremos em Porto Alegre.

Anotem: a orla do Guaíba, que tem cerca de 72 quilômetros, será toda fatiada e rifada assim, na bacia das almas, para os especuladores e investidores imobiliários daqui e d’alhures. Eles agora tomaram gosto, e querem mais, muito mais.

A notícia de que Porto Alegre é um hímen complacente com a bandalheira imobiliária já correu mundo. Virão investidores de todo o planeta fazer torres e mais torres dividindo a cidade do ecossistema Guaíba. Eles estão em festa, seguros e serenos de que não terão mais obstáculos para assaltar a orla e tornar seus interesses legais e legitimados por mecanismos “democráticos” do tipo Consulta Popular e outras embromações risíveis.

Foi de fato uma grande vitória do interesse e da ganância de dez, quinze, trinta pessoas endinheiradas, em detrimento de um milhão e trezentos mil porto-alegrenses.

Viva o Plano Diretor de Porto Alegre - o mais ignorado do País!

Viva Porto Alegre – a cidade mais politizada do Brasil!

12 comentários:

  1. É por estes motivos (expostos pelo Feil neste post) e outros, que o Foga$$a está, aos poucos e paulatinamente, esvaziando e extinguindo o Orçameto Participativo.

    O OP, era o embrião para a implantação de uma forma de democracia direta, onde as decisões sobre a cidade eram discutitas e aprovadas ou não, diretamente pela população, pelo cidadão. Hoje não passa de um arremedo. Não decide NADA.

    A consulta popular proposta para "decidir" o tal Pontal, não passa de teatro. Pois as decisões já foram tomadas, e esta consulta, somente sacramenta, neste caso, a usurpação do espaço urbano e uma área de interesse ambiental por meia dúzia de endinheirados e também atende intere$$es dos "nobres" veradores.

    Lembro de uma entrevista do Ibsem Pinheiro, cassado como deputado, logo após ser eleito vereador de Porto Alegre, que era contrário ao OP, e que iria trabalhar para trazerde volta o poder decisório aos vereadores, etc...etc...

    É muito triste ver o que acontece atualmente, em Porto Alegre e no RS. Essa gente, agora, encontrou um terreno fértil para "faturar". Dane-se as pessoas, dane-se o meio ambiente.

    Mau caro Feil...

    Coisas da vida.

    ResponderExcluir
  2. Feil:

    Parece que foram 22 votos a favor, 1 em cima do muro e a bancada do PT e PSOL contra.
    Esses 23 vão receber seus relezutentes apartamentos, com vista para o lago Guaíba, em breve...
    Serão vizinhos de falcatrua...


    Ricardo M.

    ResponderExcluir
  3. Feil:

    Parece que foram 22 votos a favor, 1 em cima do muro e a bancada do PT e PSOL contra.
    Esses 23 vão receber seus reluzentes apartamentos, com vista para o lago Guaíba, em breve...
    Serão vizinhos de falcatrua...
    Porto Alegre vai virar Camboriú, com a orla toda tomada.
    É só aguardar...


    Ricardo M.

    ResponderExcluir
  4. Eu estava lá:Votarm contra a farra das construtoras e da bancada dos espigões o vereador Beto Moesch do PP, Juliana Brizola do PDT, Pedro Ruas e Fernanda do PSoL, e do PT, todos, menos os constrangidos e engavetados Adelí e Comassetto, que fazem parte da bancada das construtoras, tendo ambos optado pela abstenção.

    ResponderExcluir
  5. Adellí Sell e Carlos Comassetto são vereadores manjados. Amigos das construtoras e incorporadoras. O segundo é amigo do pessoal do Terraville, no bairro Belém Novo.
    Figurinha carimbada da mumunha imobiliária.

    E o PT faz o quê com eles? Faz que não viu nada.

    ResponderExcluir
  6. e viva esse povinho bunda que votou nessa escumalha.

    ResponderExcluir
  7. Povo politizado pela mídia dá nisso! Como somos otários!

    ResponderExcluir
  8. Na Venezuela, referente popular é bonitgo "democrático-participativo-solidário-público-de-qualidade". Aqui, é feio.

    ResponderExcluir
  9. SEm comentarios, quando um imbecil vem argumentar com a enezuela é brado..acho que oreferido genio da democracia nao entendeu que o referendo só decidirá se serao predios comerciais ou tanbem residenciais, o âmago da questao, construir torres que isolarao o guaiba da cidade já está decidido, portanto, é um plebiscito pra ingles ver....os plebicitos na Venezuela são para decisoes importantes, e isto, na porto legre "politizada" os Facista, como este anonimo, não querem ...

    ResponderExcluir
  10. Não, anônimo sonso, não é feio, mas é inócuo. Faz a cidadania decidir sómente sobre a cereja do bolo.
    Entendeu ou quer que desenhe?

    ResponderExcluir
  11. Primeiro lugar os referendos na Venezuela se dão dentro de um processo eleitoral e dentro das leis que regem os Tribunais Eleitorais.

    Aqui não é bem isso que estão propondo?!

    Muito embora eles gostem dos votos, eles preferem os que financiam a midia para enganar os eleitores. E dá-lhe "perninha de anão" na população.

    Claudio Dode

    ResponderExcluir
  12. Henrique Wittler28/5/09 00:19

    Veja neste link abaixo porque não votar na consulta popular.
    Em primeiro lugar porque já existe desistencia por parte do dono da área em construir residencial. Se voltar a traz demonstrará acordo prévio com os vereadores e Prefeito, mostrando uma encenação.
    Em segundo lugar porque valerá para qualquer alternativa os 60 m da margem e se residencial terá que construir um dique que necessita mais 120 m, ou seja em 180 m da margem não terá utilização.
    Portanto se vencer o não, eles poderão construir após os 60 m, mas só comercial e se ficar sem proteção contra inundações pergunto quem comprará o imóvel que poderá ser inundado?
    Esta consulta é um blefe e propaganda política do Prefeito que deverá ser responssabilizado pelos gastos pelo Ministério Público, pois vai fazer gastos para nada.
    http://www.slideboom.com/presentations/69670/CONSULTA-POPULAR

    ResponderExcluir