quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Jobim quer alinhar Brasil com o complexo industrial-militar dos Estados Unidos


Ministro chega a citar discurso de senador bushista

Dias atrás o ministro da Defesa do Brasil, Nelson Jobim, fez o discurso de abertura da 5ª Conferência de Segurança Internacional do Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro. Cometeu a oratória da submissão incondicional à liderança dos Estados Unidos na ordem internacional, segundo interesses do complexo industrial-militar norte-americano. Chegou ao cúmulo de citar o senador republicano John Henry Hager, cujo filho é casado com a filha de George Bush Jr, ativista da sociedade secreta SAE (Sigma Alpha Epsilon) e lobbysta do temido complexo industrial-militar-armamentista norte-americano. Jobim lembrou discurso do senador bushista onde ele fala da necessidade de se recuperar a confiança do mundo nos Estados Unidos da América do Norte.

O ministro lulista, filiado ao PMDB, apresentou dois pontos fundamentais para o Brasil superar os problemas do setor de segurança. A elaboração de um Plano Estratégico de Defesa Nacional para organizar as forças de segurança, cujas bases devem ser apresentadas ainda este ano (ver post publicado aqui, ontem), e o Conselho de Defesa Sul-Americano, que engloba os parceiros regionais, e fazem parte da necessidade de se retomar temas como defesa não apenas na esfera militar, mas também civil.

Outros temas tratados: reorganização das Forças Armadas; revisão da zona econômica (em que o governo reclamará maior extensão de seu território marítimo); indústria nacional de defesa e segurança, com transferência de capacitação (de ondem para onde?); desenvolvimento de tecnologia de ponta no setor; e retomar a obrigatoriedade do serviço militar, como em países que estão em guerra permanente (como EUA e Israel).

Esteve presente à conferência, Daniel Fata, vice-presidente do Cohen Group, dirigido pelo ex-Secretário de Defesa do presidente Bill Clinton, William S. Cohen. A organização de Cohen presta consultoria estratégica no mundo todo, desde questões de contencioso jurídico até assuntos de segurança empresarial, segurança pública e estratégias nacionais de defesa e inteligência. Daniel Fata afirmou no simpósio do Forte de Copacabana que “um dos maiores entraves ao consenso sul-americano, atualmente, é a Venezuela”. Para o executivo norte-americano, “Hugo Chávez representa uma ameaça, tanto aos EUA quanto ao seus vizinhos, por outro lado, não acredito que seja um parceiro forte quando o assunto é segurança” disse o especialista.

Estiveram presentes também à essa conferência de segurança, autoridades e especialistas de países como Alemanha, Uruguai, Argentina, Chile e Colômbia.

A rigor, o simpósio de segurança internacional foi uma discussão para alinhar posições face às mudanças possíveis nas estratégias geopolíticas dos Estados Unidos a partir da posse de Barack Obama, em janeiro. Mudanças?

11 comentários:

  1. Sabujice pouca é bobagem.

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  2. Sim, sabujice, mas também "os interéésses" como dizia o tio Briza.

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  3. Certamente não é por acaso esse discurso de alinhamento. É muita grana envolvida.

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  4. Que figura ridícula e gilmarzista esse Jobim!
    Por falar em Brizola, comprovou-se no Maranhão que várias urnas eletrônicas foram violadas. Daí que o velho Brizola tinha razão quando questionava essas urnas. Vão propor a emissão do papel como controle.

    armando

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  5. Alguém aqui duvida que um dos maiores entraves para o consenso latino americano é Hugo Chávez???

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  6. consenso de quê, meu filho?

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  7. E para quem e em que base.

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  8. Consenso é uma palavra que não existe no dicionário bolivariano de Hugo Chávez Frias.

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  9. Nao adianta o brasil querer retardar o processo de falencia dessa famigerada industria, é inevitável.

    A propósito, eu sou a favor do modelo alemao, obrigatoriedade do servico civil pra quem nao faz exercito. Seria lindo ver a playboysada no Brasil tendo que lidar com o povao por 6 meses da sua vida.

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  10. Com senso.

    É a mae do Maia carregando o Jobim nas costas.

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